sexta-feira, 29 de março de 2024

Devocional dia e noite dia 29/03

29 de Março
Manhã "Ainda que era Filho, aprendeu a
obediência, por aquilo que padeceu" (Hb 5:8) É-nos
dito que o Capitão de nossa salvação foi
aperfeiçoado através do sofrimento; portanto, nós,
que somos pecadores e que estamos longe de
sermos perfeitos, não devemos nos espantar se
também formos chamados a passar por sofrimentos.
Porventura pode a Cabeça ser coroada com
espinhos e os demais membros do corpo deitarem
sobre o delicado colo da tranquilidade? Cristo teve
de atravessar os mares de Seu próprio sangue para
ganhar a coroa; acaso estaremos nós caminhando
para o céu com os pés secos e em sandálias de
prata? Não; a experiência de nosso Mestre nos
ensina que o sofrimento é necessário, e o verdadeiro
filho nascido de Deus não pode e não deve escapar
se lhe for possível. Mas há um pensamento muito
reconfortante no fato que Cristo "aprendeu a
obediência, por aquilo que padeceu", ou seja, que
Ele pode Se compadecer plenamente conosco.
"Porque não temos um sumo sacerdote que não
possa compadecer-se das nossas fraquezas" (Hb
4:15). Nessa empatia de Cristo encontramos um
poder sustentador. Um dos primeiros mártires disse:
"Eu posso suportar tudo, pois Jesus sofreu, e sofre
em mim agora; Ele me tem empatia, e isso me faz
forte". Crente, agarre esse pensamento em todos os
momentos de agonia. Deixe que o pensamento a
respeito de Jesus fortaleça-o para que você siga os
Seus passos. Encontre um doce apoio em Sua
empatia e lembre-se que sofrer é uma coisa honrosa,
pois sofrer por Cristo é glorioso. Os apóstolos se
alegraram por terem sido considerados dignos de
sofrerem por Ele. Precisamente porque o Senhor
nos dá a graça de sofrer por Cristo, o Senhor nos
honrará por sofrer com Cristo. As jóias de um
cristão são suas aflições. A regalia dos reis que Deus
ungiu são os seus aborrecimentos, suas dores e seus
sofrimentos. Não vamos, portanto, evitar sermos
honrados. Não vamos nos desviar de sermos
exaltados. As dores nos exaltam, e os problemas nos
louvam. "Se sofrermos, também com ele
reinaremos" (2Tm 2:12).


Noite "(…) busquei-o e não o achei, chamei-o e não
me respondeu" (Ct 5:6) A oração às vezes tarda,
como um peticionário no portão, até que o rei saia
para enchê-la em seu íntimo com as bênçãos que ela
busca. Quando o Senhor dá uma grande fé, Ele o
fará experimentando-a com longos atrasos. Ele
tolera as vozes de Seus servos ecoarem em Seus
ouvidos a partir de um céu de bronze (Dt 28:23).
Eles batem à porta dourada, mas ela se mantém
imóvel, como se estivesse enferrujada sobre suas
dobradiças. Como Jeremias, eles gritam: "Cobriste-
te de nuvens, para que não passe a nossa oração"
(Lm 3:44). Assim, os verdadeiros santos continuam,
por muito tempo, na paciente espera sem resposta,
não porque suas orações não foram veementes, nem
porque fossem inaceitáveis, mas porque assim
agradou Àquele que é Soberano, e que dá conforme
Seu próprio prazer. Se Lhe agrada determinar que
nossa paciência se exercite, Ele fará o que deseja
com aquilo que é Seu próprio! Mendigos não
podem ser exigentes, quer quanto ao tempo, ou
lugar, ou forma. Contudo, devemos ter cuidado para
não nos atrasarmos na oração por causa das
negações; as contas de longa data de Deus serão
pontualmente honradas; não devemos permitir que
Satanás abale nossa confiança no Deus da verdade,
apontando para as nossas orações não respondidas.
Petições não atendidas não são petições
desconhecidas. Deus mantém um arquivo das nossas
orações; elas não são levadas pelo vento, mas são
entesouradas nos arquivos do Rei. Esse é um
registro da corte celeste, onde cada oração é
gravada. Tentado crente, teu Senhor tem uma
garrafa própria para tuas lágrimas, onde cada uma
das inestimáveis gotas de sagrada tristeza são
guardadas, e um livro em que os teus sagrados
sofrimentos estão contados. Em breve, teu pedido
prevalecerá. Porventura podes não te contentar em
esperar um pouco? Acaso o tempo do Senhor não
será melhor do que o teu tempo? Em breve, Ele
confortavelmente aparecerá para a alegria da tua
alma, e te fará repudiar o cilício e a cinza de uma
longa espera, e oferecerá o escarlate e o linho fino
de completa fruição.

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