terça-feira, 27 de setembro de 2022

Devocional dia e noite dia 27/09

27 de Setembro
Manhã "Bem-aventurado tu, ó Israel! Quem é como
tu? Um povo salvo pelo Senhor (…)" (Dt 33:29)
Aquele que afirma que o Cristianismo faz dos
homens miseráveis é, ele próprio, um total estranho
ao Cristianismo. Seria realmente estranho, se ele nos
fizesse miseráveis, ver em que posição o
Cristianismo nos exalta! Ele nos faz filhos de Deus.
Porventura você supõe que Deus dará toda a
felicidade aos Seus inimigos e reservará todo o luto
a Sua própria família? Que Seus adversários têm
contentamento e alegria, enquanto Seus filhos
nascidos em casa herdam tristeza e miséria? Será o
pecador, que não tem parte em Cristo, chamado rico
em felicidade, enquanto nós seguiremos enlutados,
como se fôssemos mendigos sem um tostão? Não,
nós sempre nos alegraremos no Senhor, e nos
gloriaremos em nossa herança, pois "não recebestes
o espírito de escravidão, para outra vez estardes em
temor, mas recebestes o Espírito de adoção de
filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai" (Rm 8:15). A
vara do castigo descansará sobre nós até a medida,
porém irá operar em nós frutos pacíficos de justiça
(Hb 12:11); portanto, com a ajuda do divino
Consolador, nós, o "povo salvo pelo Senhor", nos
alegraremos no Deus da nossa salvação. Estamos
casados com Cristo; será que nosso grande Noivo
permitiria Sua esposa ficar em constante luto?
Nossos corações estão atados a Ele; nós somos Seus
membros e, embora por algum tempo possamos
sofrer tal como nosso Cabeça uma vez sofreu,
estamos, mesmo agora, abençoados com bênçãos
celestiais nEle (Ef 1:3). Nós temos o penhor da
nossa herança (Ef 1:14) nos confortos do Espírito,
que não são poucos nem pequenos. Como herdeiros
da alegria eterna, temos antecipações de nossas
porções. Há vestígios da luz da alegria que
anunciam a nossa nascente eterna. Nossas riquezas
estão além do mar; nossa cidade com sólidos
fundamentos (Hb 11:10) fica do outro lado do rio; o
brilho da glória do mundo espiritual alegra nossos
corações e nos impele para frente. Verdadeiramente
se diz de nós: "Bem-aventurado tu, ó Israel! Quem é
como tu? Um povo salvo pelo Senhor".


Noite
"O meu amado pôs a sua mão pela fresta da porta, e
as minhas entranhas estremeceram por amor dele"
(Ct 5:4)
Bater à porta não foi suficiente, pois o meu coração
estava muito cheio de sono, frio e ingratidão para
levantar-se e abri-la, mas o toque de Sua graça
eficaz fez minha alma agitar-se em si mesma. Oh, a
longanimidade de meu Amado, demorando-Se do
lado de fora, e eu dormindo na cama da preguiça!
Oh, a grandeza de Sua paciência, para bater e bater
novamente, e para adicionar Sua voz as Suas
batidas, rogando-me para abrir-Lhe! Como pude tê-
Lo recusado! Vil coração, envergonha-te e fique
confundido! Contudo, a maior bondade de tudo isso
é que Ele Se torna Seu próprio porteiro, e destranca-
Lhe a porta. Abençoada é a mão que condescende
levantar a trava e virar a chave. Agora vejo que nada
senão o próprio poder do Senhor pode salvar uma
massa tão impertinente de maldade como eu; as
ordenanças falham, e o evangelho não tem qualquer
efeito sobre mim até que Sua mão esteja estendida.
Agora, também, percebo que Sua mão é boa onde
tudo é malsucedido; Ele pode abrir quando nada
mais o fará. Bendito seja o Seu nome; eu sinto Sua
presença graciosa mesmo agora. Bem pode meu
coração mover-se para Ele quando penso em tudo o
que Ele sofreu por mim e sobre o meu mesquinho
retorno. Eu permiti minhas afeições vagarem. Eu
levantei rivais. Eu O ofendi. Mais doce e mais
querido de todos os amados, eu tenho Te tratado
como uma esposa infiel trata seu marido. Oh, meus
cruéis pecados, meu cruel egoísmo. O que posso
fazer? As lágrimas são um pobre espetáculo do meu
arrependimento, e todo o meu coração ferve com
indignação dentro de mim. Miserável que sou por
tratar meu Senhor, meu tudo em tudo, minha grande
alegria, como se fosse um estranho. Jesus, Tu
perdoas livremente, mas isso não é o suficiente; evita
minha infidelidade futura. Afasta para longe essas
lágrimas e, em seguida, limpa meu coração e ata-o
com cordas sétuplas a Ti mesmo, para eu nunca
mais vagar.

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