quinta-feira, 13 de junho de 2024

Devocional dia e noite dia 13/06

13 de Junho
Manhã "(…) quem quiser, tome de graça da água da
vida" (Ap 22:17) Jesus diz: "Tome de graça". Ele
não requer pagamento ou preparação. Ele não busca
recomendação de nossas virtuosas emoções. Se você
não tem bons sentimentos, mas está tão somente
desejoso, você está convidado; portanto, venha!
Você não tem fé ou qualquer arrependimento; venha
a Ele, e Ele dará a você. Venha como você está e
tome "de graça", sem dinheiro e sem preço. Ele dá a
Si mesmo aos necessitados. As fontes de água que
existem nas esquinas de nossas ruas na Inglaterra são
benfeitorias valiosas; dificilmente poderíamos
imaginar alguém tão tolo a ponto de meter a mão no
bolso, estando diante de uma dessas fontes, e dizer:
"Eu não posso beber, pois não tenho sequer cinco
centavos em meu bolso". Por mais pobre que seja o
homem, há uma fonte, e tal como está, ele poderá
dela beber. Sedento viajante, independente de
estarem passando pessoas vestindo linho fino ou
seda, não espere por uma licença para beber; o fato
das fontes estarem lá é a própria licença para que
qualquer pessoa possa beber livremente daquela
água. A liberalidade de alguns bons amigos colocou
essas refrescantes fontes lá, e nós podemos beber
sem fazer perguntas. Talvez as únicas pessoas que
andem sedentas pelas ruas onde existem fontes
sejam as senhoras finas e os senhores em suas
carruagens. Eles estão com muita sede, porém não
conseguem imaginar serem tão vulgares a ponto de
pararem para lá beber. Isso iria rebaixá-los, pensam
eles, beber em uma fonte ordinária; assim, andam
com seus lábios ressecados. Oh, quantos são os que
são ricos em suas próprias boas obras e não
conseguem, por isso mesmo, virem a Cristo! "Eu
não serei salvo", dizem eles, "da mesma forma como
a prostituta ou o blasfemador. O quê! Ir para o céu
da mesma forma como um limpador de chaminés?
Será que não há outro caminho para a glória além
daquele pelo qual foi o ladrão? Eu não serei salvo
dessa maneira". Tais orgulhosos presunçosos
permanecem sem a água viva, porém, "quem quiser,
tome de graça da água da vida".


Noite
"Afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa
(…)" (Pv 30:8); "Não me desampares, Senhor, meu
Deus, não te alongues de mim" (Sl 38:21)
Aqui temos duas grandes lições: o que desaprovar e
o que suplicar. O estado mais feliz de um cristão é o
santo. Assim como o lugar mais quente é aquele
próximo ao sol, o lugar de maior felicidade é aquele
mais próximo de Cristo. Nenhum cristão desfruta de
conforto quando seus olhos estão postos na vaidade;
ele não encontra satisfação a menos que sua alma
seja vivificada nos caminhos de Deus. O mundano
pode obter felicidade em qualquer outro lugar, mas
não o cristão. Eu não culpo os homens ímpios por
se apressarem para seus prazeres. Por que deveria?
Deixe-os ter sua satisfação. Isso é tudo o que eles
têm para desfrutar. Uma esposa convertida, que se
angustiava por seu marido, sempre foi muito gentil
com ele, pois dizia: "Eu temo que este seja o único
mundo em que ele terá felicidade e, por isso,
coloquei em minha mente fazê-lo tão feliz nele
quanto eu puder". Os cristãos devem buscar suas
alegrias em uma esfera mais elevada do que as
insípidas frivolidades ou os prazeres pecaminosos do
mundo. Atividades vãs são perigosas para as almas
regeneradas. Ouvimos falar de um filósofo que,
enquanto olhava para as estrelas, caiu em um poço;
contudo, quão profundamente caem quando olham
para baixo. A queda deles é fatal. Nenhum cristão
está seguro quando sua alma é indolente ou seu
Deus está longe dele. Todo cristão está sempre
seguro quanto à grande questão de sua posição em
Cristo, porém ele não está seguro no que diz
respeito a sua experiência em santidade e comunhão
com Jesus nesta vida. Satanás não costuma atacar
um cristão que vive próximo de Deus; é quando o
cristão se afasta de seu Deus, tornando-se
espiritualmente carente, ou se arrisca em alimentar-
se nas vaidades, que o diabo descobre sua hora de
vantagem; ele pode, por vezes, ficar em pé de
igualdade com um filho de Deus que está ativo no
serviço de seu Mestre, mas a batalha é geralmente
curta; aquele que escorrega quando desce ao "Vale
da Humilhação", cada vez que dá um passo em falso
acaba por convidar "Apolion" para atacá-lo. Ó,
graça para caminhar humildemente com nosso
Deus!
"Vale da Humilhação" e "Apolion" são referências
ao livro "O Peregrino", escrito pelo pregador John
Bunyan (1628 - 1688), publicado na Inglaterra, em
1678. (N.T.)

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