sábado, 10 de março de 2018

150 – Francisco Cândido Xavier 138 PRETENSÕES

150 – Francisco Cândido Xavier138
PRETENSÕES
“Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o
crescimento.”
Paulo (I CORÍNTIOS, 3: 6)A igreja de Corinto estava cheia de alegações dos discípulos inquietos.
Certos componentes da instituição imprimiam maior valor aos esforços de
Paulo, enquanto outros conferiam privilégios de edificação a Apolo.
O advogado dos gentios foi divinamente inspirado, comentando o assunto
em sua carta.
Por que pretensões individuais numa obra da qual somos todos
beneficiários do mesmo Senhor?
Na atualidade, é louvável o exame da recomendação de Paulo aos
Coríntios, porquanto já não são os usufrutuários da organização cristã que se
rejubilam pela recepção das bênçãos do Evangelho através desse ou daquele dos
trabalhadores do Cristo, mas os operários da causa que, por vezes, chegam ao campo
de serviço exibindo­se por vultos destacados dessa ou daquela obra do bem.
A certeza de que “toda boa dádiva vem de Deus” constitui excelente
exercício para os trabalhos comuns.
É interessante observar como está sempre disposto o homem a se apropriar
de circunstâncias que o elevem no alheio conceito com facilidade. Sempre inclinado
a destacar­se nos círculos do bem que ainda lhe não pertence de modo substancial,
raramente assume a paternidade dos erros que comete. Essa é uma das singulares
contradições da criatura.
Não te esqueças. O serviço é de todos. Uns plantam, outros adubam. Vive
contente no setor de trabalho confiado às tuas mãos ou à tua inteligência e serve sem
pretensões, porque o homem prepara a terra e organiza a semeadura, por
misericórdia da Providência, mas é Deus quem põe as flores nas frondes e concede
os frutos, segundo o merecimento.

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