terça-feira, 9 de julho de 2024

Devoicional dia e noite dia 09/07

09 de Julho
Manhã "(…) não te esqueças de nenhum de seus
benefícios" (Sl 103:2) É uma agradável e produtiva
tarefa perceber a mão de Deus na vida dos antigos
santos, e observar Sua bondade em livrá-los, Sua
misericórdia em lhes perdoar, e Sua fidelidade em
manter Sua aliança com eles. Contudo, não seria
ainda mais interessante e produtivo para nós
percebermos a mão de Deus em nossas vidas?
Porventura não devemos olhar para nossa própria
história como sendo, pelo menos, tão repleta de
Deus, tão repleta de Sua bondade e verdade, como
prova de Sua fidelidade e veracidade, tal como na
vida de qualquer um dos santos que nos
precederam? Fazemos injustiça ao nosso Senhor
quando supomos que Ele operou todos os Seus atos
poderosos, e mostrou-Se forte para aqueles dos
tempos antigos, mas que, agora, não realiza milagres
ou revela Seu braço aos santos que estão sobre a
terra. Vamos rever nossas próprias vidas.
Certamente descobriremos vários acontecimentos
felizes que revigoram a nós mesmos e glorificam ao
nosso Deus. Já não recebeste livramentos? Já não
cruzaste algum rio suportado pela presença divina?
Já não andaste ileso pelo fogo? Não tiveste qualquer
manifestação? Não tiveste algum especial favor?
Porventura o Deus que concedeu o desejo do
coração de Salomão nunca ouviu e respondeu teus
pedidos? Aquele Deus de prodigiosa bondade, da
qual Davi cantou: "Que farta a tua boca de bens" (Sl
103:5), nunca lhe saciou com gordura? Nunca foste
deitado em verdes pastos? Nunca foste guiado por
águas tranquilas (Sl 23:2)? Certamente a bondade de
Deus tem sido a mesma para nós como foi para os
santos de antigamente. Vamos, então, narrar Suas
misericórdias em uma canção. Tomemos o ouro
puro da gratidão, e as jóias do louvor, e façamos
outra coroa para a cabeça de Jesus. Que as nossas
almas propaguem um louvor tão doce e revigorante
como aquele que veio da harpa de Davi quando
louvarmos ao Senhor, cuja misericórdia dura para
sempre.


Noite "(…) e fez Deus separação entre a luz e as
trevas" (Gn 1:4) Um crente tem duas leis que
trabalham dentro dele. Em seu estado natural, ele
estava sujeito a uma única lei, que era a lei das
trevas, mas, agora que entrou a luz, duas leis
discordam entre si. Veja as palavras do apóstolo
Paulo no sétimo capítulo da carta aos Romanos:
"Acho então esta lei em mim, que, quando quero
fazer o bem, o mal está comigo. Porque, segundo o
homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas
vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra
a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da
lei do pecado que está nos meus membros" (Rm
7:21-23). Como isso aconteceu? "Fez Deus
separação entre a luz e as trevas". A escuridão, por
si só, é calma e imperturbável, mas quando o
Senhor envia a luz, acontece um conflito, pois uma
está em oposição a outra; um conflito que nunca irá
cessar até que o crente seja completamente luz no
Senhor (Ef 5:8). Se há uma divisão dentro de cada
cristão, é certo também que há uma divisão fora.
Logo que o Senhor dá luz ao homem, ele começa a
se separar da escuridão ao seu redor; ele se separa
de uma simples religião mundana com cerimoniais
exteriores, pois agora, nada menos que o evangelho
de Cristo irá satisfazê-lo; por isso, retira-se da
sociedade mundana e dos frívolos divertimentos,
buscando a companhia dos santos, pois "nós
sabemos que passamos da morte para a vida, porque
amamos os irmãos" (1Jo 3:14). A luz se atrai para si
mesma, e as trevas se atraem para si mesma. O que
Deus dividiu não tentemos unir; tal como Cristo foi
para fora do arraial levando Seu opróbrio (Hb
13:12), vamos também sair do impuro e ser um
povo particular. Ele foi santo, inocente, imaculado,
separado dos pecadores; tal como Ele foi, nós
também devemos ser, não conformados com este
mundo (Rm 12:2), dissidentes de todo pecado, e
distintos do resto da humanidade pela nossa
semelhança com nosso Mestre.

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