sábado, 24 de setembro de 2022

Devocional dia e noite dia 24/09

24 de Setembro
Manhã
"Porque tive vergonha de pedir ao rei exército e
cavaleiros para nos defenderem do inimigo pelo
caminho; porquanto tínhamos falado ao rei,
dizendo: A mão do nosso Deus é sobre todos os que
o buscam, para o bem deles; mas o seu poder e a
sua ira contra todos os que o deixam" (Ed 8:22)
Um comboio era desejável ao peregrino, mas uma
sagrada vergonha não permitiu que Esdras o
requeresse. Ele temia que o rei pagão pensasse que
sua profissão de fé fosse mera hipocrisia, ou
imaginasse que o Deus de Israel não fosse capaz de
preservar Seus próprios adoradores. Ele não podia
pensar em se apoiar no braço de carne em uma
questão tão relacionada ao Senhor, e, por isso, a
caravana partiu sem qualquer proteção visível, mas
guardada por Aquele que é a espada e o escudo de
Seu povo (Dt 33:29). É de se recear que poucos
crentes sintam esse sagrado zelo por Deus; mesmo
aqueles que, em alguma medida, caminham pela fé,
ocasionalmente estragam o brilho de suas vidas por
desejarem a ajuda do homem. É uma coisa
abençoada não ter apoios ou suportes, mas ficar de
pé na "Rocha dos Tempos", sustentado apenas pelo
Senhor. Será que algum crente buscaria doações do
Estado para sua Igreja se ele se lembrasse que o
Senhor é desonrado pela súplica que pede ajuda a
César? Como se o Senhor não pudesse suprir as
necessidades de Sua própria causa! Porventura
deveríamos correr tão apressadamente aos amigos e
parentes buscando assistência se nos lembrássemos
que o Senhor é magnificado pela nossa implícita
confiança apenas em Seu braço? Minha alma,
espera somente em Deus. "Mas", diz alguém, "os
meios não são para serem utilizados?". Certamente
que são; contudo, nossa falta raras vezes se encontra
em negligenciar os meios; com muito mais
frequência, ela surge pela tola crença neles, em vez
de acreditarmos em Deus. Poucos ficam longe de
negligenciar o braço da carne, porém muitos pecam
enormemente ao fazerem muito dele. Aprenda, caro
leitor, a glorificar ao Senhor deixando os meios de
lado se, utilizando-se deles, desonrares o Seu nome.
"Rocha dos Tempos" é um hino escrito por
Augustus Montague Toplady (1740 - 1778),
pregador anglicano e hinista. (N.T.)


Noite "Eu dormia, mas o meu coração velava (…)"
(Ct 5:2) Os paradoxos abundam na experiência
cristã, e aqui está um: a esposa estava dormindo,
mas, ainda assim, ela estava acordada. O mistério do
crente somente pode ser lido por aquele que tenha
lavrado com a novilha de sua experiência (Jz 14:18).
Os dois pontos no texto desta noite são: uma triste
sonolência e uma vigília de esperança. Eu durmo.
Por conta do pecado que habita em nós, podemos
nos tornar negligentes quanto aos deveres sagrados,
preguiçosos nas atividades religiosas, tediosos em
alegrias espirituais, e totalmente indiferentes e
descuidados. Esse é um estado vergonhoso para
aquele em quem o Espírito vivificante habita, e é
perigoso no mais alto grau. Mesmo virgens
prudentes, por vezes, adormecem; contudo, é
chegado o momento de sacudir os grilhões da
preguiça. É de se recear que muitos crentes percam
a sua força, tal como Sansão perdeu seus cabelos,
enquanto dormem no colo da segurança carnal.
Com um mundo perecendo ao nosso redor, dormir é
cruel; com a eternidade tão perto, é uma loucura.
No entanto, nenhum de nós está tão acordado como
deveria estar; alguns trovões nos fariam bem, e que
assim seja; a menos que nos apressemos, em breve
nós os teremos na forma de batalhas, ou peste, ou
lutos, ou perdas pessoais. Ó, que possamos deixar
para sempre o sofá da facilidade carnal e seguir com
tochas flamejantes para honrar a vinda do Noivo! O
meu coração velava. Esse é um feliz sinal. A vida
não está extinta, embora, infelizmente, sufocada.
Quando o nosso coração renovado luta contra o
nosso peso natural, devemos ser gratos à graça
soberana que mantém a vitalidade dentro do corpo
desta morte (Rm 7:24). Jesus ouvirá nossos
corações, ajudará nossos corações, e visitará nossos
corações, pois a voz do coração vigilante é
realmente a voz do nosso Amado, dizendo: "Abre-
me" (Ct 5:2). O sagrado zelo certamente irá
destrancar a porta.

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