sábado, 23 de março de 2024

Devocional dia e noite dia 23/03

23 de Março
Manhã
"(…) E o seu suor tornou-se como grandes gotas de
sangue, que corriam até ao chão" (Lc 22:44)
A pressão mental resultante da luta de nosso Senhor
com a tentação forçou grandemente Sua estrutura
física a tal ponto que Seus poros destilaram grandes
gotas de sangue que corriam até no chão. Isso prova
o quão tremendo deve ter sido o peso do pecado,
capaz de esmagar o Salvador, para que Ele destilasse
grandes gotas de sangue! Isso demonstra o grande
poder do Seu amor. É uma bela observação feita por
Isaac Ambrose, que a goma que pinga de uma
árvore sem ser cortada é sempre a melhor. Esta
preciosa árvore de hena (Ct 1:14) produziu as
especiarias mais doces quando foi ferida sob
chicotes nodosos e perfurada por pregos na cruz;
contudo, perceba que ela dá sua melhor especiaria
quando não há chicote, prego ou ferida. Isso
demonstra a voluntariedade dos sofrimentos de
Cristo, uma vez que, sem a lança, o sangue fluiu
livremente. Não houve necessidade de ser colocada
uma sanguessuga ou utilizada uma faca; o sangue
fluiu espontaneamente. Não houve necessidade de
os príncipes clamarem: "Brota, ó poço" (Nm 21:17),
pois de Si mesmo fluiu torrentes vermelhas. Se um
homem padece com uma grande dor de cabeça, o
sangue corre para o coração; as bochechas ficam
pálidas; um desmaio se aproxima; o sangue foi para
sua parte interna como que para nutrir o seu interior
enquanto ele passa por sua prova. Contudo, repare
nosso Salvador em Sua agonia; Ele é tão
completamente alheio de Si mesmo que, em vez de
Sua agonia direcionar Seu sangue para o coração a
fim de nutrir-Se, ela o dirige para fora, para orvalhar
a terra. A agonia de Cristo, conforme derrama Seu
sangue pelo chão, descreve a plenitude da oferta que
Ele fez para os homens.
Será que não perceberemos o quão intensa deve ter
sido a luta pela qual Ele passou, e não ouviremos a
Sua voz a nós? "Ainda não resististes até ao sangue,
combatendo contra o pecado" (Hb 12:4). Eis o
grande Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa
profissão, que suou até mesmo sangue, em vez de
ceder ao grande tentador de nossas almas.
Isaac Ambrose (1604 - 1664) foi um teólogo
puritano inglês. (N.T.)


Noite "(…) Digo-vos que, se estes se calarem, as
próprias pedras clamarão" (Lc 19:40) Mas poderiam
as pedras clamar? Seguramente elas poderiam se
Aquele que abriu a boca do mudo lhes permitisse
erguerem suas vozes. Se elas falassem, certamente
teriam muito a testemunhar em louvor dAquele que
as criou pela palavra do Seu poder. Elas poderiam
exaltar a sabedoria e o poder de Seu Criador que as
chamou à existência. E porventura nós não
falaremos bem dAquele que nos gerou de novo,
muito mais do que as pedras que suscitaram filhos a
Abraão? As antigas pedras poderiam dizer do caos e
da ordem, das obras das mãos de Deus nos
sucessivos estágios do drama da criação; e
poderemos nós não falar dos decretos de Deus, da
grande obra de Deus nos tempos antigos, em tudo o
que Ele fez para Sua igreja na antiguidade? Se as
pedras pudessem falar, elas diriam a respeito de seus
quebradores, como eles as levaram da pedreira e as
fizeram aptas para o templo; e não poderemos nós
dizer do nosso glorioso Quebrador, que quebrou
nossos corações com o martelo de Sua palavra,
fazendo de nós Seu templo? Se as pedras pudessem
clamar, elas magnificariam seu construtor, que as
poliu e as moldou à semelhança de um palácio; e
nós não falaremos de nosso Arquiteto e Construtor,
que nos colocou em nosso lugar no templo do Deus
vivo? Se as pedras pudesse clamar, elas teriam uma
longa, longa história para contar por meio de um
memorial; há muito tempo atrás, uma grande pedra
foi rolada como um memorial diante do Senhor;
mas nós também poderemos testemunhar dos
"Ebenézers" (1Sm 7:12), pedras de ajuda, pilares de
lembrança. As pedras quebradas da lei clamam
contra nós, mas o próprio Cristo, que rolou a pedra
da entrada do sepulcro, fala por nós. As pedras
poderiam clamar, mas nós não deixaremos; vamos
calar seu alvoroço com o nosso; vamos romper em
sagrado canto e abençoar a majestade do Altíssimo,
todos os nossos dias glorificando Aquele que é
chamado por Jacó, o Pastor e a Pedra de Israel.
De acordo com o “Strong's Hebrew and Greek
Dictionaries”, "Ebenezer" significa "pedra de ajuda".
(N.T.)

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