quarta-feira, 21 de setembro de 2022

Devocional dia e noite

21 de Setembro
Manhã "E alegrar-me-ei deles, fazendo-lhes bem
(…)" (Jr 32:41)
Como alegra o coração do crente o deleite que Deus
tem em Seus santos! Não podemos ver qualquer
razão em nós mesmos por que o Senhor teve prazer
em nós; não podemos ter deleite em nós mesmos,
pois muitas vezes gememos quando somos afligidos,
conscientes de nossa pecaminosidade e lamentando
nossa infidelidade; tememos que o povo de Deus
não tenha muito prazer em nós; eles percebem mais
de nossas imperfeições e loucuras, que antes fazem
lamentarem nossas enfermidades do que admirarem
nossas graças. No entanto, amamos nos debruçar
sobre esta verdade transcendente, este glorioso
mistério: que, tal como o noivo se alegra com a
noiva, assim o Senhor Se alegra conosco. Não
lemos em qualquer lugar que Deus Se deleite nas
montanhas cobertas de nuvens ou nas estrelas
cintilantes, mas lemos que Ele Se deleita no mundo
habitável, e que Seu prazer está com os filhos dos
homens (Pv 8:31). Não encontramos escrito que
nem mesmo os anjos deleitam Sua alma; nem se diz
dEle que, a respeito de querubins e serafins,
"chamar-te-ão: O meu prazer está nela; porque o
Senhor se agrada de ti" (Is 62:4); no entanto, Ele diz
tudo isso a pobres criaturas caídas como nós,
degradadas e depravadas pelo pecado, porém salvos,
exaltados e glorificados por Sua graça. Em quão
forte linguagem Ele expressa Sua alegria em Seu
povo! Quem poderia compreender o Eterno
irrompendo em uma canção? No entanto, está
escrito: "Ele se deleitará em ti com alegria; calar-se-á
por seu amor, regozijar-se-á em ti com júbilo" (Sf
3:17). Quando Ele olhou para o mundo que havia
feito, disse: "É muito bom" (Gn 1:31), mas quando
viu aqueles que foram comprados pelo sangue de
Jesus, Seus próprios escolhidos, parecia que o
grande coração do Infinito não podia mais se conter,
porém transbordava em divinas exclamações de
alegria. Acaso não deveríamos expressar nossa
resposta de gratidão a uma declaração tão
maravilhosa do Seu amor, e cantar: "Eu me alegrarei
no Senhor; exultarei no Deus da minha salvação"?
(Hc 3:18).


Noite "Não apanhes a minha alma com os pecadores
(…)" (Sl 26:9) O medo fez Davi orar assim, pois
algo lhe havia sussurrado: "Talvez, depois de tudo,
tu poderás ser contado com os ímpios". Esse medo,
embora marcado pela incredulidade, surge
principalmente em razão de uma sagrada ansiedade
pela lembrança do pecado passado. Mesmo o
homem perdoado irá perguntar: "E se, ao final,
meus pecados forem lembrados, e eu ficar de fora
do inventário dos salvos?". Ele relembra sua
presente esterilidade; tão pouca graça, tão pouco
amor, tão pouca santidade; olhando para o futuro,
considera sua fraqueza e as muitas tentações que o
envolvem, e teme que possa cair e tornar-se uma
presa para o inimigo. Uma percepção do pecado, do
presente mal, e de suas prevalentes corrupções, lhe
obriga a orar, com temor e tremor: "Não apanhes a
minha alma com os pecadores". Leitor, se você fez
essa oração, e se o seu caráter está corretamente
descrito neste Salmo, você não precisa ter medo de
ser contado com os pecadores. Porventura tem você
as duas virtudes que tinha Davi, o caminhar
exteriormente em integridade e o confiar
interiormente no Senhor? Está você descansando
sobre o sacrifício de Cristo, e pode circundar o altar
de Deus (Ex 27:5) com humilde esperança? Se
assim o for, tenha certeza que você nunca será
contado com os ímpios, pois essa calamidade é
impossível. A assembleia no juízo é entre iguais.
"Colhei primeiro o joio, e atai-o em molhos para o
queimar; mas, o trigo, ajuntai-o no meu celeiro" (Mt
13:30). Se, então, és como o povo de Deus, ficarás
com o povo de Deus. Você não pode ser apanhado
com os ímpios, pois você foi comprado por um alto
preço. Redimido pelo sangue de Cristo, você é dEle
para sempre, e onde Ele está, o Seu povo estará.
Você é muito amado para ser lançado fora com os
condenados. Acaso poderia um dos queridos para
Cristo perecer? Impossível! O inferno não pode
prender-te! O céu clama por ti! Confia no teu Fiador
e não temas!

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