domingo, 31 de julho de 2022

Devocional dia e noite dia 31/07

31 de Julho
Manhã "Eu neles (…)" (Jo 17:23)
Se tal é a união que subsiste entre nossa alma e a
pessoa de nosso Senhor, quão profundo e extenso é
o canal de nossa comunhão! Ela não é um tubo
estreito através do qual uma linha, tal como um fio,
encontra seu caminho, mas é um canal de incrível
profundidade e amplitude por onde um glorioso e
pesado volume de água viva pode correr em suas
cheias. Eis que Ele pôs diante de nós uma porta
aberta; não sejamos lentos para entrar. Essa cidade
de comunhão tem muitas portas de pérolas; cada
uma das portas é uma pérola, e cada porta está
escancarada ao máximo para que possamos entrar,
assegurados com boas-vindas. Se houvesse apenas
uma pequena brecha por onde conversássemos com
Jesus, seria um grande privilégio lançar uma palavra
de comunhão por essa estreita porta; quão
abençoado somos por termos uma tão grande
entrada! Se o Senhor Jesus estivesse longe de nós,
com muitos mares tempestuosos entre nós e Ele,
desejaríamos enviar-Lhe um mensageiro que levasse
o nosso amor e nos trouxesse notícias da casa de
Seu pai; porém, repare Sua bondade, pois Ele
construiu Sua casa ao lado da nossa, ou melhor,
mais ainda, Ele hospeda-Se conosco, e habita em
pobres e humildes corações para que assim possa ter
comunhão perpétua conosco. Ó, quão tolo seremos
se não estivermos vivendo em comunhão habitual
com Ele. Quando o caminho é longo, e perigoso, e
difícil, não precisamos nos espantar que os amigos
raramente serão encontrados; no entanto, quando
vivem juntos, poderia Jônatas esquecer seu Davi? A
esposa pode, quando o marido está em viagem,
suportar muitos dias sem conversar com ele, mas
nunca suportaria ser separada dele se soubesse que
seu marido está em uma das câmaras de sua própria
casa. Por que, crente, não te sentas em Seu
banquete de vinho? Busque teu Senhor, pois Ele
está próximo; abrace-O, pois Ele é teu irmão;
segure-O firmemente, pois Ele é o teu marido;
pressione-O sobre o teu coração, pois Ele é da tua
própria carne.


Noite
"Destes foram também os cantores […] porque de
dia e de noite estava a seu cargo ocuparem-se
naquela obra" (1Cr 9:33)
Isso era tão bem ordenado no templo que o canto
sagrado nunca cessava; a todo momento os cantores
louvavam o Senhor, cuja misericórdia dura para
sempre. Como a misericórdia não deixa de governar
nem de dia nem de noite, então, de igual modo, o
louvor não silenciava seu ministério santo. Meu
coração, há uma doce lição ensinada a ti no
incessante louvor do templo de Sião, pois tu também
és um constante devedor, e vejas que a gratidão, tal
como a caridade, nunca falham. O louvor a Deus é
constante no céu, que será a tua morada final;
aprendas a praticar a eterna aleluia. Ao redor da
Terra, conforme o sol espalha sua luz, seus raios
despertam os agradecidos crentes a afinarem seu
hino de manhã, de modo que o eterno louvor do
sacerdócio dos santos é mantido todas as horas, e
envolvem a Terra em um manto de louvor, e a
rodeiam com um cinto de ouro de louvor.
O Senhor merece sempre ser louvado pelo que Ele é
em Si mesmo, por Seus ofícios de criação e
providência, pela Sua bondade para com as Suas
criaturas e, especialmente, pelo transcendente ato de
redenção e toda a maravilhosa bênção que flui desse
ato. É sempre benéfico louvar o Senhor; alegra o dia
e ilumina a noite; alivia a labuta e suaviza a tristeza;
e, sobre a alegria terrena, lança um brilho
santificador que a torna menos susceptível de nos
cegar com o seu brilho. Porventura não temos nós
nada a louvar neste momento? Será que não
podemos tecer uma canção de nossas alegrias
presentes, ou dos nossos livramentos passados, ou
de nossas esperanças futuras? A Terra produz seus
frutos de verão; o feno está alojado, o grão dourado
convida a foice, e o sol se detém por um longo
período brilhando sobre o solo fecundo, encurtando
o intervalo de sombras que podemos prolongar por
horas de devota adoração. Por amor a Jesus, vamos
nos despertar a fechar o dia com um salmo de
santificada alegria.

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