ZOHAR – Tazria – “A Praga da Lepra”

ZOHAR – Tazria – “A Praga da Lepra”
88. “Quando a praga da lepra está sobre um homem, ele é levado ao sacerdote.” (Vaicrá 13:9). Disse rabi Yosi, e os amigos comentaram sobre todas as cores da praga. O sacerdote sabia pronunciar pureza ou impureza segundo elas. Para saber se são sofrimentos do amor ou aqueles sobre a pessoa quando o Mestre o rejeita e permanece afastado dele. Pois de acordo com os caminhos do homem, a praga é infligida ao mundo.
Contam que no Templo Sagrado, existia um espelho que refletia não apenas a pessoa física mas também a espiritualidade de alguém podia ser vista. Em nossos dias, já que o Templo Sagrado (físico) não existe, cada um de nós é um espelho para todos os outros. O que vemos nos outros é o que realmente acontece em nosso interior.
Lepra - Maledicência
A palavra lepra, citada na porção Tazria, está ligada à “má palavra” em hebraico, e isso se relaciona não apenas com o que falamos, mas também ao que não falamos. Para não sofrer os efeitos da lepra espiritual, precisamos aprender a escutar. Se algo negativo está instalado em nosso coração, o mal já está feito, quer falemos ou não.
Quando fica a nosso cargo decidir se estamos ou não em negatividade, nossa natureza sempre decide a nosso favor, pois sempre enxergamos o que está errado com os outros, não conosco. Somos espelhos um para os outros: enxergamos refletido nos outros os defeitos que temos de lidar em nós mesmos.
Os cabalistas ensinam que todos os males físicos derivam de um problema espiritual em nosso relacionamento com o próximo.
Por exemplo, se estivermos num estado emocional negativo, isso pode se manifestar como problemas de cabeça. A inflamação da pele pode ser causada por um ego inflado; doenças no rosto podem ser causadas por nossos olhares de inveja ou vingança para os outros. Problemas na boca surgem quando nos entregamos à maledicência e aos mexericos. Queimaduras na pele podem se relacionar à raiva que arde em nós.
Por isso, quando há uma manifestação física de desequilíbrio, sempre temos de pensar o que fizemos de errado espiritualmente.