Nosso Corpo Nosso Templo - Os 7 Pilares

Nosso Corpo Nosso Templo - Os 7 Pilares
Sêfer Ietsirá  de Abraão, o patriarca
2:6 - “Ele formou a substância a partir do caos
...e fez a não existência vir à existência.
Ele entalhou grandes pilares no ar
...que não pode ser agarrado.”
4:1 - "Sete Duplas: Beth, Guímel, Dalet, Caf, Pei, Resh, Taf”
comenta Arieh Kaplan:
Ele entalhou a substância a partir do caos
Anteriormente, o Sêfer Ietsirá estabeleceu que o caos (Tohu) foi “gravado e entalhado” a partir da água (1:11). Como foi explicado ali, a “Água” alude à Chochmá e à base de toda a Criação física. A “água” mencionada ali denota a mais primitiva raiz espiritual.
A referência aqui é obviamente ao versículo “A Sabedoria construiu sua casa, entalhando seus sete pilares (Provérbios 9:1). Discute-se às vezes, o significado dos “sete pilares” nesse versículo. O Talmud diz em certo lugar que se trata dos sete dias da semana. Em outro, o Talmud diz que se referem aos sete pilares sobre os quais se assenta o mundo, uma interpretação também mencionada no Zohar.
Os cabalistas ensinam que esses sete pilares representam as sete Sefirot inferiores. Como estas se correspondem aos sete dias da semana e os sete pilares da Criação, não se contradiz a interpretação talmúdica.
No sistema do Sêfer Ietsirá fica claro que os sete pilares representam as sete Duplas. Estas são chamadas “pilares” porque estão representadas por linhas verticais no diagrama da Árvore da Vida.
Do ar que não pode ser agarrado
Os pilares são entalhados a partir do “ar que não pode ser agarrado”. Anteriormente, idenficou-se o Ar com o Fôlego, que por sua vez, é associado à primeira sefirá, Keter. O ar também é identificado com a letra Alef.
Esse é um nível acima do intelecto. O único lugar onde o Fôlego pode se manifestar é nas Sefirot inferiores. Portanto, mesmo que se encontre num nível acima de Chochmá e Biná, ele só se manifesta num nível que está abaixo delas.
Portanto, o “ar que não pode ser agarrado” é o Fôlego que vem de Kéter. Não pode ser agarrado até que entre no domínio dos “pilares”, portanto, nas sete Sefirot inferiores.
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As Letras do Mês
Na prática, cada um dos sete pilares corresponde à uma letra, que são exatamente as letras que criaram os sete planetas, acessadas na oração do Ana Bekoach e nas Letras do Mês. Uma dessas letras sempre faz parte de uma das duas Letras do Mês (relativa a um dos sete planetas visíveis) e a outra é uma das 12 diagonais (a cada uma corresponde uma das constelações do Zodíaco).
Relacionam também às sete Sefirot  inferiores, os mundos de consciência aos quais temos acesso, principalmente durante a Shabat, onde Malchut, a Noiva, se une a Zeir Anpin, o Noivo, uma combinação das seis Sefirot entre o mundo divino e o físico, também chamada de o “Santo Abençoado Seja”.