domingo, 29 de outubro de 2023

Devocional dia e noite dia 29/10

29 de Outubro
Manhã "Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que
estás nos céus (…)" (Mt 6:9) Essa oração começa
por onde toda verdadeira oração deve começar: com
o espírito de adoção, "Pai Nosso". Não há oração
aceitável até que possamos dizer: "Levantar-me-ei, e
irei ter com meu pai" (Lc 15:18). Esse espírito
infante logo percebe a grandeza do Pai "no céu" e
eleva-se em devota adoração: "Santificado seja o teu
nome". O balbuciar da criança, "Abba, Pai", cresce
para o clamor de um querubim: "Santo, Santo,
Santo" (Is 6:3). Há senão um passo entre a
arrebatadora adoração e o brilhante espírito
missionário, que é a certeza proeminente do amor
filial e a reverente adoração: "Venha o teu reino, seja
feita a tua vontade, assim na terra como no céu".
Em seguida, vem a expressão sincera de
dependência de Deus: "O pão nosso de cada dia nos
dá hoje". Sendo ainda mais iluminado pelo Espírito,
ele descobre que não é apenas dependente, mas
pecador, e, portanto, suplica por misericórdia: "E
perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós
perdoamos aos nossos devedores". Sendo perdoado,
tendo a justiça de Cristo imputada, e sabendo da sua
aceitação diante de Deus, ele humildemente suplica
por santa perseverança: "E não nos conduzas à
tentação". O homem que é realmente perdoado está
ansioso para não ofender novamente; a posse da
justificação leva-o a um ansioso desejo pela
santificação. "Perdoa-nos as nossas dívidas", isso é
justificação; "e não nos conduzas à tentação; mas
livra-nos do mal", que é a santificação em sua forma
negativa e positiva. Como resultado de tudo isso,
segue-se uma atribuição triunfante de louvor:
"Porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para
sempre. Amém". Nos regozijamos que o nosso Rei
reina na providência, e reinará em graça, desde o rio
até as extremidades da terra (Sl 72:8; Zc 9:10), e o
Seu domínio não terá fim (Is 9:7; Lc 1:33). Assim, a
partir de um senso de adoção até a comunhão com o
nosso reinante Senhor, esse curto modelo de oração
dirige a alma. Senhor, ensina-nos a orar assim.


Noite "Mas os olhos deles estavam como que
fechados, para que o não conhecessem" (Lc 24:16)
Os discípulos deveriam ter reconhecido Jesus; eles
ouviram Sua voz tantas vezes, e contemplaram
aquele rosto desonrado com tanta frequência, que é
espantoso que não O tenham reconhecido. No
entanto, também não é assim com você? Você não
tem visto Jesus recentemente. Você tem estado a
Sua mesa e não O conheceu lá. Você está em uma
sombria dificuldade esta noite e, embora Ele diga
claramente: "Sou eu, não temais" (Jo 6:20), você
não pode discerni-Lo. Ai de mim! nossos olhos
estão fechados. Conhecemos a Sua voz, olhamos
Sua face, temos inclinado nossa cabeça sobre Seu
peito e, apesar disso, apesar de Cristo estar muito
perto de nós, dizemos: "Ah, se eu soubesse onde o
poderia achar!" (Jó 23:3). Nós deveríamos
reconhecer a Jesus, uma vez que temos as Escrituras
para refletir Sua imagem, mas quão possível é
abrirmos esse precioso livro e não termos qualquer
vislumbre do Bem-Amado! Querido filho de Deus,
está você nesse estado? Jesus apascenta entre os
lírios da palavra; você caminha entre os lírios e,
ainda assim, não O contempla. Ele está acostumado
a andar pelas clareiras da Escritura e comungar com
Seu povo, tal como o Pai fez com Adão na viração
do dia (Gn 3:8), porém, ainda assim, você está nos
jardins da Escritura e não pode vê-Lo, embora Ele
sempre esteja lá. E por que não podemos vê-Lo?
Isso deve ser atribuído, em nosso caso, bem como
no caso dos discípulos, à incredulidade. Eles
evidentemente não esperavam ver a Jesus, e,
portanto, não o reconheceram. Nas coisas
espirituais, em grande medida, recebemos aquilo que
esperamos do Senhor. Somente a fé pode nos levar
a ver Jesus. Faça a sua oração: "Senhor, abra Tu os
meus olhos, para que eu possa ver meu Salvador
presente comigo". É uma coisa abençoada desejar
vê-Lo, mas, oh! é muito melhor contemplá-Lo. Para
aqueles que O procuram, Ele é benigno, mas para
aqueles que O encontram, Ele é querido além das
palavras!

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