sábado, 1 de abril de 2023

Devocional dia e noite dia 01/04

01 de Abril
Manhã "Beije-me ele com os beijos da sua boca
(…)" (Ct 1:2) Por vários dias temos nos debruçado
sobre a paixão do Salvador e, por mais algum
tempo, permaneceremos nesse assunto. No início de
um novo mês, vamos buscar os mesmos desejos
pelo nosso Senhor tal como aqueles que brilhavam
no coração da esposa eleita. Veja como ela salta de
imediato para Ele; não há palavras introdutórias; ela
sequer menciona Seu nome; ela está exultante, pois
fala dAquele que é o único no mundo para ela.
Quão ousado é o seu amor! Foi grande a
complacência que permitiu o choro penitente que
ungiu Seus pés com nardo (Jo 12:3); foi um
profundo amor que permitiu a gentil Maria sentar-se
aos Seus pés e aprender com Ele (Lc 10:39). No
entanto, aqui, o amor, o poderoso e fervente amor,
aspira por símbolos mais elevados de consideração e
sinais mais próximos de união. Ester tremeu na
presença de Assuero (Et 4:16), mas a esposa, na
jubilosa liberdade do amor perfeito, não conhece
medo. Se nós recebemos o mesmo espírito
voluntário (Sl 52:12), também poderemos pedir por
coisas semelhantes. Por beijos supomos que a
intenção seja as variadas manifestações de afeição
que o crente é preparado para desfrutar do amor de
Jesus. O beijo de reconciliação nós apreciamos em
nossa conversão, e foi doce como o mel que cai do
favo. O beijo de aceitação continua quente em nossa
testa, à medida que sabemos que Ele aceitou a nós e
as nossas obras através da valiosa graça. O beijo
cotidiano, a presente comunhão, é o que desejamos
que seja repetido, dia após dia, até ser convertido
para o beijo da recepção, que remove a alma da
terra, e o beijo da consumação, que preenche com a
alegria do céu. A fé é o nosso caminhar, mas a
comunhão sensivelmente sentida é o nosso
descanso. A fé é a estrada, mas a comunhão com
Jesus é o poço em que bebe o peregrino. Ó Amante
de nossas almas, não sejas um estranho para
conosco; deixe os lábios de Tua bênção encontrarem
os lábios da nossa petição; que os lábios da Tua
plenitude toquem os lábios da nossa necessidade, e
imediatamente o beijo se realizará.


Noite "(…) é tempo de buscar ao Senhor (…)" (Os
10:12) É dito que o mês de abril deriva seu nome do
verbo latino "aperio", que significa "abrir", pois
todos os botões e flores estão se abrindo, e
chegamos às portas do florido ano. Leitor, se você
ainda não está salvo, que o teu coração, de acordo
com o despertar universal da natureza, seja aberto
para receber o Senhor. Cada flor desabrochando
avisa que é hora de buscar ao Senhor; não esteja
fora de sintonia com a natureza, mas deixe seu
coração brotar e florescer com sagrados desejos.
Você me diz que o sangue quente da juventude salta
em suas veias. Então, eu lhe suplico, dê o seu vigor
ao Senhor. Foi minha indizível felicidade ter sido
chamado ainda na juventude, e eu poderia, de bom
grado, louvar ao Senhor todos os dias por isso. A
salvação não tem preço; deixe-a entrar quando for,
mas oh! uma salvação precoce tem um duplo valor.
Jovens e donzelas, uma vez que vocês podem
perecer antes mesmo de chegarem à idade adulta, "é
tempo de buscar ao Senhor". Vós, que sentis os
primeiros sinais da velhice, acelerais o passo; que a
tosse seca e a doença sejam avisos indicando que
não se deve brincar; com você está verdadeiramente
o tempo de buscar ao Senhor. Será que eu observo
um pequeno acinzentado misturado com teus
outrora voluptuosos cabelos? Anos são ladrões
velozes, e a morte se aproxima em marcha
acelerada; que cada retorno da primavera o desperte
para colocar sua casa em ordem. Caro leitor, se você
está agora avançado em idade, eu lhe suplico e
imploro que você não se atrase. Há um dia de graça
para você agora; seja grato por isso, mas é uma
temporada limitada que fica cada vez mais curta à
medida que o relógio anda. Aqui, nesse silencioso
quarto, na primeira noite do outro mês, eu falo a
você, com papel e tinta, da melhor forma que posso
e do mais profundo da minha alma; como servo de
Deus, eu fico diante de você com este aviso: "É
tempo de buscar ao Senhor". Não despreze essa
obra, pois ela pode ser a sua última chamada da
destruição, a última sílaba do lábio da graça.

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