segunda-feira, 19 de julho de 2021

Devocional dia e noite dia 19/07

Manhã "(…) o Senhor nosso Deus nos fez ver a sua
glória (…)" (Dt 5:24) O grande propósito de Deus
em todas as Suas obras é a manifestação de Sua
própria glória. Qualquer objetivo menor do que esse
é indigno em si mesmo. Contudo, como pode a
glória de Deus se manifestar a tais criaturas
corrompidas como nós? O olho humano não é livre;
ele tem sempre um relance voltado a sua própria
honra; tem uma estimativa muito alta a respeito de
suas próprias capacidades, e, por isso, não está
qualificado para contemplar a glória do Senhor. Fica
claro, então, que eu devo ficar fora do caminho para
que possa haver espaço para Deus ser exaltado; essa
é a razão pela qual Ele coloca Seu povo, de tempos
em tempos, em apuros e dificuldades, para que
fiquem conscientes de sua própria loucura e
fraqueza, como também para serem ajustados a fim
de contemplarem a majestade de Deus quando Ele
vier operar a libertação deles. Aquele cuja vida é um
caminho calmo e suave verá senão pouco da glória
do Senhor, pois ele tem poucas ocasiões para se
auto-esvaziar, e, por isso, pouca capacidade para ser
preenchido com a revelação de Deus. Aqueles que
navegam em pequenos córregos e riachos rasos
conhecem pouco do Deus de tempestades, mas os
que "descem ao mar em navios, mercando nas
grandes águas" (Sl 107:23) verão "Suas maravilhas
no profundo" (Sl 107:24). Entre as enormes ondas
do Atlântico do luto, da pobreza, da tentação, e do
opróbrio, conhecemos o poder de Jeová porque
sentimos a pequenez do homem. Então, graças a
Deus se você tem sido levado por um caminho
acidentado; é isso que lhe dá a sua experiência sobre
a bondade e grandeza de Deus. Seus problemas o
enriquecem com uma riqueza de conhecimento que
não pode ser obtida por nenhum outro meio; suas
provações têm sido a fenda da rocha em que Jeová
o colocou, tal como fez com Moisés, seu servo, para
que você possa contemplar Sua glória quando Ele
passar (Ex 33:22). Louve a Deus que você não foi
deixado na escuridão e na ignorância onde a
contínua prosperidade está relacionada, mas que, na
grande luta da aflição, você tem sido capacitado a
resplandecer ainda mais a glória do Senhor em Suas
maravilhosas relações contigo.




Noite "Não esmagará a cana quebrada, e não
apagará o morrão que fumega (…)" (Mt 12:20) O
que é mais fraco do que a cana quebrada ou o
morrão que fumega? A cana que cresce no brejo ou
no pântano, ao pousar um pato selvagem sobre ela,
quebra; basta apenas o pé de um homem lhe tocar
de leve e será esmagada e quebrada; qualquer vento
que passa através do rio a move de lá para cá. Pode
você conceber algo mais frágil ou quebradiço, ou
cuja existência esteja mais em perigo do que uma
cana quebrada? Olhe, então, para o morrão que
fumega. O que é? Ele tem uma brasa dentro de si, é
verdade, mas está quase sufocada; o sopro de uma
criança pode apagá-lo; nada tem uma existência
mais precária do que a sua chama. Coisas fracas
estão aqui descritas, mas Jesus diz a elas que "não
esmagará a cana quebrada, e não apagará o morrão
que fumega". Alguns dos filhos de Deus são feitos
fortes para fazerem grandes obras por Ele; Deus tem
seus Sansões aqui e ali, que podem puxar os portões
de Gaza e carregá-los para o alto do morro (Jz
16:3); Ele tem alguns valentes que são como leões,
contudo, a maioria do Seu povo é um tímido e
trêmulo povo. Eles são como estorninhos, que se
assustam a cada transeunte, um pequeno temeroso
rebanho. Se vem a tentação, eles são levados como
pássaros a uma armadilha; se as provações os põem
em risco, eles ficam prestes a desmaiar; o seu frágil
esquife é jogado para cima e para baixo por cada
onda; eles estão flutuando ao longo do mar como
um pássaro na crista das ondas, fracos, sem força,
sem sabedoria e sem previsão. No entanto, fracos
como são, e exatamente porque são tão fracos, eles
têm essa promessa feita especialmente para eles.
Nisso está a graça e a benevolência! Nisso consiste o
amor e a misericórdia! Como ela nos revela a
compaixão de Jesus, tão gentil, sensível e atenciosa!
Não precisamos nunca recuar de Seu toque. Não
precisamos nunca temer dEle uma palavra dura;
embora Ele poderia muito bem nos repreender pela
nossa fraqueza, Ele não nos repreende. Canas
quebradas não receberão golpes, e o morrão que
fumega não receberá úmidas reprovações.

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