domingo, 25 de setembro de 2022

Devocional dia e noite dia 25/09

25 de Setembro
Manhã "(…) para que ele seja justo e justificador
daquele que tem fé (…)" (Rm 3:26) Sendo
justificados pela fé, temos paz com Deus (Rm 5:1).
A consciência não nos acusa. O juízo decide, agora,
a favor do pecador em vez de contra ele. A memória
olha para trás, por sobre os pecados passados, com
profunda tristeza, mas sem medo de qualquer
penalidade no porvir, pois Cristo pagou a dívida de
Seu povo até o último centavo, e recebeu o recibo
divino; e, a menos que Deus pudesse ser tão injusto
para exigir um duplo pagamento por uma dívida,
nenhuma alma por quem Jesus morreu como
substituto poderá ser lançada no inferno. Este parece
ser um dos verdadeiros princípios de nossa natureza
iluminada: o acreditar que Deus é justo; nós
percebemos isso, e ficamos aterrorizados no início;
contudo, é maravilhoso que essa mesma crença que
Deus é justo torna-se, depois, o pilar da nossa
confiança e paz! Se Deus é justo, eu, pecador,
solitário e sem substituto, deveria ser punido, mas
Jesus está em meu lugar e é punido por mim; e,
agora, se Deus é justo, eu, pecador, estando em
Cristo, nunca poderei ser punido. Deus teria de
mudar Sua natureza antes que uma só alma, por
quem Jesus foi substituto, pudesse sofrer o chicote
da lei. Assim, Jesus ter tomado o lugar do crente, ter
prestado um equivalente completo à ira divina que
Seu povo teria de sofrer como resultado do pecado,
faz com que o crente possa clamar, com glorioso
triunfo: "Quem intentará acusação contra os
escolhidos de Deus?" (Rm 8:33). Não Deus, pois
Ele os justificou; não Cristo, pois Ele é quem
morreu, "ou antes quem ressuscitou dentre os
mortos" (Rm 8:34). Minha esperança vive, não
porque não sou um pecador, mas porque sou um
pecador por quem Cristo morreu; minha confiança
não está em que eu seja santo, mas que, sendo
profano, Ele é a minha justiça. Minha fé não
repousa sobre o que eu sou, ou deveria ser, ou
sentir, ou conhecer, mas no que Cristo é, e naquilo
que Ele está, agora, fazendo por mim. No Leão da
Justiça, a justa noiva espera cavalgar como uma
rainha.


Noite
"Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós
foi feito por Deus sabedoria (…)" (1Co 1:30)
O intelecto do homem procura descanso e, por
natureza, procura-o longe do Senhor Jesus Cristo.
Homens de grande instrução estão aptos, mesmo
quando convertidos, a olharem para a simplicidade
da cruz de Cristo com um olhar bem pouco
reverente e amoroso. Eles estão enlaçados na antiga
rede em que os gregos foram tomados, e têm um
desejo ardente para misturar filosofia com revelação.
A tentação de um homem de pensamento refinado e
de alta educação é afastar-se da simples verdade de
Cristo crucificado, e inventar, como se diz, uma
doutrina mais intelectual. Isso levou as igrejas cristãs
ao agnosticismo, e as enfeitiçou com todos os tipos
de heresias. Essa é a raiz da neologia e outras coisas
finas que, em tempos passados, estavam tão em
voga na Alemanha e, agora, estão a enganar certa
classe de teólogos. Quem quer que você seja, bom
leitor, e qualquer que possa ser a sua educação, se
você for do Senhor, tenha certeza que você não
encontrará descanso em filosofar a divindade. Você
pode receber esse dogma de um grande filósofo ou
da imaginação de um aprofundado pensador, mas tal
como o joio tem com o trigo, assim serão esses
dogmas para a pura palavra de Deus. Toda essa
razão, quando bem orientada, pode descobrir tão
apenas o ABC da verdade, mas padece de certeza,
enquanto em Cristo Jesus há guardada toda a
plenitude da sabedoria e do conhecimento. Todas as
tentativas, por parte de cristãos, de se contentarem
com sistemas como o Unitarista e o Liberalismo
falharão; verdadeiros herdeiros do céu voltam-se
para a realidade grandiosamente simples que faz os
olhos dos mais humildes brilharem com alegria, e
satisfaz o pobre e piedoso de coração: "Cristo Jesus
veio ao mundo, para salvar os pecadores" (1Tm
1:15). Jesus satisfaz o intelecto mais elevado quando
Ele é recebido com fé, porém, fora dEle, a mente do
regenerado não encontra descanso. "O temor do
Senhor é o princípio do conhecimento" (Pv 1:7).
"Bom entendimento têm todos os que cumprem os
seus mandamentos" (Sl 111:10).
De acordo com o “Teologia Sistemática de Chafer”
(ou “Chafer's Systematic Theology”, no original): (i)
Agnosticismo, termo desenvolvido pelo biólogo
britânico Thomas Henry Huxley (1825 - 1895), por
volta de 1870, é a visão que sustenta não haver
suficiente fundamento tanto para afirmar como para
negar a questão sobre a existência de Deus; (ii)
Neologia (ou Teoria Racionalista), é um ponto de
vista que nega qualquer revelação divina às
Escrituras (racionalismo extremo), ou aceita que
apenas partes dela sejam reveladas (racionalismo
moderado); (iii) Unitarismo é o pensamento
teológico sobre a existência de um único Deus (o
Pai), onde as outras duas pessoas (o Filho e o
Espírito Santo) não possuem a mesma deidade; (iv)
Liberalismo (ou Modernismo) é o pensamento que
busca compatibilizar os ensinamentos bíblicos à luz
dos conceitos da modernidade. (N.T.)
Lewis Sperry Chafer (1871 - 1952) foi um teólogo
estadunidense e fundador do Seminário Teológico
de Dallas, em 1924. Após dez anos de trabalho,
Lewis Chafer publicou, em 1947, o “Chafer's
Systematic Theology”, em oito volumes. (N.T.)

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