sexta-feira, 14 de junho de 2024

Devocional dia e noite dia 14/06

14 de Junho
Manhã "Deleita-te também no Senhor (…)" (Sl
37:4)
O ensino dessas palavras parece muito
surpreendente àqueles que são estranhos à essencial
piedade, porém, ao crente sincero, é apenas a
revelação de uma verdade reconhecida. A vida do
crente é aqui descrita como um deleite em Deus;
então, estamos certificados quanto ao grande fato de
que a verdadeira religião transborda em felicidade e
alegria. Homens ímpios e meros professores nunca
olham para a religião como algo alegre; para eles é
uma cerimônia, um dever, uma necessidade, porém
nunca um prazer ou deleite. Se eles observam a
religião, em todas as suas formas, é antes por aquilo
que podem ganhar com isso ou porque não se
atrevem a fazer o contrário. O pensamento de
deleite na religião é tão estranho para a maioria dos
homens que não há duas palavras mais distantes em
seus lábios do que "santidade" e "deleite". No
entanto, crentes que conhecem a Cristo entendem
que fé e deleite são tão abençoadamente unidos que
as portas do inferno não prevalecerão tentando
separá-los. Aqueles que amam a Deus de todo o
coração compreendem que Seus caminhos são
caminhos de delícias, e todas as Suas veredas de paz
(Pv 3:17). Tais alegrias, tais plenitudes, tais
transbordantes bem-aventuranças, os santos
descobrem em seu Senhor que, longe de servi-Lo
por costume, eles O seguiriam apesar de todo o
mundo lançar fora Seu nome como um mal. Não
tememos a Deus por obrigação; nossa fé não é
entrave, nossa profissão de fé não é escravidão, não
somos arrastados à santidade nem levados às
obrigações. Não; nossa piedade é o nosso prazer,
nossa esperança é a nossa felicidade, nosso dever é
o nosso deleite.
Deleite e verdadeira religião estão tão unidos como
raiz e flor; tão indivisível como verdade e certeza;
são, de fato, duas brilhantes jóias preciosas, lado a
lado, cravadas em ouro.


Noite "Ó Senhor, a nós pertence a confusão de rosto
[…] porque pecamos contra ti" (Dn 9:8)
Uma percepção clara e profunda do pecado, de sua
hediondez, e do castigo que ele merece, deve nos
prostrar diante do trono. Pecamos como cristãos. Ai
de mim que seja assim! Favorecidos como temos
sido, ainda somos ingratos; privilegiados sem
medida, nós não frutificamos na mesma proporção.
Quem, embora engajado na peleja cristã, não irá
corar quando olhar para trás, para o passado?
Quanto aos nossos dias antes de sermos
regenerados, que eles sejam perdoados e esquecidos;
mas, desde então, embora não tenhamos pecado
como antes, ainda pecamos contra a luz e contra o
amor, luz que realmente penetrou em nossas mentes,
e amor no qual nos alegramos. Oh, a atrocidade do
pecado de uma alma perdoada! Um pecador não
perdoado peca a bom preço em comparação com o
pecado de um dos eleitos de Deus, aqueles que têm
comunhão com Cristo e inclinam a cabeça sobre o
peito de Jesus. Olhe para Davi! Muitos vão falar de
seu pecado, mas eu oro para que você olhe para o
arrependimento dele, e ouça seus ossos
quebrantados, onde cada um deles geme sua
dolorosa confissão! Repare suas lágrimas, como elas
caem no chão, e os profundos suspiros com os quais
ele acompanha a suave música de sua harpa! Nós
nos enganamos; vamos, portanto, buscar o espírito
de penitência. Olhe, mais uma vez, para Pedro!
Falamos muito da negação de Pedro ao seu Mestre.
Contudo, lembre-se o que está escrito: "Ele chorou
amargamente" (Mt 26:75). Porventura não temos
também negações ao nosso Senhor para que sejam
lamentadas com lágrimas? Ai de mim! esses nossos
pecados, antes e depois da conversão, nos levariam
ao lugar de fogo inextinguível se não fosse a
misericórdia soberana que nos separou, arrebatando-
nos como tições do fogo. Minha alma, curve-se sob
um sentimento de tua pecaminosidade natural e
adore teu Deus. Admire a graça que te salva, a
misericórdia que te poupa, e o amor que te perdoa!

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