terça-feira, 16 de janeiro de 2018

98 – Francisco Cândido Xavier 86 JESUS E OS AMIGOS


98 – Francisco Cândido Xavier
86
JESUS E OS AMIGOS
“Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a
vida pelos seus amigos.”
Jesus (JOÃO, 15: 13)
Na localização histórica do Cristo, impressiona­nos a realidade de sua
imensa afeição pela Humanidade.
Pelos homens, fez tudo o que era possível em renúncia e dedicação.
Seus atos foram celebrados em assembléias de confraternização e de amor.
A primeira manifestação de seu apostolado verificou­se na festa jubilosa de um lar.
Fez companhia aos publicanos, sentiu sede da perfeita compreensão de seus
discípulos. Era amigo fiel dos necessitados que se socorriam de suas virtudes
imortais. Através das lições evangélicas, nota­se­lhe o esforço para ser entendido em
sua infinita capacidade de amar. A última ceia representa uma paisagem completa de
afetividade integral. Lava os pés aos discípulos, ora pela felicidade de cada um...
Entretanto, ao primeiro embate com as forças destruidoras, experimenta o
Mestre o supremo abandono.
Em vão, seus olhos procuram a multidão dos afeiçoados, beneficiados e
seguidores.
Os leprosos e cegos, curados por suas mãos, haviam desaparecido.
Judas entregou­o com um beijo.
Simão, que lhe gozara a convivência doméstica, negou­o três vezes.
João e Tiago dormiram no Horto.
Os demais preferiram estacionar em acordos apressados com as acusações
injustas. Mesmo depois da Ressurreição, Tomé exigiu­lhe sinais.
Quando estiveres na “porta estreita”, dilatando as conquistas da vida eterna,
irás também só. Não aguardes teus amigos. Não te compreenderiam; no entanto, não
deixes de amá­los. São crianças. E toda criança teme e exige muito.  

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