segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Devocional dia e noite dia 26/09

26 de Setembro
Manhã "(…) as murtas que estavam na baixada
(…)" (Zc 1:8)
A visão neste capítulo descreve a condição de Israel
nos dias de Zacarias; contudo, sendo interpretado o
seu sentido em relação a nós, ele descreve a Igreja
de Deus como a encontramos hoje no mundo. A
Igreja é comparada a um bosque de murta
florescente em um vale. Ela está escondida,
despercebida, segregada, sem qualquer honra e sem
atrair qualquer olhar do observador descuidado. A
Igreja, tal como seu Cabeça, tem uma glória, mas
está escondida dos olhos carnais, pois o tempo de
irromper em todo o seu esplendor ainda não chegou.
A ideia de tranquila segurança também é sugerida a
nós, porque o bosque de murta no vale é quieto e
calmo, enquanto a tempestade varre os cumes das
montanhas. Tempestades gastam sua força sobre os
picos escarpados dos Alpes, mas lá embaixo, onde
flui as correntes que alegram a cidade do nosso
Deus (Sl 46:4), as murtas florescem com águas
tranquilas, sem serem perturbadas pelo impetuoso
vento. Quão grande é a tranquilidade interior da
Igreja de Deus! Mesmo quando confrontada e
perseguida, ela possui uma paz que o mundo não dá
(Jo 14:27), e que, portanto, não lhe pode ser tirada:
a paz de Deus, que excede todo o entendimento, e
que guardará os corações e mentes de Seu povo (Fp
4:7). Porventura a metáfora não demonstra o
pacífico e perpétuo crescimento dos santos? A murta
não perde suas folhas; ela está sempre verde; e a
Igreja, em seu pior momento, ainda possui um
abençoado verdor de graça sobre ela; ou melhor, por
vezes, ela exibiu mais verdura quando seu inverno
foi mais acentuado; ela mais prosperou quando suas
adversidades foram mais graves. Por isso, o texto
aponta para a vitória. A murta é o emblema da paz e
um sinal significativo de triunfo. As sobrancelhas de
conquistadores foram atadas com murta e louros, e
acaso não é a Igreja sempre vitoriosa? Porventura
não é cada cristão mais do que vencedor por meio
dAquele que o amou (Rm 8:37)? Vivendo em paz,
não estão os santos adormecendo nos braços da
vitória?


Noite "Geme, ó cipreste, porque o cedro caiu (…)"
(Zc 11:2) Na floresta, quando é ouvida a queda de
um carvalho, esse é o sinal que o lenhador está por
lá; todas as árvores do bosque devem tremer de
medo, pois, em breve, a borda afiada do machado
poderá encontrá-las. Somos todos como árvores
marcadas pelo machado, e a queda de um de nós
lembra-nos que, seja grande como o cedro ou
humilde como o abeto, a hora marcada para cada
um vem em ritmo acelerado. Eu acredito que nos
tornamos insensíveis à morte por muitas vezes
ouvirmos falar sobre ela. Que nunca sejamos como
os pássaros no campanário, que constroem seus
ninhos quando os sinos estão tocando, mas dormem
tranquilos aos solenes repiques fúnebres. Devemos
considerar a morte o mais importante de todos os
eventos, e estar sóbrios com sua aproximação. Esse
mal nos convém passar enquanto nosso destino
eterno paira sobre um fio. A espada está fora de sua
bainha; não brinquemos; está polida, e sua borda é
afiada; não brinquemos com ela. Quem não se
preparar para a morte é mais que um tolo comum; é
um louco. Quando a voz de Deus for ouvida entre
as árvores do jardim, que a figueira, e o sicômoro, e
o olmo, e cedro, ouçam da mesma forma.
Esteja pronto, servo de Cristo, porque teu Mestre
vem de repente, quando um mundo ímpio menos
espera por Ele. Vele por ser fiel em seu trabalho,
pois breve a sepultura será cavada para ti. Estejam
prontos, pais, para que seus filhos sejam educados
no temor de Deus, pois eles, em breve, ficarão
órfãos; estejam prontos, homens de negócio, e
tomem cuidado para que suas atividades estejam
corretas, e que vocês sirvam a Deus de todo o
coração, pois os dias de seu serviço terrestre, em
breve, estarão terminados, e vocês serão chamados a
prestar contas sobre as obras feitas no corpo, sejam
elas boas ou más. Que todos nós possamos nos
preparar para o tribunal do grande Rei com um
cuidado que será recompensado com a graciosa
comenda: "Bem está, bom e fiel servo" (Mt 25:23).

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