domingo, 5 de maio de 2024

Cabalá e Hermetismo Quarto Princípio: Polaridade ou Dualismo

Cabalá e Hermetismo
Quarto Princípio: Polaridade ou Dualismo
“Tudo é Duplo; tudo tem polos; tudo tem o seu oposto; o igual e o desigual são a mesma coisa; os opostos são idênticos em natureza, mas diferentes em grau; os extremos se tocam; todas as verdades são meias verdades; todos os paradoxos podem ser reconciliados”
~(O Caibalion)
Esse princípio expressa um antigo axioma hermético. Explica paradoxos que deixaram muitos homens perplexos; “Tese e Antítese são idênticos em natureza, mas diferentes em grau; os opostos são a mesma coisa, diferindo somente em grau, são simplesmente extremos da mesma coisa.
Por exemplo, Calor e Frio consistem na mesma coisa, sua diferença é apenas a medida de calor de uma coisa. Quem pode dizer onde começa o calor e se inicia o frio? Nada mais é que uma forma, variedade e ordem de Vibração. O mesmo se manifesta em Luz e Escuridão, que também são a mesma coisa, com a natureza única da Luz e a medida de proximidade ou afastamento determinando os polos que chamamos de opostos.
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Einstein enunciou a Teoria da Relatividade, onde compreendemos a importância não apenas do fenômeno observado, mas também do observador desse fenômeno. Mais tarde, aprendemos através da Física Quântica, que o fato de estar ou não sendo observado altera um fenômeno físico.
Os cabalistas nos ensinam que não são os rituais, os símbolos ou as formas, e sim nossa interação com eles. Depende da percepção de cada um; isso está de acordo com o Princípio da Polaridade, pois duas pessoas podem estar à mesma temperatura e uma sentir calor, enquanto a outra manifesta frio. Essa diferença se deve ao estado de consciência da pessoa, ao momento da vida que ela atravessa, à correção que essa pessoa veio fazer (tikun) e portanto às vidas que ela teve, que determinaram sua missão no mundo físico.
Aprendemos também, pela sabedoria da Cabalá, que a eternidade é uma, eterna e imutável; a dualidade surgiu para a manifestação do Livre Arbítrio, nossa “imagem e semelhança”, pois não há escolha se não existirem pelo menos duas opções.
No esquema conhecido como Sefirot, a Árvore da Vida, foram necessárias enormes quantidades de energia para separar, a partir da Coluna Central, as outras colunas, uma para cada extremo. A Coluna do Meio permaneceu, representando nossa capacidade de escolher entre as outras duas.
A natureza aparente de nosso mundo físico é a dualidade; porém se enxergarmos além da ilusão, é possível acessar a Unidade que permeia cada átomo de nosso universo.
Então poderemos reconciliar Julgamento e Misericórdia, Frio e Calor, Luz e Escuridão, Bem e Mal, segundo nosso grau de consciência.
Sempre depende de nós.

Pode ser uma imagem de 1 pessoa e texto que diz "Parecemos dois, mas não somos. ~Rumi ১ Encontro- litogravura de M. C. Escher- 1944 スる NEG"

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