quinta-feira, 4 de julho de 2024

Devocional dia e noite dia 04/07

04 de Julho
Manhã "Santifica-os na tua verdade (…)" (Jo 17:17)
A santificação começa na regeneração. O Espírito de
Deus infunde no homem aquele princípio de vida
nova pela qual ele se torna "uma nova criatura" em
Cristo Jesus (2Co 5:17). Essa obra, que começa
com o novo nascimento, é realizada de duas
maneiras: mortificação, onde os desejos da carne
são subjugados e dominados, e vivificação, pela qual
a vida que Deus colocou dentro de nós é feita para
ser uma fonte de água que salte para a vida eterna
(Jo 4:14). Isso é realizado todos os dias naquilo que
é chamado de "perseverança", onde o cristão é
preservado e mantido em um estado de graça, e feito
para abundar em boas obras para o louvor e glória
de Deus, culminando, ou chegando à perfeição, na
"glória", onde a alma, sendo completamente
purgada, é arrebatada para habitar com os santos, à
mão direita da Majestade no céu. Mas, enquanto o
Espírito de Deus é o autor da santificação, há ainda
uma atividade visível que é realizada e que não deve
ser esquecida: "Santifica-os", disse Jesus, "na tua
verdade, a tua palavra é a verdade". As passagens da
Escritura que comprovam que o instrumento da
nossa santificação é a Palavra de Deus são muitas. O
Espírito de Deus traz à mente os preceitos e
doutrinas da verdade, e os aplica com poder. Elas
são ouvidas pelo ouvido e recebidas no coração, e
trabalham em nós o querer e o efetuar a boa vontade
de Deus (Fp 2:13). A verdade é a santificadora, e se
nós não ouvirmos ou lermos a verdade, não
cresceremos em santificação. Nós somente
progredimos no chamado da vivificação conforme
progredimos no chamado da compreensão.
"Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para
o meu caminho" (Sl 119:105). Não diga de algum
erro: "É uma mera questão de opinião". Nenhum
homem cede a um erro de julgamento sem, cedo ou
tarde, tolerar um erro de prática. Segure firme a
verdade, pois assim você será santificado pelo
Espírito de Deus.


Noite
"Aquele que é limpo de mãos e puro de coração
(…)" (Sl 24:4)
A prática exterior da santidade é uma marca muita
preciosa da graça. É de se recear que muitos
professores perverteram a doutrina da justificação
pela fé, de modo a tratarem as boas obras com
desprezo; se assim for, eles receberão desprezo
eterno no último grande dia. Se as nossas mãos não
estão limpas, vamos lavá-las no precioso sangue de
Jesus e, então, levantar mãos puras para Deus.
Contudo, "mãos limpas" não é suficiente, a menos
que estejam ligadas a "um coração puro". A
verdadeira religião é obra do coração. Podemos
lavar o exterior do copo e do prato tanto quanto
quisermos, mas se as partes internas forem imundas,
estaremos completamente imundos aos olhos de
Deus, pois nossos corações são verdadeiramente nós
mesmos, mais do que são as nossas mãos; a
verdadeira vida de nosso ser está na natureza interna
e, portanto, há uma imperiosa necessidade de pureza
interior. Os puros de coração verão a Deus (Mt 5:8),
todos os outros são apenas morcegos cegos.
O homem que é nascido do céu "não entrega a sua
alma à vaidade" (Sl 24:4). Todos os homens têm
alegrias pelas quais suas almas são elevadas; os
mundanos elevam suas almas em prazeres carnais,
que são meras vaidades vazias, porém os santos têm
mais amor pelas coisas substanciais; tal como
Jeosafá, ele é elevado nos caminhos do Senhor.
Aquele que se contenta com cascas será contado
entre os porcos. Porventura o mundo satisfará a ti?
Então, tens a tua porção e recompensa nesta vida;
faça muito dela, pois tu não conheces outra alegria.
"Nem jura enganosamente". Os santos também são
homens de honra. A palavra do homem cristão é o
seu único juramento, porém é melhor do que vinte
juramentos de outros homens. Falar enganosamente
impedirá a entrada de qualquer homem ao céu, pois
um mentiroso não entra na casa Deus, qualquer que
seja sua profissão de fé ou ações. Leitor, acaso o
texto diante de nós condena a ti, ou esperas subir ao
monte do Senhor?

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