quarta-feira, 5 de junho de 2024

Devocional dia e noite dia 05/06

05 de Junho
Manhã
"(…) o Senhor o fechou dentro" (Gn 7:16)
Noé foi fechado longe de todo o mundo pela mão
do divino amor. A porta da eleição se interpõe entre
nós e o mundo que jaz no maligno (1Jo 5:19). Nós
não somos do mundo, assim como nosso Senhor
Jesus não foi do mundo. No pecado, nas
festividades mundanas, naquilo que as multidões
buscam, nós não podemos entrar; não podemos
folgar nas ruas da "Feira das Vaidades" como fazem
os filhos das trevas, pois nosso Pai celestial nos
fechou dentro. Noé foi fechado dentro com seu
Deus. "Vem tu para a arca" foi o convite do Senhor,
mostrando claramente que Ele intentava habitar na
arca com Seu servo e sua família. Assim, todos os
escolhidos habitam em Deus e Deus neles. Felizes as
pessoas que estão fechadas no mesmo ambiente que
contém Deus na Trindade de Suas pessoas - Pai,
Filho e Espírito. Nunca sejamos desatentos a este
gracioso chamado: "Vai, pois, povo meu, entra nos
teus quartos, e fecha as tuas portas sobre ti;
esconde-te só por um momento, até que passe a ira"
(Is 26:20). Noé estava tão separado que nenhum
mal poderia alcançá-lo. Inundações poderiam apenas
levantá-lo ao céu; ventos poderiam tão somente
fazê-lo flutuar em seu caminho. Fora da arca tudo
era ruína; dentro, tudo era paz e descanso. Sem
Cristo nós perecemos, mas em Cristo Jesus há
perfeita segurança. Noé estava tão fechado dentro
que sequer poderia desejar sair, assim como aqueles
que estão em Cristo Jesus estão nEle para sempre.
Eles nunca mais poderão sair, pois a fidelidade
eterna os fechou e a malícia infernal não pode
arrastá-los para fora. O Príncipe da casa de Davi
fecha e ninguém abre; nos últimos dias, logo que o
Dono da casa Se levantar e fechar a porta, será em
vão os meros professores baterem e gritarem:
"Senhor, Senhor, abre-nos", pois a mesma porta que
fechou dentro as virgens prudentes calará o tolo para
sempre. Senhor, fecha-me dentro por Tua graça.
"Feira das Vaidades" é uma referência ao livro "O
Peregrino", escrito pelo pregador John Bunyan
(1628 - 1688), publicado na Inglaterra, em 1678.
(N.T.)


Noite "Aquele que não ama não conhece a Deus
(…)" (1Jo 4:8) A marca distintiva de um cristão é
sua confiança no amor de Cristo e seus frutos de
afeição a Ele. Em primeiro lugar, a fé coloca seu
selo sobre o homem, permitindo que a alma diga
como o apóstolo: "Filho de Deus, o qual me amou,
e se entregou a si mesmo por mim" (Gl 2:20).
Depois, o amor dá a confirmação e, em troca,
estampa sobre o coração a gratidão e o amor a
Jesus. "Nós o amamos a ele porque ele nos amou
primeiro" (1Jo 4:19). Naqueles grandes tempos
antigos, no período heróico da religião cristã, essa
dúplice marca era claramente vista em todos os
crentes em Jesus; eram homens que conheciam o
amor de Cristo e descansavam sobre esse amor, tal
como um homem que se apoia sobre o cajado cuja
confiança ele conhece. O amor que sentiam em
relação ao Senhor não era uma emoção calma que
escondiam dentro de si, na câmara secreta de suas
almas, para ser mencionada apenas em suas reuniões
privadas, quando se encontravam no primeiro dia da
semana cantando hinos em honra a Cristo Jesus, o
crucificado; era uma paixão de tal modo veemente
que lhes consumia toda a energia; era visível em
todas as suas ações, falada em suas conversas
comuns e vista em seus olhos, mesmo em seus
olhares mais simples. O amor a Jesus era uma
chama que alimentava o âmago e o coração de suas
existências, desde a própria força interior,
incendiando o caminho em direção ao homem
exterior, para lá, então, brilhar. O zelo pela glória do
Rei Jesus foi o selo e a marca de todos os cristãos
genuínos. Por causa da dependência deles ao amor
de Cristo, muito ousaram, e por causa do amor que
tinham por Cristo, muito fizeram. Ocorre o mesmo
agora. Os filhos de Deus são governados, em sua
força interna mais profunda, pelo amor; o amor de
Cristo constrange-os (2Co 5:14); alegram-se que o
amor divino esteja posto sobre eles; sentem isso
derramado em seus corações pelo Espírito Santo
que lhes é dado e, em seguida, por força da
gratidão, amam o Salvador com um coração puro,
com fervor. Meu leitor, você O ama? Antes de
dormir, dê uma honesta resposta a uma importante
pergunta!

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