sexta-feira, 19 de abril de 2024

Devocional dia e noite dia 19/04

19 de Abril
Manhã "E eis que o véu do templo se rasgou em
dois, de alto a baixo (…)" (Mt 27:51) Nenhum
milagre significativo foi operado no rasgar de tão
forte e espesso véu, porém isso significou mais que
uma demonstração de poder. Muitas lições estão
ensinadas aqui. A antiga lei de ordenanças foi
afastada; tal como uma vestimenta desgastada, foi
rasgada e posta de lado. Quando Jesus morreu, os
sacrifícios foram todos concluídos, pois tudo foi
cumprido nEle; assim, o lugar de seu oferecimento
foi marcado com um símbolo de decadência. O
rasgar também revelou todas as coisas escondidas na
antiga dispensação; o propiciatório pôde agora ser
visto, e a glória de Deus brilhou acima dele. Pela
morte de nosso Senhor Jesus, temos uma clara
revelação de Deus, pois Ele não foi "como Moisés,
que punha um véu sobre a sua face" (2Co 3:13).
Vida e imortalidade foram agora trazidas à luz, e as
coisas que estavam ocultas desde a fundação do
mundo estão manifestadas nEle (Cl 1:26). A
cerimônia anual de expiação foi abolida. O sangue
expiatório, que era aspergido no interior do véu a
cada ano, foi oferecido de uma vez por todas pelo
grande Sumo Sacerdote e, por isso, o lugar do rito
simbólico foi rasgado. Nenhum sangue de bezerros
ou de cordeiros é agora necessário, pois Jesus
adentrou ao véu com Seu próprio sangue. Daí o
acesso a Deus estar agora permitido, e é privilégio
de todos os crentes em Cristo Jesus. Há não apenas
um pequeno espaço aberto através do qual podemos
espiar o propiciatório, mas o rasgo se estendeu de
alto a baixo. Podemos chegar com ousadia ao trono
da graça celestial (Hb 4:16). Porventura erraremos
se dissermos que o acesso ao Santo dos Santos, por
meio dessa maravilhosa forma, pelo clamor com
grande voz de nosso Senhor (Mt 27:50), foi o
símbolo da abertura dos portões do paraíso a todos
os santos em virtude da Paixão? Nosso
ensanguentado Senhor tem a chave do céu; Ele abre
e ninguém fecha (Ap 3:7); vamos entrar com Jesus
nos lugares celestiais e lá nos assentar com Ele até
que nossos inimigos comuns sejam feitos escabelo
de Seus pés (Sl 110:1).


Noite
"(…) Isto diz o Amém (…)" (Ap 3:14)
A palavra amém confirma solenemente aquilo que a
precedeu. Jesus é o grande Confirmador; imutável,
Ele é, para sempre, o "Amém" em todas as Suas
promessas. Pecador, eu gostaria de lhe confortar
com essa reflexão. Jesus Cristo disse: "Vinde a mim,
todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos
aliviarei" (Mt 11:28). Se você vier a Jesus, Ele dirá
"Amém" em sua alma, e Sua promessa lhe será
verdadeira. Ele também disse, nos dias de Sua
carne, que "não esmagará a cana quebrada" (Mt
12:20). Ó pobre coração quebrado e machucado, se
vieres a Jesus, Ele dirá "Amém" a ti, e isso será
verdade em tua alma, assim como foi em centenas
de casos em tempos passados. Cristão, porventura
não é isto muito reconfortante para ti, o fato de não
haver sequer uma palavra que saiu dos lábios do
Salvador que Ele tenha alguma vez cancelado? As
palavras de Jesus subsistirão enquanto céu e terra
passarão (Mt 24:35). Se tiveres segurado ainda que
metade de uma promessa, tu a acharás verdadeira.
Cuidado com aquele que é chamado de "Furador de
Promessas", que muito destruirá o conforto da
palavra de Deus.
Jesus é o "Sim" e o "Amém" (Ap 1:7) em todos os
Seus ofícios. Em outros tempos, Ele foi Sacerdote
para perdoar e purificar, e Ele continua a ser o
Amém como Sacerdote. Ele foi um Rei para
governar e reinar por Seu povo, e para defendê-los
com Seu braço poderoso; Ele continua a ser o Rei
Amém do mesmo modo. Ele foi Profeta de
antigamente, predizendo as boas coisas que viriam;
Ele continua a ser Profeta Amém, e Seus lábios
ainda são os mais doces e gotejam mel. Ele é Amém
quanto ao mérito do Seu sangue; Ele é Amém
quanto a Sua retidão. Esse manto sagrado
permanecerá justo e glorioso quando a natureza
decair. Ele é Amém em cada um dos títulos que
possui; como Seu Marido, nunca procurará
divórcio; como Seu Amigo, O que se apega mais
que um irmão (Pv 18:24); como Seu Pastor, com
você no vale da sombra da morte (Sl 23:4); como
seu Ajudador e Libertador, o seu Castelo e seu Alto
Refúgio (Sl 18:2); o Chifre de sua força (Sl 92:10),
sua confiança, sua alegria, seu tudo em tudo, o seu
“Sim” e “Amém” em tudo.
"Furador de Promessas" é um personagem do livro
"A Guerra Santa", escrito pelo pregador John
Bunyan (1628 - 1688), publicado na Inglaterra, em
1682. (N.T.)

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