sexta-feira, 1 de março de 2024

Devocional dia e noite dia 01/03

01 de Março
Manhã "Levanta-te, vento norte, e vem tu, vento
sul; assopra no meu jardim, para que destilem os
seus aromas (…)" (Ct 4:16)
Qualquer coisa é melhor do que a calmaria da
indiferença. Nossas almas podem sabiamente desejar
o vento norte dos problemas se ele ao menos puder
ser santificado para atrair o perfume das nossas
graças. Enquanto isto não puder ser dito: "O Senhor
não estava no vento" (1Rs 19:11), não
retrocederemos diante da maior rajada de vento
invernal que já soprou sobre as plantas da graça.
Porventura não está a noiva, neste versículo,
humildemente submetendo-se às repreensões de seu
Amado, pedindo-Lhe apenas que lhe envie Sua
graça de alguma forma, sem fazer qualquer
estipulação quanto ao modo como ela venha? Não
estará a noiva, tal como nós, tornando-se
absolutamente cansada da amortecida e profana
calma, suspirando por qualquer visita que possa
rodeá-la com poder? No entanto, ela também deseja
o confortante vento quente do sul, as graças do
amor divino, a alegria da presença do Redentor;
tudo isso é, muitas vezes, poderosamente eficaz para
despertar nossa preguiçosa vida. Ela deseja um ou
outro, ou ambos, de modo a poder deleitar seu
Amado com as especiarias de seu jardim. Ela não
pode suportar ser inútil, nem nós poderemos. Como
animar o pensamento que Jesus pode encontrar
conforto em nossas pobres e fracas graças? Pode
isso ocorrer? Isso está longe de ser verdade. Bem
podemos clamar por provações ou, até mesmo, pela
própria morte se, desse modo, fizermos alegre o
coração de Emanuel. Ó, que o nosso coração fosse
esmagado até os átomos se apenas por tais feridas
nosso doce Senhor Jesus pudesse ser glorificado.
Graças não exercidas são como doces perfumes
adormecidos nas taças das flores; a sabedoria do
grande Lavrador sobrepõe diversas e opostas
situações com o objetivo de produzir o resultado
desejado, fazendo tanto a aflição como o consolo
atrair os odores agradecidos da fé, do amor, da
paciência, da esperança, da resignação, da alegria, e
outras flores de justiça do jardim. Que possamos
saber, por doce experiência, o que isso significa.


Noite "[Ele é precioso]" (1Pe 2:7)
Assim como todos os rios correm para o mar, todos
os deleites se concentram em nosso Amado. Os
relances de Seus olhares ofuscam o sol; as belezas
de Seu rosto são mais belas do que flores escolhidas;
nenhuma fragrância se assemelha ao sopro de Sua
boca; jóias da mina e pérolas do mar são coisas sem
valor quando medidas por Sua preciosidade. Pedro
nos diz que Jesus é precioso, porém não disse, e
nem poderia dizer, quão precioso Ele é, nem
qualquer um de nós poderia calcular o valor do dom
inefável de Deus (2Co 9:15). As palavras não
podem expor a preciosidade do Senhor Jesus para o
Seu povo, nem dizer, de modo absoluto, como Ele é
essencial à satisfação e felicidade deles. Crente,
acaso você não será achado em meio a grande e
pesarosa fome se o seu Senhor estiver ausente? O
sol estava brilhando, mas Cristo Se escondeu e todo
o mundo ficou escuro para você; ou era noite, e
desde que a resplandecente estrela da manhã (Ap
22:16) foi embora, nenhuma outra estrela poderia
lhe dar mais que um raio de luz. Que imenso deserto
é este mundo sem o nosso Senhor! Se Ele Se
esconde de nós, murchas serão as flores de nosso
jardim; nossos frutos excelentes apodrecem; os
pássaros retêm suas músicas e a tempestade derruba
nossas esperanças. Todas as velas da Terra não
podem iluminar o dia se o Sol da Justiça for
eclipsado. Ele é a alma da nossa alma, a luz da nossa
luz, a vida da nossa vida. Caro leitor, sem Ele, o que
farias no mundo quando te levantasses e olhasses
para o dia da batalha? O que farias à noite, quando
voltasses para casa, cansado e exausto, e não
houvesse a porta da comunhão entre ti e Cristo?
Bendito seja o Seu nome; Ele não permitirá que
fiquemos a nossa própria sorte, pois Jesus nunca
abandona aquilo que é Seu. Apesar disso, pense em
como seria a vida sem engrandecer Sua
preciosidade.
O texto de 1Pe 2:7, citado no início deste
devocional, foi adaptado à tradução da Bíblia inglesa
versão King James de 1611 (ou Authorized
Version), utilizada por C. H. Spurgeon. (N.T.)

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