sábado, 6 de julho de 2024

Devocional dia e noite dia 06/07

06 de Julho
Manhã "Mas o que me der ouvidos habitará em
segurança, e estará livre do temor do mal" (Pv 1:33)
O amor divino é evidentemente sentido quando ele
brilha em meio às provações. Justa é aquela estrela
solitária que sorri através das fendas das nuvens
trovejantes; brilhante é o oásis que floresce no
deserto de areia; tão justo e tão brilhante é o amor
em meio à ira. Quando os israelitas provocaram o
Altíssimo por sua contínua idolatria, Ele os puniu
retendo tanto o orvalho como a chuva, de modo que
a terra foi visitada por uma dolorosa fome; mas,
enquanto fazia isso, o Senhor teve o cuidado para
que os Seus eleitos estivessem seguros. Se todos os
outros riachos estivessem secos, ainda haveria um
reservado para Elias; e quando esse riacho falhou,
Deus guardou para Elias um lugar de sustento; ou
melhor, não apenas uma pessoa; o Senhor não tinha
simplesmente um "Elias", mas um remanescente,
segundo a eleição da graça, que foi escondido em
grupos de cinquenta em uma caverna, e, embora
toda a terra estivesse sujeita à fome, estes cinquenta
na caverna foram alimentados, e alimentados pela
mesa de Acabe, como também pelo Seu fiel e
temente mordomo Obadias (1Rs 18:4). Vamos
extrair dessa inferência que, aconteça o que
acontecer, o povo de Deus está seguro. Que as
convulsões abalem a terra, que o céu seja rasgado
em dois, pois em meio aos destroços do mundo, o
crente estará tão seguro como na hora mais tranquila
de descanso. Se Deus não salvar Seu povo debaixo
do céu, Ele irá salvá-los no céu. Se o mundo se
tornar muito quente para mantê-los, então, o céu é o
lugar da recepção e segurança deles. Sede vós,
portanto, confiantes quando vos falarem de guerras
e rumores de guerra (Mt 24:6). Que nenhuma
aflição o angustie, mas fique tranquilo quanto ao
temor do mal. Tudo aquilo que vier sobre a terra,
você, debaixo das largas asas do Senhor, estará
seguro. Permaneça sob a Sua promessa; descanse
em Sua fidelidade, e lance o desafio para o futuro
mais sombrio, pois não há nada terrível nele para
você. Sua única preocupação deve ser a de
manifestar ao mundo a bem-aventurança de se dar
ouvidos à voz da sabedoria.


Noite "Quantas culpas e pecados tenho eu? (…)"
(Jó 13:23)
Alguma vez você já pesou e considerou quão grande
é o pecado do povo de Deus? Pense quão hedionda
é sua própria transgressão e você descobrirá que não
é apenas um pecado aqui e ali, elevando-se como o
pico das montanhas, mas que as nossas iniquidades
estão amontoadas umas sobre as outras, tal como na
antiga fábula dos gigantes que empilharam o Monte
Pelion sobre o Monte Ossa, montanha sobre
montanha. Que amontoado de pecados há mesmo
na vida do mais santificado filho de Deus! Tente
multiplicar isso, quer dizer, o pecado de um só, pela
multidão dos remidos, "a qual ninguém podia
contar" (Ap 7:11), e você terá alguma noção da
grande quantidade de culpa das pessoas pelas quais
Jesus derramou Seu sangue. Contudo, chegamos a
uma ideia mais adequada da magnitude do pecado
por meio da grandeza do remédio fornecido. É o
sangue de Jesus Cristo, unigênito e bem-amado
Filho de Deus. O Filho de Deus! Anjos lançam suas
coroas diante dEle! Todas as sinfonias celestiais
cercam Seu glorioso trono. "Deus bendito
eternamente. Amém" (Rm 9:5). E, no entanto, Ele
toma sobre Si a forma de servo; é flagelado,
perfurado, machucado e rasgado, e, finalmente,
morto, uma vez que nada senão o sangue do Filho
de Deus encarnado poderia fazer a expiação pelos
nossos pecados. Nenhuma mente humana pode
estimar de forma adequada o valor infinito do
sacrifício divino, pois grande como é o pecado do
povo de Deus, a expiação que o remove é
incomensuravelmente maior. Então, mesmo quando
o pecado se revolve como uma sombria inundação,
e a lembrança do passado é amarga, o crente ainda
pode ficar diante do resplandecente trono do grande
e santo Deus, e clamar: "Quem é que condena? Pois
é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou
dentre os mortos" (Rm 8:34). Enquanto a lembrança
de seu pecado o enche de vergonha e tristeza,
Cristo, ao mesmo tempo, faz com que ele seja uma
folha de prata para refletir o brilho da misericórdia;
a culpa é a noite escura em que a justa estrela do
amor divino brilha com sereno esplendor.
Os Montes Pelion e Ossa estão localizados na
Grécia. Segundo a mitologia grega, quando os
gigantes Otus e Efialtes tentaram invadir o Olimpus,
eles empilharam o Monte Pelion sobre o Monte
Ossa. (N.T.)

Nenhum comentário:

Postar um comentário