quinta-feira, 29 de março de 2018

155 ENTRE OS CRISTÃOS

155
ENTRE OS CRISTÃOS
“Mas entre vós não será assim.” — Jesus. (MARCOS, capítulo 10,
versículo 43.)
Desde as eras mais remotas, trabalham os agrupamentos religiosos pela
obtenção dos favores celestes.
Nos tempos mais antigos, recordava-se da Providência tão-só nas
ocasiões dolorosas e graves. Os crentes ofereciam sacrifícios pela felicidade
doméstica, quando a enfermidade lhes invadia a casa; as multidões edificavam
templos, em surgindo calamidades públicas.
Deus era compreendido apenas através dos dias felizes.
A tempestade purificadora pertencia aos gênios perversos.
Cristo, porém, inaugurou uma nova época. A humildade foi o seu caminho,
o amor e o trabalho o seu exemplo, o martírio a sua palma de vitória. Deixou a
compreensão de que, entre os seus discípulos, o princípio de fé jamais será o
da conquista fácil de favores do céu, mas o de esforço ativo pela iluminação
própria e pela execução dos desígnios de Deus, através das horas calmas ou
tempestuosas da vida.
A maior lição do Mestre dos Mestres é a de que ao invés de formularmos
votos e sacrifícios convencionais, promessas e ações mecânicas, como a
escapar dos deveres que nos competem, constitui-nos obrigação primária
entregarmo-nos, humildes, aos sábios imperativos da Providência,
submetendo-nos à vontade justa e misericordiosa de Deus, para que sejamos
aprimorados em suas mãos.

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