10 de dezembro
Manhã
"(…) e assim estaremos sempre com o Senhor" (1Ts
4:16)
Como são breves mesmo aquelas visitas mais doces
de Cristo! Como são transitórias! Em um momento
nossos olhos O veem, e nos regozijamos com alegria
indescritível e completa glória, porém rapidamente
já não O vemos mais, pois nosso amado retira-Se de
nós. Como o gamo ou o jovem cervo, Ele salta por
sobre as montanhas. Ele se foi para a terra das
especiarias, e não Se alimenta mais entre os lírios.
"Se, hoje, Ele consente em nos abençoar,
Com o sentimento de pecado perdoado,
Ele, amanhã, pode nos afligir,
Fazendo-nos sentir o flagelo interior".
Oh, quão doce é a esperança por aquele dia em que
não iremos contemplá-Lo à distância, mas O
veremos face a face; quando não seremos como o
andarilho que tarda durante a noite, mas estaremos
eternamente abraçados no seio glorioso do nosso
Senhor. Não O veremos apenas por um breve
período, mas…
"Milhões de anos nossos olhos encantados,
Acompanharão o maravilhoso andar de nosso
Salvador;
E por miríades de eras nós iremos adorar,
As maravilhas do Seu amor".
No céu não haverá interrupções com ansiedades ou
pecados. Nenhuma lágrima ofuscará nossos olhos,
nenhum negócio terreno distrairá nossos felizes
pensamentos, não teremos coisa alguma a nos
impedir de olhar eternamente para o Sol da Justiça
com olhos incansáveis. Oh, se é tão doce vê-Lo de
vez em quando, quão doce será olhar esse
abençoado rosto para sempre, sem que haja sequer
uma única nuvem a atrapalhar, e sem nunca precisar
virar os olhos e ver um mundo de cansaço e aflição!
Dia bem-aventurado, quando irás alvorecer?
Levanta-te, ó sol inacabado! As alegrias dos sentidos
podem nos deixar tão logo desejarem, pois haverá
uma gloriosa compensação. Se morrer não é outra
coisa senão entrar em comunhão ininterrupta com
Jesus, então, a morte é, de fato, um ganho (Fp
1:21), e uma gota escura engolida no oceano da
vitória.
Noite "(…) e o Senhor lhe abriu o coração (…)" (At
16:14) Na conversão de Lidia há muitos pontos
interessantes. Ela aconteceu por circunstâncias
providenciais. Lidia era vendedora de púrpura, da
cidade de Tiatira, mas apenas no momento certo
para ouvir Paulo é que iremos encontrá-la em
Filipos. A providência, que é serva da graça, levou-a
ao lugar adequado. Mais uma vez, a graça estava
preparando sua alma para a bênção - graça
preparando graça. Ela não conhecia o Salvador,
mas, como judia, ela sabia muitas verdades que
eram excelentes pontos de partida para o
conhecimento de Jesus. Sua conversão ocorreu
através da utilização dos meios. Ela foi no sábado,
quando a oração era realizada de costume, e aquela
oração foi ouvida. Nunca negligencie os meios de
graça. Deus pode nos abençoar quando não estamos
em Sua casa, mas temos maior razão para esperar
que Ele irá fazê-lo quando estamos em comunhão
com os santos.
Observe as palavras: "E o Senhor lhe abriu o
coração". Não foi Lidia que abriu seu próprio
coração, tampouco suas orações fizeram isso; Paulo,
de igual modo, também não o fez. O próprio Senhor
deve abrir o coração para recebermos as coisas que
servem a nossa paz. Somente Ele pode colocar a
chave na fechadura da porta para abri-la e ter acesso
para Si mesmo. Ele é o Senhor do coração, assim
como o criador do coração. A primeira evidência
externa de um coração aberto foi a obediência.
Assim que Lidia passou a crer em Jesus, ela foi
batizada. Esse é um doce sinal de um coração
humilde e quebrantado, quando o filho de Deus está
disposto a obedecer uma ordem que não é essencial
a sua salvação, que não lhe é imposta por um medo
egoísta de condenação, mas é um simples ato de
obediência e comunhão com seu Mestre. A prova
seguinte foi o amor, manifestando-se por atos de
doce gratidão aos apóstolos. Amor aos santos
sempre foi uma característica do verdadeiro
convertido. Aqueles que não fazem coisa alguma
para Cristo, ou para Sua Igreja, dão senão desgosto
aos de "coração aberto". Senhor, dê-nos cada vez
mais um coração aberto.
domingo, 10 de dezembro de 2023
Devocional dia e noite dia 10/12
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