sábado, 30 de julho de 2022

Devocional dia e noite dia 30/07

30 de Julho
Manhã "(…) E, retirando-se dali, chorou" (Mc
14:72)
Tem sido considerado por alguns que, durante a vida
de Pedro, a fonte de suas lágrimas começava a fluir
sempre que ele se lembrava de ter negado seu
Senhor. Não é improvável que assim tenha sido,
pois seu pecado foi muito grande, mas a graça teve
nele, mais tarde, uma obra perfeita. Essa mesma
experiência é comum a toda família redimida
conforme o grau em que o Espírito de Deus
removeu o coração natural de pedra. Nós, como
Pedro, lembramos de nossa prepotente promessa:
"Ainda que todos os homens te abandonem,
contudo eu não o farei". Nós comemos nossas
palavras com as ervas amargas do arrependimento.
Quando pensamos o que prometemos que seríamos,
e o que temos sido, podemos chorar rios inteiros de
tristeza. Ele pensou no fato de ter negado seu
Senhor; o lugar em que ele o fez, o pequeno motivo
que o levou a tal hediondo pecado, os juramentos e
blasfêmias com que ele procurou confirmar sua
mentira, e a dureza terrível do coração que o levou a
fazê-lo de novo e novamente. Podemos nós, quando
somos lembrados de nossos pecados e da excessiva
iniquidade deles, permanecer impassíveis e
teimosos? Não faremos nós o nosso lugar um
Boquim (Jz 2:4-5), e clamaremos ao Senhor por
renovadas promessas de amor perdoador? Que
nunca possamos olhar com indiferença para o
pecado, para que, dentro em breve, tenhamos uma
língua ressecada nas chamas do inferno. Pedro
também pensou sobre o olhar amoroso de seu
Mestre. O Senhor acompanhou o canto de
advertência do galo com um olhar repreensivo de
tristeza, piedade e amor. Esse olhar nunca mais saiu
da mente de Pedro enquanto ele viveu. Isso foi
muito mais eficaz do que teriam sido dez mil
sermões sem o Espírito. O penitente apóstolo
certamente choraria ao recordar o completo perdão
do Salvador que lhe restaurou ao seu antigo lugar.
Pensar que temos ofendido tão amável e bom
Senhor é razão mais que suficiente para sermos
constantes pranteadores. Senhor, arremete contra os
nossos corações rochosos e faz com que as águas
fluam.


Noite
"(…) o que vem a mim de maneira nenhuma o
lançarei fora" (Jo 6:37)
Não há limite definido para a duração dessa
promessa. Ela não se limita a dizer: "Eu não lançarei
fora um pecador em sua primeira vinda", mas sim,
"de maneira nenhuma o lançarei fora". O original
diz: "Eu não irei, não irei lançar fora"; ou: "Eu
nunca, nunca lançarei fora". O texto quer dizer, em
primeiro lugar, que Cristo não rejeitará um crente, e
como Ele não irá fazê-lo, então, não o fará até o
fim.
Mas, e se o crente peca depois de vir? "Se alguém
pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus
Cristo, o justo" (1Jo 2:1). E se o crente apostata?
"Eu sararei a sua infidelidade, eu voluntariamente os
amarei; porque a minha ira se apartou deles" (Os
14:4). Mas os crentes podem cair em tentação! "Fiel
é Deus, que não vos deixará tentar acima do que
podeis, antes com a tentação dará também o escape,
para que a possais suportar" (1Co 10:13). Mas o
crente pode cair em pecado, como fez Davi! Sim,
mas Ele "purifica-me com hissopo, e ficarei puro;
lava-me, e ficarei mais branco do que a neve" (Sl
51:7); "E os purificarei de toda a sua maldade" (Jr
33:8).
"Uma vez em Cristo, em Cristo para sempre,
Nada do Seu amor pode nos afastar".
"Às minhas ovelhas", diz Ele, "dou-lhes a vida
eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as
arrebatará da minha mão" (Jo 10:27-28). O que isso
diz a ti, ó mente trêmula e fraca? Não é essa uma
misericórdia preciosa que, vindo de Cristo, significa
que não virás Àquele que irá te tratar bem por um
tempo e, depois, te enviará de volta para os teus
negócios, mas sim, que irá te receber e fazer-te Sua
noiva, e serás dEle para sempre. "Não recebestes o
espírito de escravidão, para outra vez estardes em
temor, mas recebestes o Espírito de adoção de
filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai" (Rm 8:15).
Oh! que graça há nestas palavras: "De maneira
nenhuma o lançarei fora".

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