08 de Outubro
Manhã "(…) Faze-te ao mar alto, e lançai as vossas
redes para pescar" (Lc 5:4) Aprendemos com essa
narrativa a necessidade da intervenção humana. A
pesca foi milagrosa, mas nem o pescador, nem o seu
barco, nem o seu equipamento de pesca foram
ignorados, antes todos foram utilizados para apanhar
os peixes. Assim, na salvação das almas, Deus opera
pelos meios, e, enquanto a presente providência da
graça subsistir, Deus Se agradará com a loucura da
pregação para salvar os que creem (1Co 1:21)
Quando Deus opera sem instrumentos, sem dúvida
Ele é glorificado; contudo, Ele mesmo selecionou o
plano da instrumentalidade como sendo aquele pelo
qual Ele é mais engrandecido na Terra. Os meios,
em si mesmos, são completamente inúteis. "Mestre,
havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos"
(Lc 5:5). Qual a razão disso? Não eram eles
pescadores exercendo sua especial vocação? Sim,
eles entendiam do trabalho; não eram homens
inexperientes. Porventura foram eles à labuta
desajeitadamente? Não. Faltou-lhes alguma
dedicação? Não; eles trabalharam exaustivamente.
Faltou-lhes perseverança? Não; eles haviam
trabalhado a noite toda. Havia ausência de peixes no
mar? Certamente que não, pois assim que o Mestre
chegou, eles recolheram a rede com cardumes.
Então, qual a razão disso? Não é porque não há
poder nos meios em si mesmos fora da presença de
Jesus? "Sem mim nada podeis fazer" (Jo 15:5),
porém, com Cristo, podemos fazer todas as coisas.
A presença de Cristo confere sucesso. Jesus sentou-
Se no barco de Pedro, e Sua vontade, por uma
influência misteriosa, atraiu os peixes para a rede.
Quando Jesus é levantado em Sua Igreja, Sua
presença é o poder da Igreja, o brado de um rei está
no meio dela. "E eu, quando for levantado da terra,
todos atrairei a mim" (Jo 12:32). Vamos sair, nesta
manhã, ao nosso trabalho de pescar almas,
progredindo em fé e em solene zelo. Vamos
trabalhar duro até que a noite venha, e nós não
teremos trabalhado debalde, pois Aquele que nos
convida a jogar as redes irá enchê-las com peixes.
Noite
"(…) orando no Espírito Santo" (Jd 1:20)
Repare a grande marca da verdadeira oração: "No
Espírito Santo". A semente da devoção aceitável
deve vir do armazém celestial. Apenas a oração que
vem de Deus pode ir até Deus. Temos de atirar as
flechas do Senhor de volta para Ele. Esse desejo que
Ele escreve sobre o nosso coração vai mover Seu
coração e derramar uma bênção, mas os desejos da
carne não têm poder com Ele.
Orar no Espírito Santo é orar em fervor. Orações
frias pedem ao Senhor para que não sejam ouvidas.
Aquele que não pleiteia com fervor simplesmente
não pleiteia. Tal como falar de fogo morno, tal é a
oração morna; é essencial que ela seja quente. É a
oração perseverante. O verdadeiro suplicante reúne
forças conforme avança e torna-se mais fervoroso
conforme os atrasos de Deus em responder. Quanto
mais tempo o portão está fechado, com mais
veemência ele usa o batedor, e quanto mais o anjo
se demora, mais resolvido ele está em não deixá-lo ir
sem a bênção. Beleza aos olhos de Deus é a
lacrimejante, agonizante e invencível importunação.
Isso significa orar com humildade, pois o Espírito
Santo nunca nos incha de orgulho. É Seu ofício nos
convencer do pecado e, de igual modo, nos curvar
para baixo em contrição e quebrantamento de
espírito. Nunca cantaremos "Gloria in excelsis" salvo
se orarmos a Deus "De profundis"; das profundezas
devemos clamar ou nunca veremos a glória nas
alturas. É a oração amável. A oração deve ser
perfumada com amor, saturada com amor, e amor
aos nossos irmãos em Cristo, e amor a Cristo. Além
disso, deve ser uma oração cheia de fé. Um homem
prevalece apenas o quanto ele acredita. O Espírito
Santo é o autor da fé, e Ele a fortalece de modo a
orarmos acreditando nas promessas de Deus. Ó, que
essa combinação de excelentes e abençoadas graças,
de valor inestimável e doces como as especiarias do
comerciante, possam ser perfumadas dentro de nós,
pois o Espírito Santo está em nossos corações!
Bendito Consolador, exerce o Teu grande poder
dentro de nós ajudando nossas fraquezas em oração.
"Gloria in excelsis" é um hino cuja letra se inicia
com a exaltação dos anjos registrada em Lucas 2:14,
"Glória a Deus nas alturas" (ACF), quando do
nascimento de Jesus Cristo. (N.T.)
"De profundis" é um hino cuja letra começa com as
palavras Davi no Salmo 130: "Das profundezas a ti
clamo, ó Senhor" (ACF). A expressão decorre da
versão latina da Bíblia (Vulgata). (N.T.)
domingo, 8 de outubro de 2023
Devocional dia e noite dia 08/10
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