Céu, Terra, Água – o Eterno, o Pai e a Mãe

Céu, Terra, Água – o Eterno, o Pai e a Mãe
Zohar Pinchas
18 – “Três artesãos: o céu, a terra e a água”
Sinopse:
Rabi Aba diz que uma pessoa é feita pela parceria entre seu pai, sua mãe e o Eterno. Ele então se refere aos três artesãos feitos pelo Eterno – o céu, a terra e a água – com os quais Ele criou o mundo.  Quando esses três terminaram, o Eterno ordenou que criassem o corpo do homem, e Ele criou a alma. Quando uma pessoa se alegra, está se alegrando com seus pais, embora já possam ter passado para o Mundo que Virá, e também se alegra com o Eterno.
Importância dessa passagem:
A água é o sangue da vida para o homem e seu planeta. Nascemos na água no interior do ventre de nossa mãe, e é nossa substância primária, compondo cerca de 65% de nosso corpo. O poder de purificação e de cura da água flui para nós e lava as manchas em nossas almas, e as sementes de todas as doenças.
As influências dos cuidados de nosso pai, mãe e do Criador nos enchem de bem estar, e com a energia primordial da Criação. A força da vida em nosso interior se intensifica.
121 – Uma explicação alternativa de “eles que o fizeram”, desde que o homem foi feito em parceria entre o homem, sua esposa e o Santo Bendito Seja. E sobre o segredo está escrito ‘Vamos criar o homem” (Gênesis 1:26), “nós” implicando numa parceria entre o Santo Bendito Seja, o pai e a mãe. Pois aprendemos que o Santo Bendito Seja produziu três artesãos com os quais criaria o mundo: o céu, a terra e a água...
122 – No primeiro dia o céu produziu sua arte, conforme está escrito: “E Elohim disse: ‘Seja Luz’, e foi Luz.” (Gênesis 1:3). No segundo dia a água produziu sua arte, conforme está escrito: “E Elohim disse Que haja um firmamento no meio das águas...” (Gênesis 6), quando metade das águas ascenderam às alturas e metade permaneceu embaixo; e se as águas não tivessem sido divididas não haveria mundo. No terceiro dia a terra fez conforme foi ordenado, como está escrito: ‘produza a terra ervagem... e produziu a terra ervagem (Gênesis 1-12).
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Aqui temos exposto o nosso agradecimento primordial: agradecer a Vida. Ganhamos os presente de poder encarnar no mundo físico para realizar nossa correção. Por esse motivo, encontramos o mandamento sobre “respeitar pai e mãe”, que na verdade se refere tanto ao pai e mãe Divinos (as sefirot Chochmá-Sabedoria-Pai Divino e Biná-Entendimento-Mãe Divina), equilibrando-os, quanto ao nossos pais físicos, que juntamente com o Divino nos possibilitaram o milagre de estar vivos.
Os cabalistas ensinam: por mais que nosso relacionamento com pai e mãe não seja perfeito (e mesmo que nem os encontremos), é nosso dever agradecer aos nossos pais físicos, que aceitaram perante o divino trazer nossa alma ao mundo físico, ao milagre de sentir as sensações da Criação expressas em cada detalhe do mundo que nos cerca.
Para tanto, basta erguer o rosto, sentir o calor do sol na pele e agradecer aos que nos possibilitaram estar presentes no mundo físico, aqui e agora.