sexta-feira, 22 de julho de 2022

Devocional dia e noite dia 22/07

22 de Julho

Manhã "(…) eu vos desposei (…)" (Jr 3:14)

Jesus Cristo está unido ao Seu povo por uma união

matrimonial. Por amor, Ele desposou Sua Igreja

como uma virgem pura, muito antes dela cair sob o

jugo da servidão. Repleto de ardente afeição, Ele

trabalhou, tal como Jacó por Raquel, até que a

totalidade de seu dote fosse pago (Gn 29:20;30);

agora, depois de buscá-la por Seu Espírito, e de

levá-la a conhecê-Lo e a amá-Lo, Ele aguarda o

glorioso momento em que a felicidade de ambos

será consumada nas bodas do Cordeiro. O glorioso

Noivo ainda não apresentou Sua noiva aperfeiçoada

e completa diante da Majestade do céu; ela ainda

não entrou realmente no gozo de suas dignidades

como Sua esposa e rainha; ela ainda é uma andarilha

em um mundo de miséria, uma habitante nas tendas

de Kedar (Ct 1:5); ainda assim, ela é a noiva, a

esposa de Jesus, querida ao Seu coração, preciosa

aos Seus olhos, escrita em Suas mãos, e unida a Sua

pessoa. Na Terra, Ele dirige todos os Seus afetuosos

ofícios de marido a ela. Ele faz rica provisão as suas

necessidades, paga todas as suas dívidas, permite a



ela assumir o Seu nome e compartilha toda a Sua

riqueza. Nunca Ele irá agir de outra maneira para

com ela. A palavra divórcio Ele nunca falará, pois

Ele "odeia o repúdio" (Ml 2:16). A morte rompe o

laço conjugal entre os mortais mais amorosos,

porém a morte não pode dividir os laços desse

imortal matrimônio. No céu, eles não se casam, mas

serão como os anjos de Deus (Mt 22:30); contudo,

existe essa maravilhosa exceção à regra, pois, no

Céu, Cristo e a Sua Igreja celebram alegres núpcias.

Essa afinidade é mais duradoura, de modo que a

relação é mais próxima do que o casamento terreno.

O amor de um marido não pode ser tão puro e

fervoroso; esse amor é senão uma imagem tênue da

chama que arde no coração de Jesus. Superando

qualquer união humana é a clivagem mística com a

Igreja, para a qual Cristo deixou Seu Pai e tornou-Se

uma só carne com ela.



Noite "(…) Eis aqui o homem" (Jo 19:5) Se há um

lugar onde nosso Senhor Jesus concede plenamente

alegria e conforto ao Seu povo é onde Ele

mergulhou mais fundo nas profundezas da aflição.

Venham, almas graciosas, eis aqui o Homem no

jardim do Getsêmani; eis o Seu coração, tão repleto

de amor que Ele não pode contê-lo, tão cheio de

tristeza que precisa encontrar uma saída; eis o suor

de sangue que destila por todos os poros de Seu

corpo e cai no chão. Veja o Homem enquanto os

pregos são cravados em Suas mãos e pés. Olhem

para cima, arrependidos pecadores, e vejam a triste

imagem de Seu Senhor sofredor. Reparem nEle,

bem como nas gotas de rubi que estão na coroa de

espinhos e adornam com pedras preciosas o

diadema do Rei da Miséria. Eis o Homem que todos

os ossos estão fora das juntas, e que é derramado

como água e trazido ao pó da morte; Deus O

abandonou, e o inferno O rodeia. Venham e vejam;

alguma vez já houve dor como a dor que Lhe é

afligida? Todos vós que passais pelo caminho,

aproximem-se e olhem este espetáculo de dor,

único, incomparável, uma maravilha para os homens



e para os anjos, um prodígio incomparável. Eis o

Imperador da Desgraça, que não tem igual ou rival

em Suas agonias! Olhe para Ele, vós, enlutados, pois

se não há consolação em um Cristo crucificado,

então, não há alegria na Terra ou no céu. Se, no

preço do resgate de Seu sangue, não há esperança,

vós, harpas celestes, não há alegria em vós, e à mão

direita de Deus não há delícias eternas. Temos

apenas de nos sentar mais continuamente ao pé cruz

para sermos menos incomodados por nossas dúvidas

e aflições. Temos apenas que ver Suas tristezas e

teremos vergonha de mencionar as nossas dores.

Temos apenas de olhar para as Suas feridas para

curar as nossas. Se quisermos viver adequadamente,

isso será pela contemplação de Sua morte; se

quisermos subir à dignidade, isso será considerando

Sua humilhação e tristeza.

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