quinta-feira, 22 de julho de 2021

Devocional dia e noite dia 22/07

 Manhã "(…) eu vos desposei (…)" (Jr 3:14)
Jesus Cristo está unido ao Seu povo por uma união
matrimonial. Por amor, Ele desposou Sua Igreja
como uma virgem pura, muito antes dela cair sob o
jugo da servidão. Repleto de ardente afeição, Ele
trabalhou, tal como Jacó por Raquel, até que a
totalidade de seu dote fosse pago (Gn 29:20;30);
agora, depois de buscá-la por Seu Espírito, e de
levá-la a conhecê-Lo e a amá-Lo, Ele aguarda o
glorioso momento em que a felicidade de ambos
será consumada nas bodas do Cordeiro. O glorioso
Noivo ainda não apresentou Sua noiva aperfeiçoada
e completa diante da Majestade do céu; ela ainda
não entrou realmente no gozo de suas dignidades
como Sua esposa e rainha; ela ainda é uma andarilha
em um mundo de miséria, uma habitante nas tendas
de Kedar (Ct 1:5); ainda assim, ela é a noiva, a
esposa de Jesus, querida ao Seu coração, preciosa
aos Seus olhos, escrita em Suas mãos, e unida a Sua
pessoa. Na Terra, Ele dirige todos os Seus afetuosos
ofícios de marido a ela. Ele faz rica provisão as suas
necessidades, paga todas as suas dívidas, permite a
ela assumir o Seu nome e compartilha toda a Sua
riqueza. Nunca Ele irá agir de outra maneira para
com ela. A palavra divórcio Ele nunca falará, pois
Ele "odeia o repúdio" (Ml 2:16). A morte rompe o
laço conjugal entre os mortais mais amorosos,
porém a morte não pode dividir os laços desse
imortal matrimônio. No céu, eles não se casam, mas
serão como os anjos de Deus (Mt 22:30); contudo,
existe essa maravilhosa exceção à regra, pois, no
Céu, Cristo e a Sua Igreja celebram alegres núpcias.
Essa afinidade é mais duradoura, de modo que a
relação é mais próxima do que o casamento terreno.
O amor de um marido não pode ser tão puro e
fervoroso; esse amor é senão uma imagem tênue da
chama que arde no coração de Jesus. Superando
qualquer união humana é a clivagem mística com a
Igreja, para a qual Cristo deixou Seu Pai e tornou-Se
uma só carne com ela.



Noite "(…) Eis aqui o homem" (Jo 19:5) Se há um
lugar onde nosso Senhor Jesus concede plenamente
alegria e conforto ao Seu povo é onde Ele
mergulhou mais fundo nas profundezas da aflição.
Venham, almas graciosas, eis aqui o Homem no
jardim do Getsêmani; eis o Seu coração, tão repleto
de amor que Ele não pode contê-lo, tão cheio de
tristeza que precisa encontrar uma saída; eis o suor
de sangue que destila por todos os poros de Seu
corpo e cai no chão. Veja o Homem enquanto os
pregos são cravados em Suas mãos e pés. Olhem
para cima, arrependidos pecadores, e vejam a triste
imagem de Seu Senhor sofredor. Reparem nEle,
bem como nas gotas de rubi que estão na coroa de
espinhos e adornam com pedras preciosas o
diadema do Rei da Miséria. Eis o Homem que todos
os ossos estão fora das juntas, e que é derramado
como água e trazido ao pó da morte; Deus O
abandonou, e o inferno O rodeia. Venham e vejam;
alguma vez já houve dor como a dor que Lhe é
afligida? Todos vós que passais pelo caminho,
aproximem-se e olhem este espetáculo de dor,
único, incomparável, uma maravilha para os homens
e para os anjos, um prodígio incomparável. Eis o
Imperador da Desgraça, que não tem igual ou rival
em Suas agonias! Olhe para Ele, vós, enlutados, pois
se não há consolação em um Cristo crucificado,
então, não há alegria na Terra ou no céu. Se, no
preço do resgate de Seu sangue, não há esperança,
vós, harpas celestes, não há alegria em vós, e à mão
direita de Deus não há delícias eternas. Temos
apenas de nos sentar mais continuamente ao pé cruz
para sermos menos incomodados por nossas dúvidas
e aflições. Temos apenas que ver Suas tristezas e
teremos vergonha de mencionar as nossas dores.
Temos apenas de olhar para as Suas feridas para
curar as nossas. Se quisermos viver adequadamente,
isso será pela contemplação de Sua morte; se
quisermos subir à dignidade, isso será considerando
Sua humilhação e tristeza.

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