quarta-feira, 21 de março de 2018

149 PROPRIEDADE


149
PROPRIEDADE
“E o mancebo, ouvindo esta palavra, retirou-se triste, porque possuía
muitas propriedades.” — (MATEUS capítulo 19, versículo 22.)
O instinto de propriedade tem provocado grandes revoluções,
ensangüentando os povos. Nas mais diversas regiões do planeta respiram
homens inquietos pela posse material, ciosos de suas expressões temporárias
e dispostos a morrer em sua defesa.
Isso demonstra que o homem ainda não aprendeu a possuir.
Com esta argumentação, não desejamos induzir a criatura a esquecer a
formiga previdente, adotando por modelo a cigarra descuidosa. Apenas
convidamos, a quem nos lê, a examinar a precariedade das posses efêmeras.
Cada conquista terrestre deveria ser aproveitada pela alma, como força de
elevação.
O homem ganhará impulso santificante, compreendendo que só possui
verdadeiramente aquilo que se encontra dentro dele, no conteúdo espiritual de
sua vida. Tudo o que se relaciona com o exterior — como sejam: criaturas,
paisagens e bens transitórios — pertence a Deus, que lhos concederá de
acordo com os seus méritos.
Essa-realidade sentida e vivida constitui brilhante luz no caminho,
ensinando ao discípulo a sublime lei do uso, para que a propriedade não
represente fonte de inquietações e tristeza, como aconteceu ao jovem dos
ensinamentos de Jesus.

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