sábado, 25 de julho de 2020

103-ESTIMA DO MUNDO (Caminho verdade e vida)

103-ESTIMA DO MUNDO
“Se chamaram Belzebu ao pai de família, quanto mais aos seus
domésticos?” — Jesus. (MATEUS, capítulo 10, versículo 25.)
Muitos discípulos do Evangelho existem, ciosos de suas predileções e
pontos de vista, no campo individual.
Falsas concepções ensombram-lhes o olhar.
Quase sempre se inquietam pelo reconhecimento público das virtudes que
lhes exornam o caráter, guardam o secreto propósito de obter a admiração de
todos e sentem-se prejudicados se as autoridades transitórias do mundo não
lhes conferem apreço.
Agem esquecidos de que o Reino de Deus não vem com aparência
exterior; não percebem que, por enquanto, somente os vultos destacados, nas
vanguardas financeiras ou políticas, arvoram-se em detentores de
prerrogativas terrestres, senhores quase absolutos das homenagens pessoais
e dos necrológios brilhantes.
Os filhos do Reino Divino sobressaem raramente e, de modo geral,
enchem o mundo de benefícios sem que o homem os veja, à feição do que
ocorre com o próprio Pai.
Se Jesus foi chamado feiticeiro, crucificado como malfeitor e arrebatado de
sua amorosa missão para o madeiro afrontoso, que não devem esperar seus
aprendizes sinceros, quando verdadeiramente devotados à sua causa?
O discípulo não pode ignorar que a permanência na Terra decorre da
necessidade de trabalho proveitoso e não do uso de vantagens efêmeras que,
em muitos casos, lhe anulariam a capacidade de servir. Se a força humana
torturou o Cristo, não deixará de torturá-lo também. É ilógico disputar a estima
de um mundo que, mais tarde, será compelido a regenerar-se para obter a
redenção.

Nenhum comentário:

Postar um comentário