quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

86 – Francisco Cândido Xavier 74 MÃOS LIMPAS


86 – Francisco Cândido Xavier
74
MÃOS LIMPAS
“E Deus pelas mãos de Paulo fazia maravilhas
extraordinárias.”
(ATOS, 19: 11)
O Evangelho não nos diz que Paulo de Tarso fazia maravilhas, mas que
Deus operava maravilhas extraordinárias por intermédio das mãos dele.
O Pai fará sempre o mesmo, utilizando todos os filhos que lhe apresentarem
mãos limpas.
Muitos espíritos, mais convencionalistas que propriamente religiosos,
encontraram nessa notícia dos Atos uma informação sobre determinados privilégios
que teriam sido concedidos ao Apóstolo.
Antes de tudo, porém, é preciso saber que semelhante concessão não é
exclusiva. A maioria dos crentes prefere fixar o Paulo santificado sem apreciar o
trabalhador militante.
Quanto custou ao Apóstolo a limpeza das mãos?
Raros indagam relativamente a isso.
Recordemos que o amigo da gentilidade fora rabino famoso em Jerusalém,
movimentara­se entre elevados encargos públicos, detivera dominadoras situações;
no entanto, para que o Todo­Poderoso lhe utilizasse as mãos, sofreu todas as
humilhações e dispôs­se a todos os sacrifícios pelo bem dos semelhantes.
Ensinou o Evangelho sob zombarias e açoites, aflições e pedradas. Apesar
de escrever luminosas epístolas, jamais abandonou o tear humilde até à,velhice do
corpo.
Considera as particularidades do assunto e observa que Deus é sempre o
mesmo Pai, que a misericórdia divina não se modificou, mas pede mãos limpas para
os serviços edificantes, junto à Humanidade.
Tal exigência é lógica e necessária, pois o trabalho do Altíssimo deve
resplandecer sobre os caminhos humanos.  

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