sexta-feira, 7 de junho de 2024

As Fontes Originais da Cabalá

As Fontes Originais da Cabalá
Devemos beber da água das nascentes originais profundas, aquelas tão profundas que existem há milênios e cuja água jamais será contaminada. Reza a tradição que a Sabedoria da Cabalá nasceu junto com o homem, ensinada pelo anjo Razi’el a Adão, e parte dela foi registrada no Livro de Adão.
“Boca a Boca”
A fonte mais profunda da Cabalá é, sem dúvida, a Torá Oral, aquela passada não da boca do mestre para o ouvido do aprendiz, mas de “boca a boca”, ou seja, quando a “boca” do Criador se exprime através da boca do profeta, que a canaliza para o mundo.
De tempos em tempos, porém, esse conhecimento era escrito. Assim, o primeiro livro que canalizou todas as informações utilizadas posteriormente, foi a SÊFER IETSIRÁ, o Livro da Formação, atribuída ao patriarca Abraão, há 3 800 anos atrás.
Depois, revelada por Moisés, por volta do século 6 AC, veio a TORÁ escrita, que segundo rav Berg “ não é um livro de histórias, nem um documento da história humana: é um projeto genético que esquematiza as forças espirituais da vida. Usando a Cabalá como chave, podemos penetrar no nível genético da Torá”.
Em seguida, no século 1, Rabi Shimon bar Iochai revela o ZOHAR, após ficar 13 anos numa caverna, que se trata exatamente do código com o qual a Torá pode ser compreendida e utilizada por nós, aqui e agora. Seu filho e seus discípulos anotaram os ensinamentos, que conhecemos como o Zohar, o Livro do Brilho. Embora só tenha vindo a público na Era de Ouro da Espanha, com a convivência pacífica das três grandes religiões monoteístas, 1200 anos depois. Foi publicado por Moshe de Leon.
Nessa época também surgiu o BAHIR, O Livro da Iluminação, escrito no final do século 1, e atribuído ao rabino Nechuniá bem HaKana, o mesmo que compilou a reza do Ana Bechoch, a partir do Gênesis e dos ensinamentos contidos na Sêfer Ietsirá, e por isso contém a energia da Criação, conhecida como o Nome de Deus de 42 Letras, que nos eleva acima da influência dos astros.
Essas fontes falam à alma de uma forma pessoal, e essa Luz é individual, pura e não contaminada.
Fontes profundas, originais e puras que trazem a Luz para nosso mundo físico. É delas que devemos “beber”. É como se o Eterno falasse a cada um de nós, “boca a boca”.

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