quarta-feira, 3 de julho de 2024

Devocional dia e noite dia 03/07

03 de Julho
Manhã "E as vacas feias à vista e magras de carne,
comiam as sete vacas formosas à vista e gordas
(…)" (Gn 41:4)
O sonho do Faraó tem sido muitas vezes a minha
experiência de vigília. Meus dias de preguiça têm
destruído devastadoramente tudo o que eu tinha
conseguido em tempos de aplicado zelo; minhas
temporadas de frio congelaram todo o alegre brilho
dos meus períodos de fervor e entusiasmo; os meus
acessos de mundanismo têm me trazido de volta dos
meus avanços na vida divina. Eu preciso tomar
cuidado com orações pobres, louvores pobres,
obrigações pobres, e experiências pobres, pois eles
comerão a gordura do meu conforto e paz. Se eu
negligenciar a oração por não mais que um curto
período, perco toda a espiritualidade que tinha
alcançado; se eu não extrair suprimentos frescos do
céu, o milho velho no meu celeiro logo é consumido
pela fome que grassa em minha alma. Quando os
pulgões da indiferença, as locustas do mundanismo
e as lagartas da auto-indulgência se colocam em meu
coração completamente desolado, e fazem minha
alma definhar, toda a minha antiga fecundidade e
crescimento na graça me aproveitam de
absolutamente nada. Quão ansioso deveria eu estar
para não ter qualquer dia de carnes magras e feias!
Se todos os dias eu caminhar em direção à meta dos
meus desejos, logo irei alcançá-los, mas desviar irá
me deixar longe do prêmio da minha vocação, e
roubará os avanços que eu tão laboriosamente
realizei. A única maneira pela qual todos os meus
dias podem ser como "vacas gordas" é alimentá-los
no justo prado, passando os dias com o Senhor, em
Seu serviço, em Sua companhia, em Seu temor, e
em Seu caminho. Por que cada ano não deveria ser
mais rico em amor, em utilidade e em alegria do que
os que já foram? pois estou ficando mais perto dos
montes celestiais, tenho mais experiências do meu
Senhor e, então, deveria ser mais parecido com Ele.
Ó Senhor, mantenha longe de mim a maldição da
magreza da alma; não me deixe ter de chorar:
"Emagreço, emagreço, ai de mim!" (Is 24:16), mas
que eu seja bem alimentado e nutrido em Tua casa,
para que possa louvar o Teu nome.


Noite "Se sofrermos, também com ele reinaremos
(…)" (2Tm 2:12) Não devemos imaginar que
estamos sofrendo por Cristo, e com Cristo, se nós
não estivermos em Cristo. Amado amigo, está você
confiando apenas em Jesus? Se não, o que quer que
você sofra sobre a terra, você não está "sofrendo
com Cristo", e não possui qualquer expectativa de
reinar com Ele no céu. Também não devemos
concluir que todos os sofrimentos de um cristão são
sofrimentos com Cristo, pois é essencial que aquele
que foi chamado por Deus sofra. Se formos
precipitados e imprudentes, e corrermos para
posições as quais nem a providência nem a graça
nos colocou, teremos de questionar se não estamos
pecando em vez de ter comunhão com Jesus. Se
deixarmos a paixão tomar o lugar do julgamento, ou
a obstinação reinar em vez da autoridade bíblica,
lutaremos as batalhas do Senhor com as armas do
diabo, e, portanto, não devemos ficar surpresos se
cortamos nossos próprios dedos. Assim, nos
problemas que vêm sobre nós como resultado do
pecado, não devemos imaginar que estamos
sofrendo com Cristo. Quando Miriã falou mal de
Moisés, e a lepra a tornou imunda (Nm 12:10), ela
não estava sofrendo por Deus. Além disso, o
sofrimento que Deus aceita deve ter a glória de Deus
como seu fim. Se eu sofrer para que eu possa
ganhar um nome ou aplausos, não conseguirei
qualquer outra recompensa além daquela do fariseu.
É necessário também que o amor de Jesus e o amor
aos Seus eleitos sejam sempre a mola mestra de toda
a nossa paciência. Devemos manifestar o Espírito de
Cristo em mansidão, gentileza e perdão. Vamos
pesquisar e ver se realmente sofremos com Jesus.
Então, se sofremos, que é a nossa "leve tribulação"
(2Co 4:17) comparado a reinar com Ele? Oh, é
muito abençoado estar na fornalha com Cristo, e
uma honra estar no pelourinho com Ele, pois ainda
que não houvesse uma recompensa futura,
poderíamos nos considerar felizes com a honra
presente; mas, quando a recompensa é de tal modo
eterna, infinitamente maior do que tínhamos
qualquer direito de esperar, não tomaremos a cruz
com entusiasmo e continuaremos nosso caminho
regozijando?

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