terça-feira, 25 de abril de 2023

Yiar: o Rio das Bênçãos - Elohim

Yiar: o Rio das Bênçãos - Elohim
Nesse mês de Touro, que traz a energia da cura da semente, as permutações dos nomes divinos mostram as duas letras Hei juntas, no centro. O primeiro Hei se refere à Biná, as águas do mundo superior, e o segundo Hei se refere à Malchut, as águas de nosso mundo físico.
As letras Hei se referem ao divino feminino (energia de receber) e a ligação entre elas é exatamente o canal das bênçãos do mundo superior; chamado o “rio” (Iossef) que flui das águas superiores (Biná – Léa) para as águas inferiores (Malchut – Raquel). As permutações dos Nomes Sagrados desse mês aproximam uma da outra, e tornam essa conexão mais próxima de todos nós. Meditar nisso facilita recebermos a energia de cura espiritual de Touro, Iyar.
A cura espiritual não se refere apenas às moléstias do físico (que já se manifestaram), mas à origem delas, à causa verdadeira, que pode ainda não ter se manifestado no corpo. O que chamamos de “doença” é um desequilíbrio das funções orgânicas. A “cura” é um movimento em relação ao equilíbrio do corpo e da alma.
Gematria: Yiar – Elohim
A soma das letras do mês de Yiar (Pei=80 e Vav=6) é 86, a mesma do nome sagrado Elohim, o único nome divino que aparece durante a Criação e relacionado ao aspecto do Julgamento.
O Zohar nos revela que o mundo não teria sido criado sem Julgamento; aparece 10 vezes durante a Criação a frase ‘e Elohim viu que era bom’, e cada uma corresponde a uma sefirá. Esse é um exemplo de como o Julgamento pode ser utilizado para avaliar o que fazemos: conservar o que é bom para nós, e descartar aquilo que não é.
A cura sempre se refere a corrigir um desequilíbrio, e para isso precisamos saber qual o aspecto que está desequilibrado.
Também é nesse mês o período do Ômer, considerado ‘estreito’, pois conquistamos passo a passo, durante 7 semanas toda a Luz que nos é revelada em Pêssach, construindo nesses 49 dias (7 x 7) o merecimento necessário para recebermos a Torá no monte Sinai, em Shavuot, no quinquagésimo dia.
Para os cabalistas, não existe algo como um período ‘ruim’, ao contrário, é uma oportunidade de revelar mais Luz; apenas temos de ser aplicados no uso das ferramentas.
O Zohar ensina: ‘A única Luz é que brota da escuridão’; só depende de como nós transformamos a escuridão em Luz.
Que possamos, nesse mês, equilibrar nossas vidas evitando a maledicência, e agindo nas causas, antes que elas se manifestem e abrindo, através de nossa proatividade, o rio das bênçãos dos mundos superiores!
Só depende de nós, e de nossas ações...

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Fernando Martins

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