quinta-feira, 28 de julho de 2022

Devocionao dia e noite dia 28/07

28 de Julho
Manhã "[Tão tolo fui eu, e ignorante; eu era como
um animal perante ti]" (Sl 73:22) Lembre-se: essa é
a confissão de um homem segundo o coração de
Deus. Ao nos contar sua vida interior, ele escreve: "
[Tão tolo fui eu, e ignorante]". A palavra "tolo"
significa mais do que em linguagem comum. Davi,
no verso terceiro do Salmo, escreve: "Eu tinha
inveja dos néscios [tolos], quando via a prosperidade
dos ímpios" (Sl 73:3), mostrando que, na tolice, ele
pretendia pecar. Ele se humilha, como sendo "tolo",
e acrescenta uma palavra que lhe dá intensidade ao
dizer: "Tão" tolo fui eu. Quão tolo ele não sabia
dizer. Era uma tolice pecaminosa, uma tolice que
não era para ser desculpada pela fragilidade, mas
para ser condenada por causa de sua perversidade e
deliberada ignorância, pois ele teve inveja da
prosperidade presente dos ímpios, esquecendo-se do
terrível fim que aguarda a todos eles. E porventura
somos nós melhores que Davi para que chamemos a
nós mesmos de sábios? Por acaso podemos dizer
que atingimos a perfeição, ou que temos sido tão
castigados que a vara do castigo removeu de nós
toda a nossa obstinação? Ah, isso seria orgulho, de
fato! Se Davi foi tolo, quão tolo podemos ser em
nossa própria estima se pudéssemos tão somente ver
a nós mesmos! Olhe para trás, crente; pense quando
duvidaste de Deus, mesmo tendo Ele sido tão fiel a
você; pense em seu tolo clamor: "Não assim, meu
Pai", quando Ele cruzou Suas mãos na aflição para
lhe dar bênção maior; pense nas muitas vezes em
que você compreendeu Suas providências na
escuridão, mal interpretado Suas dispensações, e
clamou: "Todas essas coisas estão contra mim",
quando, na verdade, todas elas estavam trabalhando
juntas para o seu bem! Pense quantas vezes você
escolheu o pecado pelo prazer, quando, na verdade,
esse prazer foi uma raiz de amargura a você!
Certamente, se conhecemos o nosso próprio
coração, devemos nos declarar culpados em uma
acusação de pecaminosa tolice e, conscientes dessa
"tolice", fazer nossa a consequente solução de Davi:
"Guiar-me-ás com o teu conselho" (Sl 73:24).
O texto do Salmo 73:22, citado no início deste
devocional, foi adaptado à tradução da Bíblia inglesa
versão King James de 1611 (ou Authorized
Version), utilizada por C. H. Spurgeon. (N.T.)


Noite "(…) o qual andou fazendo bem (…)" (At
10:38) Poucas palavras, contudo um excelente
resumo do Senhor Jesus Cristo. Não há muitos
retoques, mas são os traços de um mestre do pincel.
Do Salvador, e somente do Salvador, é a verdade no
mais completo, mais amplo e mais qualificado
sentido. Ele "andou fazendo bem". A partir dessa
descrição é evidente que Ele fez bem de um modo
particular. Os evangelistas constantemente nos dizem
que Ele tocou o leproso com Seu próprio dedo, que
ungiu os olhos do cego e que, nos casos em que foi
convidado a falar apenas uma palavra à distância,
Ele não apenas aceitou, mas Ele próprio foi até a
cama do doente e, pessoalmente, operou a cura.
Uma lição para nós, se quisermos fazer o bem, é
que o façamos nós mesmos. Dar esmolas com sua
própria mão: um olhar ou uma palavra afetuosa
aumentará o valor da doação. Falar a um amigo
sobre a alma dele: você, por um apelo amoroso, terá
mais influência do que toda uma biblioteca de
tratados. O modo do nosso Senhor fazer o bem
apresenta Sua incessante atividade! Ele fez não só o
bem que estava perto, mas "andou fazendo o bem"
em Suas missões de misericórdia. Ao longo de toda
a terra da Judéia, quase não houve uma vila ou
aldeia que não tenha ficado muito contente ao vê-
Lo. Como isso reprova a rasteira e indolente forma
que muitos professores servem ao Senhor. Vamos
cingir os lombos de nossa mente e não nos cansar de
fazer o bem. Porventura o texto não indica que
Jesus Cristo saiu de Seu caminho para fazer o bem?
Ele "andou fazendo bem". Ele nunca foi dissuadido
pelo perigo ou pelas dificuldades. Ele buscava as
finalidades de Suas graciosas intenções. Devemos
fazer o mesmo. Se os planos antigos não
responderem, temos de tentar novos, pois novas
tentativas, por vezes, conseguem mais do que os
métodos normais. A perseverança de Cristo e a
unidade de Seu propósito também estão sugeridas, e
a aplicação prática do tema pode ser resumida nas
palavras: "Cristo padeceu por nós, deixando-nos o
exemplo, para que sigais as suas pisadas" (1Pe
2:21).

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