sexta-feira, 5 de julho de 2024

Devocional dia e noite dia 05/07

05 de Julho
Manhã
"(…) chamados [a ser] santos (…)" (Rm 1:7)
Somos muito inclinados a olhar os santos apóstolos
como se fossem "santos" de uma forma mais
especial do que os demais filhos de Deus. Todos a
quem Deus chamou pela Sua graça são "santos", e
santificados pelo Seu Espírito; porém, somos
inclinados a olhar para os apóstolos como seres
extraordinários, pouco sujeitos as mesmas fraquezas
e tentações que nós somos. No entanto, ao fazê-lo,
esquecemos esta verdade: quanto mais perto um
homem vive de Deus, mais intensamente ele lamenta
seu maligno coração; e quanto mais seu Mestre o
honra em Seu serviço, mais o mal na carne o
aborrece e o provoca dia a dia. O fato é que se
tivéssemos visto o apóstolo Paulo, nós o acharíamos
muito parecido com o resto da família escolhida; se
tivéssemos falado com ele, poderíamos dizer: "Nós
percebemos que a sua experiência e as nossas são
muito parecidas. Ele é mais fiel, mais santo e
profundamente mais instruído do que nós somos,
porém ele tem as mesmas provações a suportar.
Não; em alguns aspectos, ele é mais duramente
provado do que nós". Então, não olhe para os
antigos santos como pessoas isentas tanto de
fraquezas como de pecados; não os considere com
essa mística reverência que quase faz de nós
idólatras. A santidade deles é atingível mesmo por
nós. Somos "chamados a ser santos" por aquela
mesma voz que os constrangeu à alta vocação deles.
É dever de um cristão forçar seu caminho para o
círculo interno da santidade, e se esses santos foram
superiores a nós em suas realizações, como
certamente o foram, vamos segui-los; vamos imitar
o seu ardor e santidade. Temos a mesma luz que
eles tinham; a mesma graça é acessível a nós; por
que deveremos ficar satisfeitos antes que os
tenhamos igualado em celestial caráter? Eles viveram
com Jesus, eles viveram por Jesus, pois eles
cresceram como Jesus. Vivamos pelo mesmo
Espírito, como eles fizeram, "olhando para Jesus", e
a nossa santidade em breve será aparente.
O texto de Romanos 1:7, citado no início deste
devocional, foi adaptado à tradução da Bíblia inglesa
versão King James de 1611 (ou Authorized
Version), utilizada por C. H. Spurgeon. (N.T.)


Noite "Confiai no Senhor perpetuamente; porque o
Senhor Deus é uma rocha eterna" (Is 26:4)
Vendo que temos um Deus assim para confiar,
vamos descansar sobre Ele com todo o nosso peso;
vamos afastar resolutamente toda incredulidade, e
nos empenhar para abolir as dúvidas e medos que
tanto estragam nosso conforto, pois não há desculpa
para o medo onde Deus é o fundamento da nossa
confiança. Um pai amoroso ficaria dolorosamente
triste se o seu filho não pudesse confiar nele; quão
mesquinha e cruel é nossa conduta quando
colocamos tão pouca confiança em nosso Pai
celestial, que nunca nos falhou e que nunca irá nos
falhar. Seria bom se as dúvidas fossem banidas da
família de Deus, mas é de se temer que o antigo
Descrente é tão ágil nos dias de hoje como quando o
salmista perguntou: "Cessou para sempre a sua
benignidade? Acabou-se já a promessa de geração
em geração?" (Sl 77:8). Davi não havia feito um
longo julgamento sobre a poderosa espada do
gigante Golias, e, mesmo assim, disse: "Não há
outra semelhante" (1Sm 21:9). Ele já a havia
experimentado uma vez no momento de sua
vigorosa vitória, e provado ser de metal valoroso;
por isso, ele a elogiou posteriormente; do mesmo
modo, devemos falar bem do nosso Deus, pois não
há outro semelhante a Ele em cima no céu ou
embaixo na Terra; "a quem, pois, me fareis
semelhante, para que eu lhe seja igual? diz o Santo"
(Is 40:25). Não há qualquer rocha semelhante a
rocha de Jacó; nossos próprios inimigos reconhecem
isso. Longe de nós permitir que dúvidas vivam em
nossos corações; levemos toda essa detestável horda,
tal como fez Elias com os profetas de Baal (1Rs
18:40), e as aniquilemos sobre o ribeiro, escolhendo
a sagrada torrente que flui do lado ferido de nosso
Salvador para destruí-las. Temos estado em muitas
provações, porém nunca fomos lançados onde não
pudéssemos encontrar em nosso Deus tudo aquilo
que precisávamos. Vamos, então, ser encorajados a
confiar no Senhor para sempre, assegurados na
certeza de que Sua eterna e sempiterna força será,
como tem sido, o nosso socorro e ajuda.

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