segunda-feira, 28 de agosto de 2023

Devocional dia e noite dia 28/08

28 de Agosto
Manhã "Azeite para a luz (…)" (Ex 25:6)
Minha alma, como precisas disso, pois tua lâmpada
não continuará a queimar por muito tempo sem o
azeite. Teu pavio irá esfumaçar, e se tornará uma
ofensa, se a luz for embora, e ela desaparecerá se o
azeite se ausentar. Tu não tens poços de azeite
brotando em tua natureza humana, e, por isso, deves
ir àqueles que o negociam; do contrário, tal como as
virgens imprudentes, irás chorar: "Minha lâmpada se
apagou". Mesmo lâmpadas consagradas não podem
iluminar sem óleo; embora brilhem no tabernáculo,
elas precisam ser abastecidas; ainda que nenhuma
ventania sopre sobre elas, elas precisam ser
preparadas (Mt 25:7), e a tua necessidade é
igualmente grande. Mesmo sob as circunstâncias
mais felizes, tu não podes iluminar por sequer uma
hora, a menos que o azeite fresco da graça te sejas
concedido.
Não era qualquer azeite que poderia ser utilizado no
serviço do Senhor; nem o óleo que tão
abundantemente emana da terra, nem aquele
retirado dos peixes, nem o que é extraído das
nogueiras (Ct 6:11) era aceito; tão somente um óleo
foi escolhido, e que é o melhor óleo para o azeite.
Graças fingidas de bondade natural, graças ilusórias
de mãos sacerdotais, ou graças imaginárias advindas
de cerimônias exteriores nunca servirão ao
verdadeiro santo de Deus, pois ele sabe que o
Senhor não Se satisfará com rios de tal óleo; ele vai
ao lagar de azeite do Getsêmani e retira seus
suprimentos dAquele que ali foi esmagado. O óleo
do evangelho da graça é puro e livre de borras e
sedimentos; assim, a luz que por ele é alimentada é
clara e brilhante. Nossas igrejas são candelabros de
ouro do Salvador, e se elas devem ser luz neste
mundo sombrio, devem é ter muito óleo santo.
Oremos por nós mesmos, por nossos ministros e por
nossas igrejas, a fim de que nunca falte azeite para a
luz. A verdade, a santidade, a alegria, o
conhecimento e o amor: esses são todos os feixes da
sagrada luz, mas não podemos levá-los adiante, a
menos que, em privado, recebamos o óleo de Deus-
Espírito Santo.


Noite
"Canta, alegremente, ó estéril (…)" (Is 54:1)
Embora tragamos alguns frutos a Cristo, e tenhamos
uma alegre esperança de que somos a "videira que a
tua destra plantou" (Sl 80:15), há momentos em que
nos sentimos muito estéreis. A oração é sem vida, o
amor é frio, a fé é fraca, cada graça no jardim do
nosso coração enfraquece e cai. Somos como flores
ao sol quente, necessitando uma refrescante chuva.
Em tal condição, o que devemos fazer? Esse texto
nos é dirigido exatamente em tal situação. "Canta,
alegremente, ó estéril (…) rompe em cântico, e
exclama com alegria". Mas sobre o que eu posso
cantar? Eu não posso falar sobre o presente, e até
mesmo o passado está cheio de esterilidade. Ah! Eu
posso cantar de Jesus Cristo. Eu posso falar da
visitação que o Redentor pagou por mim em tempos
antigos, ou posso magnificar o grande amor com
que Ele amou Seu povo quando veio do mais alto
céu para a redenção deles. Eu irei novamente para a
cruz. Venha, minha alma; pesado foste a ti carregá-
la uma vez, e perdeste lá a tua carga. Vá para o
Calvário mais uma vez. Talvez aquela mesma cruz
que te deu a vida possa te dar fecundidade. Qual é a
minha esterilidade? Essa é a base para o Seu poder
de gerar frutos. Qual é a minha desolação? Esse é o
cenário sombrio para a safira de Seu amor eterno.
Eu irei em pobreza, eu irei em desamparo, eu irei
em toda a minha vergonha e apostasia; eu Lhe direi
que ainda sou Seu filho e, na confiança em Seu fiel
coração, eu, eu mesmo, o estéril, irei cantar e chorar
em voz alta.
Cante, crente, pois isso vai animar teu coração, e o
coração dos outros que estão desolados. Cante, pois
agora estás realmente envergonhado por ser estéril,
mas tu produzirás frutos em breve; agora que Deus
te faz relutante por estar sem frutos, Ele em breve te
cobrirá de cachos. A experiência da nossa
esterilidade é dolorosa, mas as visitações do Senhor
são prazerosas. Um senso de nossa própria miséria
nos leva a Cristo, que é onde precisamos estar, pois
nEle está o nosso fruto escolhido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário