A vida perfeita me dá uma disposição afetuosa e boa
quinta-feira, 4 de janeiro de 2018
Oração do dia 4 Palavras para manifestar a força infinita.
Oração do dia 4
Palavras para manifestar a força infinita.
Neste momento, abro os olhos da mente e tomo consciência da natureza divina de minha alma; conscientizo que estou em perfeita união com Deus, Pai de todos. Deus está presente em tudo e em todos, está no âmago de meu ser. Por ter despertado para esta verdade sublime, posso exigir o que é melhor para mim. Já não recorro à força dos outros, pois sei que Deus é força suprema, e conscientizo que essa imensa força está alojada em mim. Embora eu não esteja ainda manifestando essa força em todos os aspectos, sei que a possuo. Gradativamente vou manifestando a força de Deus que existe dentro de mim. Sou um com a vida infinita; sou um com a Sabedoria infinita; sou um com o amor infinito. Possuo todos os atributos de Deus-Pai. Orgulho-me por minha alma não sofrer tolhimento de espécie alguma. Tendo a convicção de que sou um com Deus-Pai, minha alma está em paz. Ao perceber que ainda existe em minha mente algum pensamento que possa romper a união com Deus-Pai, afasto de uma vez por todas tal pensamento. Sou um com aquele que é próprio Bem. Sou um com Deus-Pai. Agradeço a ele por fazer com que minha alma tenha real consciência disso.
quarta-feira, 3 de janeiro de 2018
33 - Revelando o Lado Negro: Eliminando os obstáculos que você cria
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REFLEXÂO:Nosso objetivo na vida é encontrar a Luz que foi escondida no momento da Criação.
Este objetivo só pode ser cumprido se identificarmos o lugar onde ela se escondeu, que são todos os nossos traços negativos, um por um.
Podemos vir a este mundo abençoados com uma natureza noventa e nove vírgula nove por cento positiva.
Contudo, pode persistir uma minúscula característica negativa enterrada em algum lugar.
Se a ignoramos, levaremos da vida um leve cascudo na cabeça.
Se continuamos ignorando-a e nos questionamos, "por que eu?", o cascudo será mais forte.
Sendo assim, o que nós, pessoas boas, devemos fazer?
Quando o sol passa pelas persianas, os raios de luz tornam visíveis milhares de partículas de poeira.
Antes de aparecer a luz do sol, não éramos capazes de detectar a sujeira e a poeira pairando no ar.
A Luz deste Nome funciona da mesma forma.
Quando permitimos que esta Luz espiritual brilhe em nossas vidas, ela revela quaisquer qualidades egocêntricas que ainda estejam manchando nossa natureza.
Ative este Nome quando se pegar perguntando "o que foi que eu fiz?"
AÇÂO:A luz brilha.
Você reconhece as forças negativas que em de estão dentro de você.
Seus impulsos relativos deixam de ser segredo.
Com poder deste Nome, eles se transformam coisas do passado!
MEDITE NESTAS LETRAS E VOCALIZE: Ierrú
AÇÃO: Experimente um pacto com a verdade durante o dia da
conexão com este anjo. Assim, não se permita nenhum tipo de
mentira, mesmo as pequenas desculpas. Nem consigo próprio nem
com os outros. Você irá se surpreender ao ver como a verdade traz
algo muito positivo para os relacionamentos.
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O maior vendedor do mundo parte 6
SeisQuase duas semanas depois que a caravana regressara à base em
Palmira, Hafid foi despertado em sua cama de palha, no estábulo, e
chamado à presença de Pathros.
Dirigiu se com rapidez ao dormitório do amo e parou, incerto,
ante a enorme cama que reduzia o tamanho de seu ocupante. Pathros
abriu os olhos e desvencilhou-se das cobertas até sentar-se ereto. Seu
rosto estava descarnado e as veias inchavam-lhe as mãos. Era difícil
acreditar que se tratasse do mesmo homem com quem falara apenas
doze dias antes.
Pathros moveu-se para a parte mais baixa da cama e o jovem
sentou-se cuidadosamente na beirada, esperando que o ancião falasse.
Até mesmo a voz de Pathros era diferente, em som e timbre, daquela
na última reunião.
– Meu filho, você ainda tem muitos dias para reexaminar suas
ambições. Existe ainda, dentro de você, a vontade de se tornar um
grande vendedor?
– Sim, meu senhor.
O ancião assentiu com a cabeça.
– Então, que assim seja. Planejara gastar muito mais tempo com
você, mas, como pode ver, há outros planos para mim. Embora me
considere um bom vendedor, sinto-me incapaz de vender à morte seu
afastamento de minha porta. Ela tem esperado há dias, como um cão
faminto à porta de nossa cozinha. Como o cão, ela sabe que finalmente
encontrara a porta aberta...
Um acesso de tosse interrompeu Pathros e Hafid continuou inerte,
enquanto o ancião lutava com a falta de ar. Finalmente, a tosse parou e
Pathros sorriu com debilidade.
– Nosso tempo juntos é breve, de maneira que vamos começar.
Primeiro, retire o pequeno baú de cedro de debaixo da cama.
Hafid ajoelhou-se e puxou um pequeno baú com correias de
couro. Colocou-o sob o contorno que Pathros traçou com os pés na
cama. O ancião pigarreou:
– Há muitos anos, quando minha posição era inferior a de um
guardador de camelos, tive o privilégio de socorrer um viajante do
Oriente que fora atacado por dois bandidos. Ele insistiu em que eu
salvara sua vida e quis recompensar-me, embora eu não procurasse
nenhuma recompensa. Como eu não tinha família, nem economias,
convenceu-me a voltar com ele para sua casa e família, onde fui aceito
como um dos seus.
“Um dia, depois que me acostumara a minha nova vida, ele me
apresentou este baú. Dentro havia dez pergaminhos de couro, todos
numerados. O primeiro continha o segredo de aprender. Os outros
continham todos os segredos e princípios necessários para tornar-me
uma pessoa de grande êxito na arte de vender. Então, a seguir, foi-me
ministrada, todos os dias, a palavra sábia dos pergaminhos, e com o
segredo de aprender, do primeiro pergaminho, finalmente memorizei
palavra por palavra de todos os pergaminhos até que elas se tornassem
parte de minhas maneiras e de minha vida. Elas se tornaram hábito.
“Finalmente, recebi de presente com o baú, contendo os dez
pergaminhos, uma carta selada e uma bolsa com cinqüenta moedas de
ouro. A carta selada não era para abrir até que meu lar adotivo estivesse
fora de vista. Despedi-me da família e esperei até alcançar a rota
comercial para Palmira antes de abrir a carta. A carta, em essência,
mandava-me tomar as moedas de ouro, aplicar o que aprendera dos
pergaminhos e começar uma nova vida. Mandava, ainda, partilhar
sempre a metade da riqueza adquirida, fosse ela qual fosse, com outras
pessoas menos afortunadas, mas que não desse os pergaminhos de
couro nem os partilhasse com ninguém até o dia em que eu recebesse
um sinal especial que dissesse quem fora o próximo escolhido para
recebê-los.
Hafid balançou a cabeça:
– Não entendo, senhor.
– Explicarei. Permaneci a espera dessa pessoa e do sinal por
muitos anos e enquanto esperava apliquei o que aprendi dos
pergaminhos para acumular uma grande fortuna. Quase cheguei a
acreditar que tal pessoa jamais apareceria antes de minha morte, até
que você regressou de sua viagem a Belém. Meu primeiro
pressentimento de que você fora o escolhido para receber os
pergaminhos veio-me quando você apareceu sob a estrela brilhante
que o seguira de Belém. Em minha alma tentei compreender o
significado desse fato, mas resignei-me a não desafiar as ações dos
deuses. E então, quando você disse que cedera a túnica, que significava
tanto para você, algo dentro de minha alma falou e disse que minha
longa procura terminara. Descobrira finalmente aquele a quem fora
ordenado ser o próximo a receber o baú. Estranho mas, logo que soube
ter descoberto a pessoa certa, a energia de minha vida começou
lentamente a se esvair. Agora, vejo-me próximo do fim, mas minha
longa procura terminou e eu posse partir deste mundo em paz.
A voz do ancião enfraquecera, mas ele cerrou os punhos ossudos
e curvou-se para junto de Hafid.
– Ouça atentamente, meu filho, já que não terei forças para repetir
estas palavras.
Os olhos de Hafid estavam úmidos ao aproximar-se de seu amo.
Suas mãos tocaram-se e o grande vendedor inalou o ar com esforço.
– Lego-lhe agora este baú e seu valioso conteúdo, mas antes há
certas condições com as quais você deve concordar. No baú há uma
bolsa com cem talentos de ouro. Isso o capacitará a viver e comprar
um pequeno sortimento de tapetes com os quais você pode entrar no
mundo dos negócios. Poderia deixar-lhe grande riqueza, mas isso seria
um terrível desserviço. Muito melhor é que você se torne o maior e
mais rico vendedor do mundo, sozinho. Como vê, não me esqueci do
seu grande sonho.
“Parta imediatamente para Damasco. Lá, encontrará infinitas
oportunidades de aplicar o que os pergaminhos lhe ensinarão. Logo
que arranjar um alojamento, abra apenas o pergaminho Número Um.
Leia-o repetidamente, até entender por completo o método secreto que
ele descreve e que você usará para aprender os princípios do êxito em
vendas, contidos em todos os outros. Tão logo aprenda de cada pergaminho, pode começar a vender os tapetes que comprou e, se combinar
o que aprender com a experiência que adquirir e continuar a estudar
cada pergaminho como foi instruído, suas vendas crescerão em número
a cada dia. Minha primeira condição, então, é que você prometa sob
juramento que seguirá as instruções do pergaminho Número Um. Concorda?
– Sim, senhor.
– Bom, bom... e, quando aplicar os princípios dos pergaminhos,
tornar-se-á muito mais rico do que jamais sonhou. Minha segunda
condição é que deve constantemente distribuir a metade de seus ganhos
com aqueles menos afortunados do que você. Não deve haver nenhum
desvio desta condição. Concorda?
– Sim, senhor.
– E, agora, a condição mais importante de todas. Você está
proibido de partilhar os pergaminhos ou a sabedoria neles contida com
os outros. Um dia surgirá alguém que lhe transmitirá um sinal, como a
estrela; suas ações generosas foram o sinal que eu procurava. Quando
isto acontecer, você reconhecerá o sinal, mesmo que a pessoa que o
transmite ignore ser ela a criatura escolhida. Quando seu coração lhe
assegurar que você está certo, então passará para ele ou ela o baú e seu
conteúdo, e quando isso for efetivado não haverá nenhuma necessidade
de impor condições ao recebedor como foram impostas a mim e agora,
por meu intermédio, a você. A carta que recebi muito tempo atrás
ordenava-me que o terceiro a recebê-los podia partilhar sua mensagem
com o mundo se assim o desejasse. Você promete executar essa terceira
condição?
– Prometo.
Pathros suspirou de alivio como se um grande peso tivesse sido
retirado de suas costas. Sorriu fracamente e colheu a face de Hafid na
concha de suas mãos ossudas.
– Pegue o baú e parta. Não mais o verei. Vá com o meu amor e
meus votos de êxito, e que possa sua Lisha finalmente partilhar toda a
felicidade que seu futuro trará.
As lágrimas rolavam sem receio pelas faces de Hafid ao pegar o
baú e atravessar a porta aberta do dormitório. Ele parou um instante do
lado de fora, colocou o baú no chão e voltou em direção ao seu amo:– O fracasso jamais me surpreenderá se minha decisão de
vencer for suficientemente forte?O ancião sorriu levemente e assentiu. E ergueu a mão em adeus
Palmira, Hafid foi despertado em sua cama de palha, no estábulo, e
chamado à presença de Pathros.
Dirigiu se com rapidez ao dormitório do amo e parou, incerto,
ante a enorme cama que reduzia o tamanho de seu ocupante. Pathros
abriu os olhos e desvencilhou-se das cobertas até sentar-se ereto. Seu
rosto estava descarnado e as veias inchavam-lhe as mãos. Era difícil
acreditar que se tratasse do mesmo homem com quem falara apenas
doze dias antes.
Pathros moveu-se para a parte mais baixa da cama e o jovem
sentou-se cuidadosamente na beirada, esperando que o ancião falasse.
Até mesmo a voz de Pathros era diferente, em som e timbre, daquela
na última reunião.
– Meu filho, você ainda tem muitos dias para reexaminar suas
ambições. Existe ainda, dentro de você, a vontade de se tornar um
grande vendedor?
– Sim, meu senhor.
O ancião assentiu com a cabeça.
– Então, que assim seja. Planejara gastar muito mais tempo com
você, mas, como pode ver, há outros planos para mim. Embora me
considere um bom vendedor, sinto-me incapaz de vender à morte seu
afastamento de minha porta. Ela tem esperado há dias, como um cão
faminto à porta de nossa cozinha. Como o cão, ela sabe que finalmente
encontrara a porta aberta...
Um acesso de tosse interrompeu Pathros e Hafid continuou inerte,
enquanto o ancião lutava com a falta de ar. Finalmente, a tosse parou e
Pathros sorriu com debilidade.
– Nosso tempo juntos é breve, de maneira que vamos começar.
Primeiro, retire o pequeno baú de cedro de debaixo da cama.
Hafid ajoelhou-se e puxou um pequeno baú com correias de
couro. Colocou-o sob o contorno que Pathros traçou com os pés na
cama. O ancião pigarreou:
– Há muitos anos, quando minha posição era inferior a de um
guardador de camelos, tive o privilégio de socorrer um viajante do
Oriente que fora atacado por dois bandidos. Ele insistiu em que eu
salvara sua vida e quis recompensar-me, embora eu não procurasse
nenhuma recompensa. Como eu não tinha família, nem economias,
convenceu-me a voltar com ele para sua casa e família, onde fui aceito
como um dos seus.
“Um dia, depois que me acostumara a minha nova vida, ele me
apresentou este baú. Dentro havia dez pergaminhos de couro, todos
numerados. O primeiro continha o segredo de aprender. Os outros
continham todos os segredos e princípios necessários para tornar-me
uma pessoa de grande êxito na arte de vender. Então, a seguir, foi-me
ministrada, todos os dias, a palavra sábia dos pergaminhos, e com o
segredo de aprender, do primeiro pergaminho, finalmente memorizei
palavra por palavra de todos os pergaminhos até que elas se tornassem
parte de minhas maneiras e de minha vida. Elas se tornaram hábito.
“Finalmente, recebi de presente com o baú, contendo os dez
pergaminhos, uma carta selada e uma bolsa com cinqüenta moedas de
ouro. A carta selada não era para abrir até que meu lar adotivo estivesse
fora de vista. Despedi-me da família e esperei até alcançar a rota
comercial para Palmira antes de abrir a carta. A carta, em essência,
mandava-me tomar as moedas de ouro, aplicar o que aprendera dos
pergaminhos e começar uma nova vida. Mandava, ainda, partilhar
sempre a metade da riqueza adquirida, fosse ela qual fosse, com outras
pessoas menos afortunadas, mas que não desse os pergaminhos de
couro nem os partilhasse com ninguém até o dia em que eu recebesse
um sinal especial que dissesse quem fora o próximo escolhido para
recebê-los.
Hafid balançou a cabeça:
– Não entendo, senhor.
– Explicarei. Permaneci a espera dessa pessoa e do sinal por
muitos anos e enquanto esperava apliquei o que aprendi dos
pergaminhos para acumular uma grande fortuna. Quase cheguei a
acreditar que tal pessoa jamais apareceria antes de minha morte, até
que você regressou de sua viagem a Belém. Meu primeiro
pressentimento de que você fora o escolhido para receber os
pergaminhos veio-me quando você apareceu sob a estrela brilhante
que o seguira de Belém. Em minha alma tentei compreender o
significado desse fato, mas resignei-me a não desafiar as ações dos
deuses. E então, quando você disse que cedera a túnica, que significava
tanto para você, algo dentro de minha alma falou e disse que minha
longa procura terminara. Descobrira finalmente aquele a quem fora
ordenado ser o próximo a receber o baú. Estranho mas, logo que soube
ter descoberto a pessoa certa, a energia de minha vida começou
lentamente a se esvair. Agora, vejo-me próximo do fim, mas minha
longa procura terminou e eu posse partir deste mundo em paz.
A voz do ancião enfraquecera, mas ele cerrou os punhos ossudos
e curvou-se para junto de Hafid.
– Ouça atentamente, meu filho, já que não terei forças para repetir
estas palavras.
Os olhos de Hafid estavam úmidos ao aproximar-se de seu amo.
Suas mãos tocaram-se e o grande vendedor inalou o ar com esforço.
– Lego-lhe agora este baú e seu valioso conteúdo, mas antes há
certas condições com as quais você deve concordar. No baú há uma
bolsa com cem talentos de ouro. Isso o capacitará a viver e comprar
um pequeno sortimento de tapetes com os quais você pode entrar no
mundo dos negócios. Poderia deixar-lhe grande riqueza, mas isso seria
um terrível desserviço. Muito melhor é que você se torne o maior e
mais rico vendedor do mundo, sozinho. Como vê, não me esqueci do
seu grande sonho.
“Parta imediatamente para Damasco. Lá, encontrará infinitas
oportunidades de aplicar o que os pergaminhos lhe ensinarão. Logo
que arranjar um alojamento, abra apenas o pergaminho Número Um.
Leia-o repetidamente, até entender por completo o método secreto que
ele descreve e que você usará para aprender os princípios do êxito em
vendas, contidos em todos os outros. Tão logo aprenda de cada pergaminho, pode começar a vender os tapetes que comprou e, se combinar
o que aprender com a experiência que adquirir e continuar a estudar
cada pergaminho como foi instruído, suas vendas crescerão em número
a cada dia. Minha primeira condição, então, é que você prometa sob
juramento que seguirá as instruções do pergaminho Número Um. Concorda?
– Sim, senhor.
– Bom, bom... e, quando aplicar os princípios dos pergaminhos,
tornar-se-á muito mais rico do que jamais sonhou. Minha segunda
condição é que deve constantemente distribuir a metade de seus ganhos
com aqueles menos afortunados do que você. Não deve haver nenhum
desvio desta condição. Concorda?
– Sim, senhor.
– E, agora, a condição mais importante de todas. Você está
proibido de partilhar os pergaminhos ou a sabedoria neles contida com
os outros. Um dia surgirá alguém que lhe transmitirá um sinal, como a
estrela; suas ações generosas foram o sinal que eu procurava. Quando
isto acontecer, você reconhecerá o sinal, mesmo que a pessoa que o
transmite ignore ser ela a criatura escolhida. Quando seu coração lhe
assegurar que você está certo, então passará para ele ou ela o baú e seu
conteúdo, e quando isso for efetivado não haverá nenhuma necessidade
de impor condições ao recebedor como foram impostas a mim e agora,
por meu intermédio, a você. A carta que recebi muito tempo atrás
ordenava-me que o terceiro a recebê-los podia partilhar sua mensagem
com o mundo se assim o desejasse. Você promete executar essa terceira
condição?
– Prometo.
Pathros suspirou de alivio como se um grande peso tivesse sido
retirado de suas costas. Sorriu fracamente e colheu a face de Hafid na
concha de suas mãos ossudas.
– Pegue o baú e parta. Não mais o verei. Vá com o meu amor e
meus votos de êxito, e que possa sua Lisha finalmente partilhar toda a
felicidade que seu futuro trará.
As lágrimas rolavam sem receio pelas faces de Hafid ao pegar o
baú e atravessar a porta aberta do dormitório. Ele parou um instante do
lado de fora, colocou o baú no chão e voltou em direção ao seu amo:– O fracasso jamais me surpreenderá se minha decisão de
vencer for suficientemente forte?O ancião sorriu levemente e assentiu. E ergueu a mão em adeus
85 – CAMINHO, VERDADE E VIDA (pelo Espírito Emmanuel) 73 OPORTUNIDADE
85 – CAMINHO, VERDADE E VIDA (pelo Espírito Emmanuel)
73
OPORTUNIDADE
“Disselhes, pois, Jesus: Ainda não é chegado o meu
tempo, mas o vosso tempo está pronto.”
(JOÃO, 7: 6)
O mau trabalhador está sempre queixoso. Quando não atribui sua falta aos
instrumentos em mão, lamenta a chuva, não tolera o calor, amaldiçoa a geada e o
vento.
Esse é um cego de aproveitamento difícil, porquanto somente enxerga o
lado arestoso das situações.
O bom trabalhador, no entanto, compreende, antes de tudo, o sentido
profundo da oportunidade que recebeu. Valoriza todos os elementos colocados em
seus caminhos, como respeita as possibilidades alheias. Não depende das estações.
Planta com o mesmo entusiasmo as frutas do frio e do calor. É amigo da Natureza,
aproveitalhe as lições, tem bom ânimo, encontra na aspereza da semeadura e no
júbilo da colheita igual contentamento.
Nesse sentido, a lição do Mestre revestese de maravilhosa significação. No
torvelinho das incompreensões do mundo, não devemos aguardar o reino do Cristo
como realização imediata, mas a oportunidade dos homens é permanente para a
colaboração perfeita no Evangelho, a fim de edificálo.
Os cegos de espírito continuarão queixosos; no entanto, os que acordaram
para Jesus sabem que sua época de trabalho redentor está pronta, não passou, nem
está por vir. É o dia de hoje, é o ensejo bendito de servir, em nome do Senhor, aqui e
agora...
Seicho-No-Ie do Brasil - Mensagem Diária
Seicho-No-Ie do Brasil - Mensagem DiáriaO SER HUMANO É ESSENCIALMENTE PERFEITO, PLENO DE HARMONIA. |
No mundo criado por Deus, não existem doenças nem sofrimentos. Na verdade, o ser humano é perfeito, pleno de harmonia, mas a sua perfeição ainda não está manifestada no plano físico. E a ação de “tentar manifestar a perfeição também no plano fenomênico” é que constitui a ocorrência de dores ou de sofrimentos.
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Oração do dia 3 Mentalização para captar a admirável sabedoria de Kannon, a Deusa da Misericórdia.
Oração do dia 3
Mentalização para captar a admirável sabedoria de Kannon, a Deusa da Misericórdia.
Neste momento, contemplo este mundo em que vivo como sendo manifestação da admirável sabedoria de Kannon, a Deusa da misericórdia. As estrelas que cintilam no céu são os olhos da Deusa da misericórdia, que zela por mim. O vento que sussurra entre as copas das árvores, o murmúrio das águas dos riachos, esses e outros sons da natureza são palavras que a Deusa da Misericórdia usa para se comunicar comigo. Todas as forças da natureza manifestam-se para me vivificar. O mundo em que vivo não é um mundo desconhecido para mim. Eu compreendo este mundo, e ele me compreende. Por isso, nada tenho a temer. Neste momento, abasteço-me na fonte da força imanente no Universo. Estou em perfeita sintonia com todas as forças do Universo, e sigo por caminhos tranqüilos, orientado pelo amor e pela sabedoria do próprio Universo. Na Sutra Kannon está assim escrito: “Mesmo quando fores cercado por malfeitores prestes a te atacar brandindo as espadas, se mentalizares os poderes da Deusa da Misericórdia , brotará misericórdia no coração deles; mesmo que alguém tente envenenar-te, se mentalizares os poderes da Deusa da Misericórdia, o veneno se voltará contra essa pessoa; mesmo que sejas acuado por uma fera e te vires na iminência de ser atacado por suas terríveis garras, se mentalizares os poderes da Deusa da Misericórdia, a fera se afastará e rapidamente tomará outro rumo”. Deusa da Misericórdia é a sabedoria que purifica o Universo, e é a grande Misericórdia que protege todas as coisas do Universo. Como sigo ao lado dela, não deparo com nenhuma força que se oponha a mim. Com sua grande misericórdia, ela me ama, me orienta e me preenche com nova força vital. A sua admirável sabedoria está presente em todos os seres e em todos os seres e em todas as coisas. Por isso, tudo e todos neste mundo estão em perfeita harmonia. Agradeço a Deusa da Misericórdia.
terça-feira, 2 de janeiro de 2018
Oração de Santa Sara Kali
Oração de Santa Sara
Kali
Santa Sara, minha protetora, cubra-me com seu manto celestial.
Afaste as negatividades que porventura estejam querendo me atingir. Santa Sara,
protetora dos ciganos, sempre que estivermos nas estradas do mundo, proteja-nos
e ilumine nossas caminhadas. Santa Sara, pela força das águas, pela força da
Mãe-Natureza, esteja sempre ao nosso lado com seus mistérios. Nós, filhos dos
ventos, das estrelas, da Lua cheia e do Pai, só pedimos a sua proteção contra
os inimigos.
Santa Sara, ilumine nossas vidas com seu poder celestial, para
que tenhamos um presente e um futuro tão brilhantes, como são os brilhos dos
cristais. Santa Sara, ajude os necessitados; dê luz para os que vivem na
escuridão, saúde para os que estão enfermos, arrependimento para os culpados e
paz para os intranquilos. Santa Sara, que o seu raio de paz, de saúde e de amor
possa entrar em cada lar, neste momento. Santa Sara, dê esperança de dias
melhores para essa humanidade tão sofrida.
E, querida Santa Sara, se for a vontade divina, me ajude a
[colocar aqui seu pedido]
Santa Sara milagrosa, protetora do povo cigano, abençoe a todos
nós, que somos filhos do mesmo Deus. Santa Sara, rogai por nós.
Amém!
61 - Água: Removendo negatividade da fonte da vida
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REFLEXÂO:
De acordo com a ciência, a água é a substância mais misteriosa e menos entendida do universo.
De acordo com a Cabala, a água é a Luz de Deus manifestada no mundo físico.
Sendo assim, a poluição das águas é uma crise tanto física quanto espiritual.
Quando a água em nossos lagos e em nossas células está envenenada com toxinas físicas e espirituais, nossos sistemas imunológicos, pessoal e global, ficam perigosamente enfraquecidos.
A água realmente pura tem o poder de limpar física e espiritualmente.
Assim como a água milagrosamente dissolve a sujeira, a imundície e a porcaria do corpo físico, a essência meta-física da água dissolve a impureza e a negatividade espiritual que atraímos para nosso corpo e nossa alma.
Os cabalistas dizem que a água pode curar naturalmente, que a água pode rejuvenescer, e que a água possui o segredo da imortalidade.
Porém, os séculos de guerra, perseguição e ódio tiveram um preço; por causa disto, a água perdeu este poder intrínseco.
Este Nome ajuda a devolver toda a água ao seu estado original divino e imaculado.
AÇÂO:
Você purifica as águas da terra e estimula as forças de cura e imortalidade!
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MEDITE NESTAS LETRAS E VOCALIZE: Vamav
AÇÃO: Procure, no dia de conexão com este anjo, ficar mais
próximo de pessoas que lhe fazem bem.Seicho-No-Ie do Brasil - Mensagem Diária
Seicho-No-Ie do Brasil - Mensagem DiáriaANTES DE DESEJAR SER AMADO, TOME A INICITIVA DE AMAR. |
Do ponto de vista da Psicologia, doença é manifestação do anseio de ser amado, é o estado de buscar o amor. Por isso, se tratarmos a pessoa doente com amor verdadeiro, ela se curará. Contudo, é preciso também que o próprio doente tome a iniciativa de amar, pois a manifestação de amor conduz à cura. É fato que “Quem ama, é amado”.
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84 – Francisco Cândido Xavier 72 TRANSITORIEDADE
84 – Francisco Cândido Xavier72
TRANSITORIEDADE“Eles perecerão, mas tu permanecerás; e todos eles,
como roupa, envelhecerão.”Paulo (HEBREUS, 1: 11)Falanos o Eclesiastes das vaidades e da aflição dos homens, no torvelinho
das ambições desvairadas da Terra.
Desde os primeiros tempos da família humana, existem criaturas
confundidas nos falsos valores do mundo. Entretanto, bastaria meditar alguns
minutos na transitoriedade de tudo o que palpita no campo das formas para
compreenderse a soberania do espírito.
Consultai a pompa dos museus e a ruína das civilizações mortas. Com que
fim se levantaram tantos monumentos e arcos de triunfo? Tudo funcionou como
roupagem do pensamento. A idéia evoluiu, enriqueceuse o espírito e os envoltórios
antigos permanecem a distância.
As mãos calejadas na edificação das colunas brilhantes aprenderam com o
trabalho os luminosos segredos da vida. Todavia, quantas amarguras
experimentaram os loucos que disputaram, até a morte para possuílas?
Valeivos de todas as ocasiões de serviço, como sagradas oportunidades na
marcha divina para Deus.
Valiosa é a escassez, porque traz a disciplina. Preciosa é a abundância,
porque multiplica as formas do bem. Uma e outra, contudo, perecerão algum dia. Na
esfera carnal, a glória e a miséria constituem molduras de temporária apresentação.
Ambas passam. Somente Jesus e a Lei Divina perseveram para nós outros, como
portas de vida e redenção.
TRANSITORIEDADE“Eles perecerão, mas tu permanecerás; e todos eles,
como roupa, envelhecerão.”Paulo (HEBREUS, 1: 11)Falanos o Eclesiastes das vaidades e da aflição dos homens, no torvelinho
das ambições desvairadas da Terra.
Desde os primeiros tempos da família humana, existem criaturas
confundidas nos falsos valores do mundo. Entretanto, bastaria meditar alguns
minutos na transitoriedade de tudo o que palpita no campo das formas para
compreenderse a soberania do espírito.
Consultai a pompa dos museus e a ruína das civilizações mortas. Com que
fim se levantaram tantos monumentos e arcos de triunfo? Tudo funcionou como
roupagem do pensamento. A idéia evoluiu, enriqueceuse o espírito e os envoltórios
antigos permanecem a distância.
As mãos calejadas na edificação das colunas brilhantes aprenderam com o
trabalho os luminosos segredos da vida. Todavia, quantas amarguras
experimentaram os loucos que disputaram, até a morte para possuílas?
Valeivos de todas as ocasiões de serviço, como sagradas oportunidades na
marcha divina para Deus.
Valiosa é a escassez, porque traz a disciplina. Preciosa é a abundância,
porque multiplica as formas do bem. Uma e outra, contudo, perecerão algum dia. Na
esfera carnal, a glória e a miséria constituem molduras de temporária apresentação.
Ambas passam. Somente Jesus e a Lei Divina perseveram para nós outros, como
portas de vida e redenção.
o maior vendedor do mundo parte 5
CincoHafid seguiu devagar, a cabeça caída para não mais notar a estrela
espalhando seu caminho de luz diante dele. Por que cometera um ato
tão tolo? Não conhecia aquelas pessoas na gruta. Por que não tentara
vender-lhes a túnica? O que diria Pathros? E os outros? Eles rolariam
no chão, quando soubessem que dera de graça a túnica que se incumbira
de vender. E para um menino desconhecido, numa gruta. Rebuscou na
cabeça uma história que pudesse contar a Pathros. Talvez pudesse dizer
que a túnica fora roubada de seu animal, enquanto estava no refeitório.
Creria Pathros em tal história? Afinal de contas, havia muitos bandidos
na terra. E se Pathros acreditasse, não seria, então, culpado de desleixo?
Logo alcançou o caminho que levava ao Jardim de Getsêmane.
Desmontou e encaminhou-se cansadamente à frente da mula, até chegar
à caravana. A luz do céu parecia a luz do dia, e o momento que temia
rapidamente se avizinhou, assim que viu seu amo Pathros, do lado de
fora da tenda, fitando os céus. Hafid permaneceu inerte, mas o ancião
notou-o quase imediatamente.
Havia pavor na voz de Pathros, quando se aproximou do jovem
e perguntou:
– Você veio diretamente de Belém?
– Sim, meu amo.
– Não está alarmado por essa estrela o acompanhar?
– Não notei, senhor.
– Não notou? Senti-me incapaz de sair deste lugar, logo que a vi
erguer-se sobre Belém, há quase duas horas. Nunca vi estrela com mais
cor e brilho. Logo que a vi, ela começou a mover-se e aproximar-se de
nossa caravana. Agora que está bem em cima, você aparece, e, pelos
deuses, ela não se move mais.
Pathros acercou-se de Hafid e examinou a face do jovem,
enquanto perguntava:
– Você participou de algum fato extraordinário lá em Belém?
– Não, senhor.
O ancião franziu a testa, como a pensar profundamente:
– Nunca conheci uma noite ou experiência tão grandiosa como
esta.
Hafid hesitou:
– Eu também jamais esquecerei esta noite, meu senhor.
– Oh, oh, então alguma coisa realmente aconteceu. Como é que
você voltou em hora tão tardia?
Hafid ficou em silêncio enquanto o ancião soltava, apalpando-o,
o embrulho do lombo da mula.
– Está vazio! Êxito, finalmente! Venha à minha tenda e conte-me
o que se passou. Já que os deuses transformaram a noite em dia, eu
não posso dormir, e talvez suas palavras forneçam alguma pista quanto
à razão de uma estrela seguir um guardador de camelos.
Pathros reclinou-se na cama e ouviu de olhos fechados a longa
história de Hafid em Belém, de infindáveis recusas, malogros e insultos.
Vez por outra, assentia com a cabeça, como quando Hafid descreveu o
mercador de cerâmica que o expulsara corporalmente de sua loja, e
sorriu ao ouvir que um soldado romano lhe atirara a túnica ao rosto
quando o jovem vendedor se recusara a baixar o preço.
Finalmente, Hafid, com a voz áspera e velada, descrevia as dúvidas
que o haviam assaltado na hospedaria, naquela mesma noite. Pathros
o interrompeu:
– Conte-me, Hafid, as dúvidas, uma por uma, o que lhe passou
pela cabeça quando se sentou lamentando a sorte.
Após Hafid nomeá-las todas, dando o melhor de sua memória, o
ancião perguntou:
– Agora, que pensamento finalmente entrou-lhe pela cabeça e
expulsou as dúvidas, dando-lhe nova coragem para se decidir a tentar
de novo vender a túnica no dia seguinte?
Hafid ponderou sua resposta por um momento e então disse:
– Eu pensei apenas na filha de Calneh. Mesmo naquela imunda
hospedaria, eu sabia que jamais poderia vê-la outra vez se fracassasse
– e então a voz de Hafid faltou. – Mas eu falhei a ela, de qualquer
forma.
– Falhou? Não entendo! Você não voltou com a túnica!
Em voz tão baixa que Pathros teve de se curvar à frente para
ouvir, Hafid contou-lhe o incidente da gruta, o menino, a túnica.
Enquanto o jovem falava, Pathros relanceava os olhos repetidamente
pela entrada aberta da tenda e pelo brilho além, que ainda iluminava o
chão do campo. Um sorriso ganhou forma em seu rosto perplexo e ele
não notou que o rapaz interrompera a história e soluçava.
Logo os soluços amainaram e houve apenas silêncio na grande
tenda. Hafid não ousava fitar o amo. Fracassara e provara que não estava
em condições de ser mais que um simples guardador de camelos.
Combateu a ânsia de virar-se, de um salto, e fugir da tenda. Sentiu,
então, a mão do grande vendedor no ombro e forçou-se a olhar o amo
nos olhos.
– Meu filho, esta viagem foi de muito lucro para você.
– Não, senhor.
– Para mim, foi. A estrela que o seguiu curou-me de uma cegueira
que ainda reluto em admitir. Explicar-lhe-ei isto depois que regressarmos
a Palmira. Agora, faço-lhe um pedido.
– Sim, meu amo.
– Nossos vendedores começarão a chegar à caravana amanhã
antes do pôr-do-sol e seus animais necessitarão de cuidado. Concorda
em reassumir as funções de guardador de camelos, por enquanto?
Hafid pôs-se de pé resignadamente e curvou-se ante seu benfeitor.
– O que o senhor quiser. Estarei às ordens... e lamento ter
fracassado ao senhor.
– Vá, então, e prepare o regresso de nossos homens; encontrarnos-emos em Palmira.
Assim que Hafid atravessou a entrada da tenda, a brilhante luz
do céu cegou-o momentaneamente. Esfregou os olhos e ouviu o seu
amo chamá-lo de dentro da tenda.
O jovem virou-se e voltou para dentro, esperando que o ancião
falasse. Então, Pathros apontou para ele e disse:
– Durma em paz, pois você não fracassou.
A estrela brilhante permaneceu no céu por toda a noite.
espalhando seu caminho de luz diante dele. Por que cometera um ato
tão tolo? Não conhecia aquelas pessoas na gruta. Por que não tentara
vender-lhes a túnica? O que diria Pathros? E os outros? Eles rolariam
no chão, quando soubessem que dera de graça a túnica que se incumbira
de vender. E para um menino desconhecido, numa gruta. Rebuscou na
cabeça uma história que pudesse contar a Pathros. Talvez pudesse dizer
que a túnica fora roubada de seu animal, enquanto estava no refeitório.
Creria Pathros em tal história? Afinal de contas, havia muitos bandidos
na terra. E se Pathros acreditasse, não seria, então, culpado de desleixo?
Logo alcançou o caminho que levava ao Jardim de Getsêmane.
Desmontou e encaminhou-se cansadamente à frente da mula, até chegar
à caravana. A luz do céu parecia a luz do dia, e o momento que temia
rapidamente se avizinhou, assim que viu seu amo Pathros, do lado de
fora da tenda, fitando os céus. Hafid permaneceu inerte, mas o ancião
notou-o quase imediatamente.
Havia pavor na voz de Pathros, quando se aproximou do jovem
e perguntou:
– Você veio diretamente de Belém?
– Sim, meu amo.
– Não está alarmado por essa estrela o acompanhar?
– Não notei, senhor.
– Não notou? Senti-me incapaz de sair deste lugar, logo que a vi
erguer-se sobre Belém, há quase duas horas. Nunca vi estrela com mais
cor e brilho. Logo que a vi, ela começou a mover-se e aproximar-se de
nossa caravana. Agora que está bem em cima, você aparece, e, pelos
deuses, ela não se move mais.
Pathros acercou-se de Hafid e examinou a face do jovem,
enquanto perguntava:
– Você participou de algum fato extraordinário lá em Belém?
– Não, senhor.
O ancião franziu a testa, como a pensar profundamente:
– Nunca conheci uma noite ou experiência tão grandiosa como
esta.
Hafid hesitou:
– Eu também jamais esquecerei esta noite, meu senhor.
– Oh, oh, então alguma coisa realmente aconteceu. Como é que
você voltou em hora tão tardia?
Hafid ficou em silêncio enquanto o ancião soltava, apalpando-o,
o embrulho do lombo da mula.
– Está vazio! Êxito, finalmente! Venha à minha tenda e conte-me
o que se passou. Já que os deuses transformaram a noite em dia, eu
não posso dormir, e talvez suas palavras forneçam alguma pista quanto
à razão de uma estrela seguir um guardador de camelos.
Pathros reclinou-se na cama e ouviu de olhos fechados a longa
história de Hafid em Belém, de infindáveis recusas, malogros e insultos.
Vez por outra, assentia com a cabeça, como quando Hafid descreveu o
mercador de cerâmica que o expulsara corporalmente de sua loja, e
sorriu ao ouvir que um soldado romano lhe atirara a túnica ao rosto
quando o jovem vendedor se recusara a baixar o preço.
Finalmente, Hafid, com a voz áspera e velada, descrevia as dúvidas
que o haviam assaltado na hospedaria, naquela mesma noite. Pathros
o interrompeu:
– Conte-me, Hafid, as dúvidas, uma por uma, o que lhe passou
pela cabeça quando se sentou lamentando a sorte.
Após Hafid nomeá-las todas, dando o melhor de sua memória, o
ancião perguntou:
– Agora, que pensamento finalmente entrou-lhe pela cabeça e
expulsou as dúvidas, dando-lhe nova coragem para se decidir a tentar
de novo vender a túnica no dia seguinte?
Hafid ponderou sua resposta por um momento e então disse:
– Eu pensei apenas na filha de Calneh. Mesmo naquela imunda
hospedaria, eu sabia que jamais poderia vê-la outra vez se fracassasse
– e então a voz de Hafid faltou. – Mas eu falhei a ela, de qualquer
forma.
– Falhou? Não entendo! Você não voltou com a túnica!
Em voz tão baixa que Pathros teve de se curvar à frente para
ouvir, Hafid contou-lhe o incidente da gruta, o menino, a túnica.
Enquanto o jovem falava, Pathros relanceava os olhos repetidamente
pela entrada aberta da tenda e pelo brilho além, que ainda iluminava o
chão do campo. Um sorriso ganhou forma em seu rosto perplexo e ele
não notou que o rapaz interrompera a história e soluçava.
Logo os soluços amainaram e houve apenas silêncio na grande
tenda. Hafid não ousava fitar o amo. Fracassara e provara que não estava
em condições de ser mais que um simples guardador de camelos.
Combateu a ânsia de virar-se, de um salto, e fugir da tenda. Sentiu,
então, a mão do grande vendedor no ombro e forçou-se a olhar o amo
nos olhos.
– Meu filho, esta viagem foi de muito lucro para você.
– Não, senhor.
– Para mim, foi. A estrela que o seguiu curou-me de uma cegueira
que ainda reluto em admitir. Explicar-lhe-ei isto depois que regressarmos
a Palmira. Agora, faço-lhe um pedido.
– Sim, meu amo.
– Nossos vendedores começarão a chegar à caravana amanhã
antes do pôr-do-sol e seus animais necessitarão de cuidado. Concorda
em reassumir as funções de guardador de camelos, por enquanto?
Hafid pôs-se de pé resignadamente e curvou-se ante seu benfeitor.
– O que o senhor quiser. Estarei às ordens... e lamento ter
fracassado ao senhor.
– Vá, então, e prepare o regresso de nossos homens; encontrarnos-emos em Palmira.
Assim que Hafid atravessou a entrada da tenda, a brilhante luz
do céu cegou-o momentaneamente. Esfregou os olhos e ouviu o seu
amo chamá-lo de dentro da tenda.
O jovem virou-se e voltou para dentro, esperando que o ancião
falasse. Então, Pathros apontou para ele e disse:
– Durma em paz, pois você não fracassou.
A estrela brilhante permaneceu no céu por toda a noite.
segunda-feira, 1 de janeiro de 2018
Seicho-No-Ie do Brasil - Mensagem Diária
Seicho-No-Ie do Brasil - Mensagem DiáriaQUEM PERSEVERA ATÉ O FIM, ALCANÇA A VITÓRIA. |
O maior vendedor do mundo parte 4
Hafid pôs de lado o pedaço de pão mordiscado e pensou em seu
infeliz destino. Amanhã seria seu quarto dia em Belém e a única túnica
vermelha que ele retirara tão confiante da caravana estava ainda no
embrulho no lombo do animal, agora amarrado numa estaca na gruta
atrás da hospedaria.
Ele não ouvia o barulho que o cercava no superlotado refeitório,
ao fazer careta, a refeição ainda por terminar. Dúvidas que assaltavam
todo vendedor, desde o começo dos tempos, passavam-lhe pela mente.
“Por que as pessoas não me dão ouvidos? Como atrair sua
atenção? Por que fecham suas portas antes mesmo que eu tenha dito
cinco palavras? Por que perdem o interesse pela minha conversa e se
afastam? Será todo mundo pobre nesta cidade? O que posso dizer
quando eles declaram que gostam da túnica mas não podem pagá-la?
Por que tantos me dizem para passar depois? Como os outros
conseguem vender, quando eu não consigo? Que medo é este que me
domina quando me aproximo de uma porta fechada e como posso
vencê-lo? Será que o meu preço não faz par com o dos outros vendedores?”
Balançou a cabeça, em desgosto pelo fracasso. Talvez não fosse
aquela a vida para ele. Talvez devesse continuar como guardador de
camelos e ganhar apenas moedas de cobre por dia de trabalho. Como
vendedor de mercadorias, ficaria verdadeiramente feliz se voltasse para
a caravana, sem lucro absolutamente nenhum? De que o chamara
Pathros? Um jovem soldado? Ele quis momentaneamente que estivesse
de volta aos animais.
Seus pensamentos voltaram-se, então, para Lisha e seu severo
pai, Calneh, e as dúvidas imediatamente o abandonaram. Aquela noite
ele dormiria de novo nas colinas para conservar suas economias e na
manhã seguinte venderia a túnica. Ademais, falaria com tal eloqüência
que conseguiria um bom preço por ela. Começaria cedo, logo após o
alvorecer, e se instalaria próximo à fonte da cidade. Dirigir-se-ia a todos
que se aproximassem e dentro de pouco tempo estaria retornando ao
Monte das Oliveiras com prata nos bolsos.
Estendeu a mão para pegar o resto de pão e se pôs a comer
enquanto pensava no amo. Pathros iria orgulhar-se dele, pois não
desesperara ou regressara como fracassado. Em verdade, quatro dias
era muito tempo para consumar a venda de apenas uma túnica, mas ele
sabia que se realizasse o feito em quatro dias poderia aprender com
Pathros a realizá-lo em três e, depois, em dois dias. Com o tempo,
tornar-se-ia tão eficiente que venderia muitas túnicas numa só hora!
Seria, então, verdadeiramente, um vendedor de reputação.
Deixou a barulhenta hospedaria e rumou para a gruta e seu animal.
O ar frio endurecera a grama com uma fina camada de geada e cada
folhinha queixava-se, estalando com a pressão de suas sandálias. Hafid
decidiu não sair para as colinas essa noite. Em vez disso, descansaria
na gruta com seu animal.
Amanhã, sabia, seria um dia melhor, visto entender agora por
que outros sempre se desviavam da aldeia empobrecida. Tinham dito
que nada se vendia ali e ele recordava essas palavras toda vez que alguém
recusava comprar sua túnica. Pathros, contudo, vendera centenas de
túnicas ali, muito tempo antes. Talvez os tempos tivessem sido diferentes
e, afinal de contas, Pathros era um grande vendedor.
Uma cintilante luz vinda da gruta fê-lo apertar os passos, temendo
algum ladrão. Ele correu para a entrada pronto a derrubar o bandido e
reaver seus bens. No entanto, a tensão imediatamente o abandonou à
vista do que confrontava.
Uma pequena vela, forçada numa fenda na parede da gruta,
brilhava fracamente sobre um homem barbado e uma jovem, achegados
intimamente. A seus pés, numa pedra esburacada, onde usualmente
ficava a forragem do gado, dormia um menino. Hafid conhecia pouco
de tais coisas, mas sentiu, pela pele enrugada e sangüínea, que o menino
era recém-nascido. Para proteger do frio o menino que dormia, ambos
os mantos, o do homem e o da mulher, cobriam-no todo, menos a
cabecinha.
O homem assentiu com a cabeça na direção de Hafid enquanto a
mulher aconchegava-se à criança, Ninguém falou. Então, a mulher
tremeu de frio e Hafid viu que o fino vestuário dela oferecia pouca
proteção contra a umidade da gruta. Hafid fitou novamente o menino.
Observou fascinado como sua boca pequena abria e fechava quase
num sorriso, e uma estranha sensação o assaltou. Por alguma razão
desconhecida, pensou em Lisha. A mulher tiritou novamente e seu
movimento súbito despertou Hafid do devaneio.
Após dolorosos momentos de indecisão, o suposto vendedor
encaminhou-se para seu animal. Cuidadosamente, desatou os nós, abriu
o embrulho e retirou a túnica. Desdobrou-a e correu a mão sobre o
tecido. A tintura vermelha reluziu com a luz da vela e ele pôde ver o
símbolo de Pathros e o de Tola, na parte de baixo. O círculo no quadrado
e a estrela. Quantas vezes erguera essa túnica nos braços cansados, nos
últimos três dias? Parecia-lhe que conhecia toda configuração e cada
uma de suas fibras. Era, realmente, uma túnica de qualidade. Com
cuidado, duraria uma existência.
Hafid fechou os olhos e suspirou. Depois, dirigiu-se com rapidez
à pequena família, ajoelhou na palha ao lado do menino e, gentilmente,
retirou o manto do pai e, depois, o da mãe. Devolveu cada um ao seu
dono. Ambos estavam chocados demais com a ousadia de Hafid para
reagirem. Então, Hafid abriu a preciosa túnica vermelha e, gentilmente,
agasalhou com ela a criança que dormia.
A umidade do beijo da jovem mãe ainda estava na face de Hafid
ao conduzir ele seu animal para fora da gruta. Diretamente acima dele
encontrava-se a mais brilhante estrela que Hafid jamais vira. Fitou-a,
até que seus olhos se encheram de lágrimas, e então puxou seu animal
pelo caminho que levava à estrada principal de volta a Jerusalém e à
caravana na montanha.
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