domingo, 31 de dezembro de 2017

O maior vendedor do mundo parte 3

Três  No inverno, o frio era cruel no Monte das Oliveiras. De Jerusalém,
pela estreita abertura do Vale Kidrom, vinha o cheiro de fumaça, incenso
e carne queimada do Templo, e esse ar impuro misturava-se com o
odor resinoso dos terebintos da montanha.
Num declive descampado, a curta distancia da aldeia de Bethpage,
dormitava a imensa caravana de mercadorias de Pathros de Palmira. Já
era bem tarde e até os garanhões favoritos dos grandes mercadores
tinham parado de pastar nos ralos arbustos de pistáceas e deitavam
junto a uma macia cerca de louros.
Para além das longas filas de tendas em silêncio, grossos cipós
de cânhamo se enrolavam em quatro oliveiras antigas. Elas formavam
um curral esquadrejado, cercando confusas formas de camelos e burros
amontoados para se aquecerem uns nos outros. Exceto por dois vigias,
que rondavam próximos aos carros de bagagem, o único movimento
no campo era o da alta e móvel sombra delineada na grande tenda de
pele de cabra de Pathros.
No seu interior, Pathros passeava de um lado para outro, parando

ocasionalmente, quando então franzia a testa e balançava a cabeça para
o jovem ajoelhado timidamente próximo à entrada da tenda. Finalmente
assentou o corpo aflito no tapete bordado a ouro e acenou para o rapaz
se aproximar.
– Hafid, você sempre foi como de minha família. Estou perplexo
e embaraçado com o seu estranho pedido. Você não está contente com
o seu serviço?
Os olhos do rapaz estavam fixos no tapete.
– Não, senhor.
– Talvez o tamanho sempre crescente da nossa caravana tenha
feito a sua tarefa de tratar dos camelos e dos burros grande demais. É
isso?
– Não, senhor.
– Então, por favor, repita o seu pedido. Inclua também, em suas
palavras, a razão de tão incomum pedido.
– É meu desejo tornar-me um vendedor de suas mercadorias,
meu senhor, em vez de guardador de camelos. Desejo ser como Hadad,
Simon, Caleb e outros, que partem de nosso carro de bagagem com
animais quase a rastejar com o peso de suas mercadorias e regressam
com ouro para o senhor, meu amo, e para eles também. Desejo melhorar
minha baixa posição na vida. Como guardador de camelos não sou
nada, enquanto como um vendedor para o senhor posso adquirir riqueza
e êxito.
– O que lhe da essa certeza?
– Tenho ouvido freqüentemente o senhor dizer que nenhum outro
negócio ou ofício oferece mais oportunidades para uma pessoa se erguer
da pobreza para a grande riqueza do que o de vendedor.
Pathros pôs-se a assentir com a cabeça mas pensou um pouco e
continuou a perguntar ao jovem:
– Crê você que é capaz de desempenhar suas funções como
Hadad e outros vendedores?
Hafid mirou atentamente o ancião e replicou:
– Muitas vezes ouvi, por acaso, Caleb queixar-se com o senhor

dos azares que explicam sua falta de vendas e muitas vezes ouvi o
senhor lembrar-lhe que qualquer um seria capaz de vender todas as
mercadorias de seu depósito, meu senhor, em pouco tempo, se se
dedicasse a aprender os princípios e leis de venda. Se o senhor crê que
Caleb, a quem todos chamam tolo, pode aprender esses princípios,
não posso eu também adquirir essa sabedoria especial?
– Se você dominasse estes princípios, qual seria o grande sonho
de sua vida?
Hafid hesitou e depois respondeu:
– Tem-se repetido pela terra que o senhor é um grande vendedor.
O mundo jamais viu um império comercial tão grande como o que o
senhor construiu com o domínio da arte de vender. Minha ambição é
tornar-me maior que o senhor, o maior mercador, o homem mais rico,
o maior vendedor de todo o mundo!
Pathros recuou e estudou aquele rosto jovem e escuro. O cheiro
dos animais estava em suas roupas, mas o jovem demonstrava pouca
humildade nas maneiras.
– E o que fará com essa grande riqueza e espantoso poder que
certamente o acompanharão?
– Farei como o senhor. Minha família será provida com os
melhores bens mundanos, e o resto dividirei com aqueles em privação.
Pathros balançou a cabeça.
– Riqueza, meu filho, não devia nunca ser seu grande sonho.
Suas palavras são eloqüentes, mas são meras palavras. A verdadeira
riqueza é a do coração, não a da bolsa.
Hafid hesitou.
– Não é o senhor rico, meu amo?
O ancião sorriu da ousadia de Hafid.
– Hafid, no que toca à riqueza material, há apenas uma diferença
entre mim e o mais baixo mendigo que ronda o palácio de Herodes. O
mendigo pensa apenas em seu próximo prato de comida e eu penso
apenas naquele que será o meu último prato de comida. Não, meu
filho, não aspire a riqueza e ao trabalho apenas para ser rico. Esforce-

se, em vez disso, pela felicidade, para ser amado e amar, e, mais importante, para adquirir paz de espírito e serenidade.
Hafid persistia:
- Mas essas coisas são impossíveis sem ouro. Quem pode viver,
na pobreza, com paz de espírito? Como se pode demonstrar amor por
uma família se se é incapaz de alimentá-la, vesti-la e dar-lhe casa para
morar? O senhor mesmo diz que a riqueza é boa quando traz alegria
aos outros. Por que então não é boa para a minha ambição de ser rico?
A pobreza pode ser um privilégio e até uma maneira de vida para o
monge no deserto, pois ele tem apenas a si mesmo para sustentar e
ninguém, senão a seu Deus, para agradar, mas eu a considero como a
marca de uma falta de capacidade ou de ambição. Eu não sou deficiente
em nenhuma dessas qualidades.
Pathros franziu a testa:
– O que lhe causou este súbito acesso de ambição? Você fala em
prover uma família, mas não tem família alguma, pois fui eu que o
adotei, desde a peste que levou seus pais.
A pele bronzeada de Hafid não pôde esconder-lhe o súbito rubor
das faces.
Enquanto acampamos em Hebrom, antes de viajarmos para cá,
eu conheci a filha de Calneh. Ela... ela...
– Oh, oh, agora a verdade aparece. O amor, não nobres ideais,
fez de meu guardador de camelos um poderoso soldado pronto a
enfrentar o mundo. Calneh é homem muito rico. Sua filha e um
guardador de camelos? Nunca! Mas sua filha e um rico, jovem e
simpático mercador... ah, essa é outra história. Muito bem, meu jovem
soldado, eu o ajudarei a iniciar a sua carreira de vendedor.
O rapaz caiu de joelhos e agarrou-se às vestes de Pathros.
– Senhor, senhor! Como posso mostrar-lhe minha gratidão?
Pathros esquivou-se do aperto de Hafid e recuou.
– Eu sugeriria que suspendesse sua gratidão por enquanto.
Qualquer ajuda que lhe dê será como um grão de areia comparado às
montanhas que você deve mover em seu próprio benefício.

A alegria de Hafid imediatamente se amainou ao perguntar:
– O senhor vai ensinar-me os princípios e leis que me
transformarão em um grande vendedor?
– Não ensinarei, como não tornei sua infância branda e fácil pelo
mimo. Tenho sido criticado freqüentemente por condenar meu filho
adotivo à vida de guardador de camelos, mas confiei que, se o fogo
bom queimasse por dentro, ele finalmente emergiria... e quando tal
ocorresse você seria mais homem para seus anos de árdua labuta. Esta
noite, seu pedido deixou-me feliz, pois o fogo da ambição reluz em
seus olhos e sua face brilha com ardente desejo. Isto é bom e minha
suposição sustentou-se, mas você deve ainda provar que há mais em
suas palavras do que simplesmente ar.
Hafid permaneceu silencioso e o ancião prosseguiu:
– Primeiro, você deve provar-me e, mais importante, a si mesmo,
que pode suportar a vida de vendedor, pois não é destino fácil o que
escolheu. Verdadeiramente, muitas vezes você me ouviu dizer que as
recompensas são grandes se se tem êxito, mas apenas porque
pouquíssimos têm êxito. Muitos sucumbem ao desespero e falham
sem perceber que já possuem todos os instrumentos necessários para
adquirir grande riqueza. Muitos outros enfrentam os obstáculos do caminho com medo e dúvida e os consideram inimigos, quando, em
verdade, esses empecilhos são amigos e colaboradores. Os obstáculos
são necessários para o êxito, pois em venda, como em todas as carreiras
de importância, a vitória só vem apenas após muitas lutas e inúmeras
derrotas. Contudo, cada luta, cada derrota, aguça suas técnicas e forças,
sua coragem e persistência, sua capacidade e confiança e, assim, cada
obstáculo é um companheiro de armas forçando-o a melhorar... ou
desistir. Cada malogro é uma oportunidade para seguir avante. Desviese deles, evite-os, e você desperdiça seu futuro.
O jovem assentiu com a cabeça e ameaçou falar, mas o ancião
ergueu a mão e prosseguiu:
– Ademais, você está se aventurando na mais solitária profissão
do mundo. Até os desprezados coletores de impostos regressam aos
lares ao pôr-do-sol e as legiões de Roma têm um quartel a que

denominam lar. Mas você testemunhará muitos pores-do-sol distante
dos amigos e dos entes queridos. Nada traz a dor da solidão a um
homem tão rapidamente quanto passar por uma casa estranha e
testemunhar, à luz do lampião, uma família partindo o pão ao anoitecer
no aconchego do lar.
“Será nesses períodos de solidão que as tentações o afrontarão.
A maneira como você enfrentará essas tentações afetará grandemente
sua carreira. Estar-se na estrada apenas com o animal é uma sensação
estranha e freqüentemente assustadora. Muitas vezes esquecemos
nossas perspectivas e nossos valores e nos sentimos como crianças,
ansiando por nossa própria segurança e amor. O que achamos como
substituto já encerrou a carreira de muitos, inclusive milhares que eram
considerados de grande potencial na arte de vender. Ademais, não
haverá ninguém para distraí-lo ou consolá-lo quando não vender
nenhuma mercadoria; ninguém, exceto aqueles que procuram separá-
lo de sua algibeira.
– Eu serei cuidadoso e seguirei à risca o seu conselho, meu senhor.
– Então, vamos começar. Por enquanto você não receberá mais
nenhum conselho. Coloque-se diante de mim como um figo verde.
Até que o figo amadureça não pode ser chamado de figo e até que você
não se tenha exposto ao conhecimento e à experiência não pode ser
chamado de vendedor.
– Como começarei?
– Pela manhã, você irá falar com Sílvio, no carro de bagagem.
Ele deixará aos seus cuidados uma das nossas melhores e mais novas
túnicas. É tecida com pêlo de cabra e resistirá até à chuva mais pesada.
É tingida com o vermelho das raízes da garança, para que a cor não se
solte. Próximo à bainha você encontrará bordada, pelo lado de dentro,
uma pequena estrela. É o símbolo de Tola, cuja fábrica faz as melhores
túnicas do mundo. Já próximo à estrela está o meu símbolo, um círculo
dentro de um quadrado. Ambos os símbolos são conhecidos e
respeitados por todo o país e vendemos inúmeros milhares de túnicas.
Tenho negociado com os judeus por tanto tempo que apenas sei seus
nomes por um vestuário como esse. E chamado de
abeyah.
“Pegue a túnica e uma mula e parta ao amanhecer para Belém, a
aldeia pela qual nossa caravana passou antes de chegar aqui. Nenhum
de nossos vendedores jamais a visitou. Dizem que é uma perda de
tempo, porque o povo é muito pobre, mas há muitos anos atrás vendi
cem túnicas entre os pastores de lá. Permaneça em Belém até vender
uma túnica.
Hafid assentiu com a cabeça, tentando em vão ocultar a emoção.
– A que preço devo vender a túnica, meu amo?
– Debitarei um denário de prata em seu nome no meu livro. Ao
voltar, você me devolverá um denário de prata. Guarde o que receber a
mais como comissão e assim, realmente, você próprio vai determinar o
preço da túnica. Pode visitar a feira que fica no portão Leste ou oferecer
em cada porta da cidade, a qual, estou certo, tem cerca de mil.
Certamente, é concebível que uma túnica seja vendida lá, não acha?
Hafid assentiu de novo, já pensando no dia seguinte.
Pathros colocou a mão gentilmente no ombro do rapaz.
– Não colocarei ninguém em seu serviço até que volte. Se
descobrir que seu estômago não é para esta profissão, eu entenderei, e
você não precisará se considerar em desfavor. Nunca se envergonhe de
tentar e fracassar, pois se alguém nunca fracassou é porque nunca
tentou. Quando voltar, perguntarei detidamente a respeito de suas
experiências. Só então decidirei como proceder para ajudá-lo a fazer
com que seus vagos sonhos se concretizem.
Hafid curvou-se e virou para sair, mas o ancião ainda prosseguiu:
– Filho, há um preceito que você deve guardar ao começar essa
nova vida. Tenha-o sempre presente e vencerá obstáculos aparentemente impossíveis, que com certeza encontrará, como todos aqueles
que têm ambição.
Hafid esperou.
– Sim, senhor?
– O fracasso jamais o surpreenderá se sua decisão de vencer
for suficientemente forte.
Pathros adiantou-se para o jovem.
– Você compreende todo o significado de minhas palavras?

– Sim, senhor.
– Repita-as então para mim.
– O fracasso jamais me surpreenderá, se minha decisão de
vencer for suficientemente forte.
  

Seicho-No-Ie do Brasil - Mensagem Diária

82 – Francisco Cândido Xavier 70 PODERES OCULTOS


82 – Francisco Cândido Xavier
70
PODERES OCULTOS
“E onde quer que ele entrava, fosse nas cidades, nas
aldeias ou nos campos, depunham os enfermos nas praças e lhe
rogavam que os deixasse tocar ao menos na orla de seu vestido; e
todos os que nele tocavam, saravam.”
(MARCOS, 6: 56)
Não raro, surgem nas fileiras espiritualistas estudiosos afoitos a
procurarem, de qualquer modo, a aquisição de poderes ocultos que lhes confira
posição de evidência. Comumente, em tais circunstâncias, enchem­se das
afirmativas de grande alcance.
O anseio de melhorar­se, o desejo de equilíbrio, a intenção de manter a paz,
constituem belos propósitos; no entanto, é recomendável que o aprendiz não se
entregue a preocupações de notoriedade, devendo palmilhar o terreno dessas
cogitações com a cautela possível.
Ainda aqui, o Mestre Divino oferece a melhor exemplificação.
Ninguém reuniu sobre a Terra tão elevadas expressões de recursos
desconhecidos quanto Jesus. Aos doentes, bastava tocar­lhe as vestiduras para que
se curassem de enfermidades dolorosas; suas mãos devolviam o movimento aos
paralíticos, a visão aos cegos. Entretanto, no dia do Calvário, vemos o Mestre ferido
e ultrajado, sem recorrer aos poderes que lhe constituíam apanágio divino, em
benefício da própria situação. Havendo cumprido a lei sublime do amor, no serviço
do Pai, entregou­se à sua vontade, em se tratando dos interesses de si mesmo. A
lição do Senhor é bastante significativa.
É compreensível que o discípulo estude e se enriqueça de energias
espirituais, recordando­se, porém, de que, antes do nosso, permanece o bem dos
outros e que esse bem, distribuído no caminho da vida, é a voz que falará por nós a
Deus e aos homens, hoje ou amanhã.  

meditação diária (cecp)

Elevo-me continuamente à perfeição e à felicidade

sábado, 30 de dezembro de 2017

Decreto para Quebra de Contrato de Alma

"Eu, (declare seu nome ou o nome de outra pessoa, no caso dela estar impossibilitada de fazê-lo) assim denominado nesta encarnação, no pleno exercício de meu livre-arbítrio, em nome do Pai/Mãe Criador Primordial, do Espírito Santo, do Cristo Cósmico, do Arcanjo Miguel Kumara e de todos os Anjos, Arcanjos e Elohins, do Mestre Saint German e de todos os grandes mestres da luz, em nome das Hierarquias da Luz, do Comandante Asthar Sheran e de todos os Comandantes do Comando Estelar, em nome dos Pleiadianos, dos Arcturianos, dos Andromedeanos e de todas as famílias estelares da luz, em nome de todos os orixás, xamãs, elementais e de todas as forças da Luz, neste momento e por este meio REVOGO e RENUNCIO, com toda a firmeza e certeza de meus atos, a todos e a cada um dos compromissos de fidelidade, votos, acordos, pactos, alianças e contratos de associação, de sociedade e de alma, feitos nesta vida, vidas passadas e vidas simultâneas, nesta dimensão, dimensões paralelas ou qualquer outra dimensão de espaço e/ou de tempo, com qualquer pessoa, entidade, energia, força, legião ou facção, que não sejam da luz e que não honram e respeitam a vontade do Deus da Luz e do Amor, o Deus Pai/Mãe Criador Primordial.
Eu agora ordeno a todas as pessoas, entidades e seres da não luz, encarnados ou não, que estão ligados com estes meus contratos e compromissos, que cessem, desistam e que abandonem meu campo de energia agora, para sempre e em forma retroativa, levando e retirando de meu ambiente, de meu corpo físico, de todos os meus corpos etéricos e campos de energia, todos os entrantes, obsessores e todo e qualquer ser negativo, encarnado ou não, assim como todas as suas armas, artefatos, instrumentos ou dispositivos de conexão, controle, limitação, magias, feitiços, bloqueios, amarrações, encantamentos, egrégoras negativas, símbolos, chips, implantes, larvas do astral, formas pensamentos, forças e energias semeadas por estes seres e seus associados, com objetivos de controle, domínio, manipulação ou limitação sobre mim, ou sobre terceiros, porque não autorizo a sua presença, ações ou forma de agir sobre mim e com amor envio-lhes as luzes azul, rosa e dourada do Cristo e ORDENO QUE SAIAM.


REVOGO e RENUNCIO a todos os contratos, pactos, acordos, alianças, votos ou compromissos que tive desde a minha primeira encarnação na matéria, com estes seres negativos, encarnados ou não, neste ou em outros planos, mundos ou realidades, pedindo perdão e perdoando, por tudo o que tem que ser perdoado, consciente ou inconscientemente e exigindo que todos estes atos aos quais aqui renuncio sejam consumidos na chama violeta, no fogo sagrado da transmutação, tudo confirmado e selado pelo poder do Espírito Santo.

Para assegurar isto, eu agora apelo aos meus mentores de luz, ao Arcanjo Miguel, ao Comando Estelar, ao Sagrado Espírito Santo e a todas as forças e Hierarquias da luz, para que sejam testemunhas da dissolução de todos estes contratos e compromissos que não honram e respeitam a vontade do Deus Pai/Mãe Criador Primordial, o Deus da Luz e do Amor.
Peço que o Espírito Santo e todas as forças da luz, testemunhem e advoguem por mim para a minha total e completa libertação de todos estes contratos, dispositivos e energias semeadas, tanto conhecidas como desconhecidas, que infringem a lei do amor e a vontade de Deus Pai/Mãe Criador Primordial.
Pelo poder que me é concedido por Deus Pai/Mãe e Espírito Santo, ancoro as potencias de luz, abro um portal de luz consagrado por Micah, protegido pelo Arcanjo Miguel Kumara porque EU SOU Vitória EU SOU Miguel.


Selo este ato com asas cósmicas de vitória, expulsando todas as dúvidas e medos, libertando-me, aprisionando as forças das trevas e encaminhando-as e entregando-as ao Comando Estelar, às Hierarquias da Luz e a Deus Pai/Mãe Criador Primordial.

Eu agora volto a confirmar e garantir minha aliança, através da Luz e do Amor com Deus Pai/Mãe Criador Primordial e volto a dedicar meu ser por inteiro, físico, mental, emocional e espiritual, minha vida, meu trabalho, tudo o que penso, digo e faço e todas as coisas em meu ambiente à vibração do Cristo Cósmico de Amor e Luz, dedicando meu ser e a minha própria mestria em prol da evolução, tanto planetária e da humanidade como a minha, individual e pessoal.
Havendo declarado tudo isto eu agora autorizo aos meus Mentores e ao Cristo Cósmico, assim como ao meu próprio Ser Superior para que façam as mudanças em minha vida para acomodar esta nova dedicação e peço o testemunho do Espírito Santo.
Eu agora declaro isto a Deus, adiante e retroativamente. Que seja escrito no Livro da Vida. Que assim seja. Graças a Deus. Está feito, esta nas mãos da Luz. E assim é.
EU SOU luz, amor e paz.
EU SOU alfa e ómega.

o homem mais rico do mundo (aqui vai ser postado cada capitulo do livro)


Dois

Então sucedeu que uma caravana fortemente escoltada logo partiu
de Damasco transportando certificados de propriedade e ouro para
aqueles que dirigiam cada um dos empórios de Hafid. De Obed, em
Joppa, a Reuel, em Petra, cada um dos dez administradores recebeu a
notícia da retirada e do presente de Hafid em pasmado silêncio. Finalmente, após fazer sua última parada no empório em Antipatris, estava
finda a missão da caravana.
O mais poderoso império comercial de seu tempo não mais
existia.
Com o coração pesado de tristeza, Erasmo mandou avisar ao
amo que o depósito estava vazio e que os empórios não mais ostentavam
a orgulhosa bandeira de Hafid. O mensageiro regressou com um pedido
de que Erasmo se encontrasse imediatamente com o amo, próximo à
fonte, no peristilo.
Hafid estudou o rosto de seu amigo e perguntou:
– Fez tudo?
– Tudo, meu senhor.
– Não se aflija, meu bom amigo, e siga-me.
Apenas o som de suas sandálias ecoava no gigantesco aposento
quando Hafid levou Erasmo para a escadaria de mármore que ficava
ao fundo. Sais passos diminuíram momentaneamente ao se
aproximarem de um solitário vaso de fluorita numa prateleira de madeira
de árvore cítrica e ele observou que a luz do sol tinha mudado a cor do
vidro, de branco para púrpura. Sua face, envelhecida pelos anos, estampou um sorriso.
Então os dois velhos amigos começaram a subir os degraus que
levavam ao quarto sob a cúpula do palácio. Erasmo notou que a guarda
armada não mais existia. Finalmente ganharam o patamar e pararam,
visto que ambos estavam quase sem fôlego pelo esforço da subida.
Depois seguiram para o segundo patamar e Hafid retirou a pequena
chave do cinto, destrancou a pesada porta de carvalho e forçou-a com
o corpo, com o que ela se abriu, rangendo. Erasmo hesitou até que seu
amo acenasse para entrar e, então, avançou timidamente para o quarto
onde ninguém tivera permissão para entrar, por cerca de trinta anos.
No ambiente cinzento e empoeirado, a luz irradiava de pequenas
torres acima de Erasmo, que se agarrou ao braço de Hafid até que seus
olhos se acostumaram à semi-escuridão. Com um leve sorriso, Hafid
observou Erasmo, que, locomovendo-se lentamente, saiu num quarto
vazio, exceto por um pequeno baú de cedro iluminado por um feixe de
luz solar num canto.
– Não esta desapontado, Bramo?
– Não sei o que dizer, senhor.
– Não esta desapontado com os móveis? Certamente, o conteúdo
deste quarto tem sido assunto de conversa de muitos. Você nunca
especulou sobre o mistério que envolve tudo que aqui se encontra e
que eu guardo tão zelosamente por tanto tempo?
Erasmo assentiu com a cabeça.
– É verdade. Tem havido muita conversa e muitos rumores, pelos
anos, quanto ao que nosso amo guarda escondido aqui na torre.
– Sim, meu amigo, e muitos deles eu ouvi. Tem-se dito que aqui
se guardam barris de diamantes, lingotes de ouro, ou animais selvagens,
ou pássaros raros. Certa vez um persa, mercador de tapetes, deu a
entender que talvez eu mantivesse aqui um pequeno harém. Lisha riu,
ao imaginar-me com uma coleção de concubinas. Mas, como você pode
ver, nada há aqui, exceto um pequeno baú. Agora, venha para cá.
Os dois agacharam-se ao lado do baú e Hafid cuidadosamente
começou a soltar as correias de couro que o envolviam. Ele inalou a
fragrância do cedro e, finalmente, empurrou a tampa, que se abriu sem
dificuldade. Erasmo curvou-se à frente e espiou sobre o ombro de Hafid
o conteúdo da arca. Olhou para Hafid e balançou a cabeça espantado.
Nada havia na arca senão pergaminhos... pergaminhos de couro.
Hafid estendeu a mão e gentilmente retirou um dos rolos. Por
momentos, apertou-o ao peito e cerrou os olhos. Uma calma tranqüila
pairou-lhe sobre o rosto, apagando as marcas da idade. Então, pôs-se
de pé e apontou para o baú.
– Fosse este quarto enchido até as vigas de diamantes, seu valor
não superaria o que seus olhos vêem nesta simples caixa de madeira.
Todo o êxito, felicidade, amor, paz de espirito e riqueza de que desfruto
provêm diretamente do que está contido nestes poucos pergaminhos.
Meu débito para com eles e para com o sábio que os confiou ao meu
cuidado não pode jamais ser retribuído.
Assustado pelo tom de voz de Hafid, Erasmo recuou e perguntou:
– É este o segredo a que o senhor se referiu? Este baú se acha de
alguma maneira ligado à promessa que o senhor tem de cumprir ainda?
– A resposta é “sim” a ambas as suas perguntas.
Erasmo passou a mão pela testa molhada de suor e fitou Hafid
com descrença.
– Que está escrito nestes pergaminhos, que lhes confere valor
maior que o de diamantes?
– À exceção de um, todos estes pergaminhos contêm um
princípio, uma lei, ou uma verdade fundamental, escritos num único
estilo, para ajudar o leitor a entender seu significado. Para se tornar um
mestre na arte de vender, deve-se aprender e praticar o segredo de cada
um destes pergaminhos. Quando se dominam estes princípios, tem-se
o poder de acumular toda a riqueza que se deseja.
Erasmo fitou o pergaminho com assormbro.
– Rico até mesmo como o senhor?
– Até mais rico, se quiser.
– O senhor afirmou que, à exceção de um, todos estes pergaminhos contêm princípios de venda. O que contém o último
pergaminho?
– O último pergaminho, como você o chama, é o primeiro que
deve ser lido, já que cada um é numerado para ser lido em seqüência
especial. E o primeiro contém um segredo que tem sido dado a poucos
sábios através da história. Em verdade, ele ensina a maneira mais efetiva
de aprender o que está escrito nos demais.
– Parece ser uma tarefa difícil de realizar.
– É, na verdade, uma tarefa simples, desde que se queira pagar o
preço, em tempo e concentração, até que cada princípio se torne uma
parte da personalidade de cada um; se torne como um hábito.
Erasmo meteu a mão no baú e retirou um pergaminho.
Segurando-o gentilmente entre os dedos, passou-o afoito para Hafid.
– Perdoe-me, meu amo, mas por que razão não partilhou estes
princípios com outros, especialmente aqueles que labutam há muito
tempo com o senhor? Se o senhor sempre mostrou tanta generosidade
em todas as outras questões, como é que todos que venderam pelo
senhor não ganharam a oportunidade de ler estas palavras de sabedoria
e, dessa maneira, enriquecer também? Afinal de contas, todos seriam
melhores vendedores com tão valiosa sabedoria. Por que o senhor
manteve para si estes princípios por todos estes anos?
– Eu não tinha escolha. Há muitos anos atrás, quando estes
pergaminhos foram a mim confiados, prometi sob juramento que
partilharia seu conteúdo com apenas uma pessoa. Até hoje não entendo
o raciocínio desse estranho pedido, mas ordenaram-me aplicar os
princípios dos pergaminhos à minha própria vida, até que um dia alguém
aparecesse e necessitasse, mais do que eu quando jovem, da ajuda e
orientação neles contidas. Disseram-me que mediante algum sinal eu
reconheceria a pessoa a quem deveria passar os pergaminhos, mesmo
que tal pessoa não soubesse estar a procurá-los.
“Esperei com paciência e enquanto esperava apliquei estes
princípios como me foi permitido fazer. Com sua sabedoria tornei-me
o que muitos chamam ‘o maior vendedor do mundo’, assim como
aquele que me legou esses pergaminhos foi proclamado ‘o maior
vendedor de seu tempo’. Agora, Erasmo, talvez você entenda, afinal,
por que algumas de minhas ações através dos anos lhe pareceram
estranhas e impraticáveis e, contudo, resultaram em êxito. Sempre foram
meus feitos e decisões guiados por estes pergaminhos; portanto, não
foi através de minha sabedoria que adquirimos tantos talentos de ouro.
Fui apenas o instrumento de realização.
– O senhor ainda crê que aquele que deve receber tais pergaminhos do senhor, meu amo, aparecera- após tanto tempo?
– Sim.
Hafid recolocou gentilmente os pergaminhos e fechou o baú. De
joelhos, falou, brandamente:
– Você ficará comigo até esse dia, Erasmo?
O guarda-livros adiantou-se, banhado por uma luz branda, e eles
se apertaram as mãos. Ele assentiu com a cabeça e depois se retirou do
quarto, como se sob uma ordem inefável de seu amo. Hafid repôs as
correias de couro no baú, ergueu-se e dirigiu-se para uma pequena torre.
Passando por ela, seguiu para um palanque que cercava a grande cúpula.
Um vento do Levante soprava-lhe a face, trazendo consigo o
aroma de lagos e do deserto na distância. Ele sorriu como se estivesse
postado sobre os telhados de Damasco e seus pensamentos
retrocederam tempo adentro...

26 - Ordem a Partir do Caos: Revertendo a Lei de Murphy


26 - Ordem a Partir do Caos: Revertendo a Lei de Murphy - ALEF ALEF HEEu nunca tive uma torrada
Daquelas compridas e largas
Que não caísse no chão empoeirado
E sempre com o lado da manteiga para baixo.
- James Payn -
REFLEXÂO:Tudo o que puder dar errado, dará errado.
- Lei de Finagle das Negativas Dinâmicas

Se houver duas ou mais maneiras de se fazer algo, e uma delas puder resultar numa catástrofe, alguém seguirá essa maneira.
- Edward A. Murphy, Jr. (Lei de Murphy)

A chance de o pão cair com o lado da manteiga para baixo é diretamente proporcional ao preço do tapete.
- Corolário de Jennings para Lei da Gravidade Seletiva de Murphy

A outra fila sempre anda mais rápido.
- Observação de Etorre

Nunca dá tempo de fazer direito, mas dá sempre tempo de fazer de novo.
- Lei de Meskimen.

O valor numérico deste Nome é sete, um número altamente significativo na Cabala.
Segundo os cabalistas, existem dez dimensões que formam a realidade.
As mais elevadas destas dez dimensões, chamadas de as Três Superiores, existem fora de nossa realidade física.
As Sete Inferiores, contudo, interagem diretamente com nosso mundo físico.
Por este motivo, o número sete aparece em muitos lugares: sete cores do espectro, sete notas da escala musical, sete continentes principais, sete dias da semana, sétimo dia para o descanso.
As coisas podem dar terrivelmente errado no mundo, e em nossas vidas, quando estas sete dimensões estão desalinhadas!
AÇÂO:A harmonia está sempre por trás do caos.
Com este nome, equilíbrio e serenidade são restaurados dentro dos sete dias da semana.
A ordem emerge a partir do caos.
Nossa torrada não cairá mais com lado da manteiga virada para o chão, na verdade ela simplesmente não caíra.

MEDITE NESTAS LETRAS E VOCALIZE: RRaiah 
AÇÃO: Ao se conectar com este anjo, diga NÃO para algo que não te serve mais. Pode ser um vício, um hábito destrutivo, o trabalho em excesso, mesmo um modo de ser. Enfim, negue veementemente o que te afasta da luz.

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81 – CAMINHO, VERDADE E VIDA (pelo Espírito Emmanuel) 69 COMUNICAÇÕES


81 – CAMINHO, VERDADE E VIDA (pelo Espírito Emmanuel)
69
COMUNICAÇÕES
“Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os
espíritos são de Deus.”
(I JOÃO, 4: 1)
Os novos discípulos do Evangelho, em seus agrupamentos de intercâmbio
com o mundo espiritual, quase sempre manifestam ansiedade em estabelecer claras e
perfeitas comunicações com o Além.
Se muitas vezes aparecem fracassos, nesse particular, se as
experimentações são falhas de êxito, é que, na maioria dos casos, o indagador
obedece muito mais ao egoísmo próprio que ao imperativo edificante.
O propósito de exclusividade, nesse sentido, abre larga porta ao engano.
Através dela, malfeitores com instrumentos nocivos podem penetrar o templo, de
vez que o aprendiz cerrou os olhos ao horizonte das verdades eternas.
Bela e humana a dilatação dos laços de amor que unem o homem encarnado
aos familiares que o precederam na jornada de Além­Túmulo, mas é inaceitável que
o estudante obrigue quem lhe serviu de pai ou de irmão a interferir nas situações
particulares que lhe dizem respeito.
Haverá sempre quem dispense luz nas assembléias de homens sinceros, O
programa de semelhante assistência, contudo, não pode ser substancialmente
organizado pelas criaturas, muita vez inscientes das necessidades próprias. Em
virtude disso, recomendou o apóstolo que o discípulo atente, não para quem fale,
mas para a essência das palavras, a fim de certificar­se se o visitante vem de Deus.  

meditação diária (cecp)

Sou Deus em manifestação concreta

Oração do dia 29 Palavras para firmar a união com Deus


Oração do dia 29
Palavras para firmar a união com Deus
Ó ser eterno, eu vivo e respiro envolto em seus braços. Sou sua manifestação; sou um ser manifestado por sua vida; sou sua auto-expressão; sou a personificação de seu amor; sou a concretização de sua sabedoria; sou vida, amor, sabedoria e paz; sou a essência do ser, a quem não pode conferir um nome definido; sou espírito; sou vida eterna; sou existência verdadeira; sou a essência latente em todas as coisas; sou imortal, porque sou a própria vida; sou inadoecível, porque a saúde me é inerente; nunca me aborreço, pois sou a personificação da alegria. Para alcançar a grande auto-afirmação, expulso da minha mente tudo que é negativo. Sou existência real, sou a imagem verdadeira. Nada existe que me atemorize; perigo algum pode se aproximar de mim. Sou um ser real, sou espírito, sou vida. Jamais morrerei, pois vivo com Deus. Deus é onipresente, Senhor, faça com que eu viva o dia de hoje com serenidade e paz. Caso surjam complicações ou contratempos, faça com que eu encontre abrigo no seu templo sagrado. Mantenha-me sob a proteção de sua onipotência. Sou existência verdadeira, sou um ser real. No recôndito de minha alma, reinam a paz e a tranqüilidade. Agradeço-lhe, Deus-Pai. 

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

46 - Certeza Absoluta: O que fazer quando a dúvida surge


46 - Certeza Absoluta: O que fazer quando a dúvida surge - YOD RESH AYINExiste somente uma maneira de tornar inoperantes e inúteis todas as ferramentas e o poder deste site.
Chama-se incerteza.
REFLEXÂO:Verbete no dicionário: princípio da incerteza
Substantivo
1. Um princípio da mecânica quântica que sustenta que aumentar a precisão de medida de uma quantidade observável aumenta a incerteza pela qual outras quantidades possam ser conhecidas.
Desenvolvido pelo físico teórico Werner Heisenbergem 1927.
2. Parte da atual visão científica da natureza da realidade física, com implicações para a filosofia em geral.

Se injetarmos dúvida em qualquer aspecto destes ensinamentos, estaremos literalmente tirando o fio da tomada e desligando seu funcionamento.
"Quero ver para crer" deve ser substituído por "quando eu crer, vou ver!"
Lembre-se de que ter certeza não significa simplesmente ter confiança de que obteremos o que queremos.
Ter certeza significa reconhecer que já estamos recebendo o que precisamos para o crescimento espiritual.
É verdade que, quando a dificuldade acontece, as dúvidas começam a vir à tona em nossas mentes.
Ficamos incertos acerca da realidade do Criador.
Questionamos a justiça no universo.
Tememos pelo futuro.
Apontamos o dedo da culpa para os outros, ou para os céus.
Quando invocamos o poder da certeza, porém, todas essas sensações negativas desaparecem, como a neblina que encobre uma montanha implacável.
Em todas as áreas da vida, a duração do caos e da dor é sempre diretamente proporcional ao nosso próprio nível de incerteza e falta de responsabilidade.
AÇÂO:Certeza! Segurança! Convicção! Confiança! Tudo isto enche seu coração através da meditação deste Nome.

Seicho-No-Ie do Brasil - Mensagem Diária

o maior vendedor do mundo n.1


Hafid demorou-se ante o espelho de bronze e estudou sua imagem
refletida no metal polido.
“Apenas os olhos continuaram jovens”, murmurou ao virar se e
atravessar devagar o espaçoso piso de mármore. Passou por entre as
negras colunas de ônix que se erguiam para sustentar o teto brunido de
prata e ouro e suas pernas envelhecidas transportaram-no pelas mesas
esculpidas do ciprus e do marfim.
Carapaças de tartarugas reluziam dos canapés e divãs e as paredes,
marchetadas de gemas, cintilavam com brocados do mais esmerado
desenho. Enormes palmeiras cresciam placidamente em vasos de bronze
formando uma fonte de ninfas de alabastro, enquanto caixas de flores,
com gemas incrustadas, competiam, em atenção, com o seu conteúdo.
Nenhum visitante do palácio podia duvidar de que Hafid fosse realmente
senhor de grande riqueza.
O ancião passou por um jardim murado e entrou no depósito
que se estendia além da mansão por quinhentos passos de distância.
Erasmo, seu guarda-livros chefe, esperava, incerto, logo depois da
Um
entrada.
– Saudações, senhor.
Hafid assentiu com a cabeça e prosseguiu em silêncio. Erasmo o
seguiu, o semblante incapaz de esconder a preocupação com o pedido
incomum do amo, de uma reunião naquele local. Próximo à plataforma
de carga, Hafid parou para observar as mercadorias sendo removidas
dos carros de bagagem e contadas ao entrar em barracas separadas.
Havia lãs, bons linhos, pergaminhos, mel, tapetes e óleo da Ásia
Menor; vidros, figos, nozes e bálsamo de seu próprio país; tecidos e
drogas de Palmira; gengibre, canela e pedras preciosas da Arábia; milho,
papel, granito, alabastro e basalto do Egito; tapeçarias da Babilônia;
pinturas de Roma; e estátuas da Grécia. O cheiro de bálsamo pesava no
ar e o sensível e velho nariz de Hafid percebia a presença de doces,
ameixas, maçãs, queijos e gengibre.
Finalmente ele se voltou para Erasmo.
– Velho amigo, quanta riqueza ha agora acumulada em nosso
tesouro?
Erasmo empalideceu:
– Tudo, meu amo?
– Tudo.
– Não estudei os números recentemente, mas calcularia que há
um saldo de sete milhões de talentos de ouro.
– E se todas as mercadorias dos meus depósitos e empórios
fossem convertidas em ouro, qual seria o resultado?
– Nosso inventário ainda não esta completo para esta temporada,
meu senhor, mas calcularia um mínimo de outros três milhões de
talentos.
Hafid assentiu com a cabeça.
– Basta de compras de mercadorias. Trace imediatamente planos,
seja lá quais forem, para vender tudo que é meu, e converta o total em
ouro.
O guarda-livros abriu a boca, mas nenhum som saiu. Recuou
como que assustado e, quando finalmente pôde falar, as palavras vieram
com esforço.
– Eu não entendo, senhor. Este tem sido nosso ano mais lucrativo.
Todos os empórios acusam aumentos nas vendas sobre as do ano
anterior. Até as legiões romanas são agora nossos fregueses, pois não
vendeu o senhor ao Procurador de Jerusalém duzentos garanhões árabes
nesta quinzena? Perdoe-me a ousadia, pois raramente discuto suas
determinações, meu senhor, mas esta ordem eu não posso
compreender...
Hafid sorriu gentilmente e apertou a mão de Erasmo.
– Meu companheiro de confiança, tem sua memória suficiente
força para recordar a primeira ordem recebida de mim, quando entrou
neste emprego, muitos anos arras?
Erasmo franziu a testa momentaneamente e então sua face
iluminou-se.
– Fui encarregado pelo senhor de retirar, todo ano, a metade do
lucro de nosso tesouro e distribui-la aos pobres.
– Não me considerou você, naquela época, um insensato homem
de negócios?
– Eu tinha grandes pressentimentos, senhor.
Hafid assentiu e estendeu os braços para as plataformas de carga.
– Admite, agora, que sua preocupação era sem fundamento?
– Sim, senhor.
– Então deixe-me encorajá-lo a ter fé nesta decisão, até que
explique os meus planos. Eu sou agora um velho e minhas necessidades
são simples. Desde que minha adorada Lisha foi há muito retirada de
mim após tantos anos de felicidade, é meu desejo distribuir toda a minha
riqueza com os pobres desta cidade. Guardarei comigo apenas o
suficiente para completar minha vida sem desconforto. Além de fazer
nosso inventário, desejo que você providencie os documentos
necessários que transferirão a propriedade de todo empório àquele que
o dirige para mim. Desejo também que você distribua cinco mil talentos
de ouro entre esses administradores, como recompensa por seus anos
de lealdade e para que eles possam reabastecer suas prateleiras da
maneira que lhes agradar.
Erasmo começou a falar, mas a mão erguida de Hafid o silenciou.
A tarefa parece-lhe desagradável?
O guarda-livros balançou a cabeça e tentou sorrir.
– Não, meu senhor, apenas não posso entender seu raciocínio.
Suas palavras são as de um homem cujos dias estão contados.
– É do seu caráter, Erasmo, que sua preocupação deva ser por
mim, ao invés de por você próprio. Não cogita você de algo para seu
futuro, quando nosso império comercial for dispersado?
– Temos sido companheiros por muitos anos. Como posso, agora,
pensar somente em mim?
Hafid abraçou seu velho amigo e replicou:
– Não é necessário. Peço-lhe que transfira imediatamente
cinqüenta mil talentos de ouro para seu nome, e suplico-lhe que
permaneça comigo até que uma promessa que fiz, há muito tempo,
seja cumprida. Observada a promessa, legarei este palácio e depósito a
você, pois então estarei pronto para reunir-me a Lisha.
O velho guarda-livros fitou o amo, incapaz de compreender as
palavras que ouvira,
– Cinqüenta mil talentos de ouro, o palácio, o depósito... não
faço por merecer...
Hafid assentiu com a cabeça.
– Sempre contei sua amizade como meu maior bem. O que agora
entrego a você é de pouca importância, comparado à sua infindável
lealdade. Você dominou a arte de viver não para si exclusivamente,
mas para os outros, e essa preocupação timbrou-o acima de tudo como
um homem entre os homens. Agora eu o incito a apressar a consumação
dos meus planos. O tempo é o que de mais precioso eu possuo e a taça
do tempo de minha vida está quase cheia.
Erasmo voltou o rosto para ocultar as lágrimas.
Sua voz embargou, ao perguntar:
– E o que é a promessa, ainda por cumprir? Conquanto tenhamos
sido como irmãos, nunca ouvi o senhor falar de tal coisa.
Hafid cruzou os braços e sorriu.
– Encontrá-lo-ei de novo ao desincumbir-se de minhas ordens
desta manhã. Revelar-lhe-ei, então, um segredo que não partilhei com
ninguém, exceto minha adorada esposa, por cerca de trinta anos.
Do  

80 – Francisco Cândido Xavier 68 ALÉM­TÚMULO


80 – Francisco Cândido Xavier
68
ALÉM­TÚMULO
“E, se não há ressurreição de mortos, também o Cristo
não ressuscitou.”
Paulo. (I CORÍNTIOS, 15: 13)
Teólogos eminentes, tentando harmonizar interesses temporais e espirituais,
obscureceram o problema da morte, impondo sombrias perspectivas à simples
solução que lhe é própria.
Muitos deles situaram as almas em determinadas zonas de punição ou de
expurgo, como se fossem absolutos senhores dos elementos indispensáveis à análise
definitiva. Declararam outros que, no instante da grande transição, submerge­se o
homem num sono indefinível até o dia derradeiro consagrado ao Juízo Final.
Hoje, no entanto, reconhece a inteligência humana que a lógica evolveu
com todas as possibilidades de observação e raciocínio.
Ressurreição é vida infinita. Vida é trabalho, júbilo e criação na eternidade.
Como qualificar a pretensão daqueles que designam vizinhos e conhecidos para o
inferno ilimitado no tempo? Como acreditar permaneçam adormecidos milhões de
criaturas, aguardando o minuto decisivo de julgamento, quando o próprio Jesus se
afirma em atividade incessante?
Os argumentos teológicos são respeitáveis; no entanto, não deveremos
desprezar a simplicidade da lógica humana.
Comentando o assunto, portas a dentro do esforço cristão, somos
compelidos a reconhecer que os negadores do processo evolutivo do homem
espiritual, depois do sepulcro, definem­se contra o próprio Evangelho. O Mestre dos
Mestres ressuscitou em trabalho edificante. Quem, desse modo, atravessará o portal
da morte para cair em ociosidade incompreensível? Somos almas, em função de
aperfeiçoamento, e, além do túmulo, encontramos a continuação do esforço e da
vida.  

meditação diária (cecp)

Só emprego minhas forças para o bem