quinta-feira, 29 de abril de 2021

Devocional dia e noite dia 29/04

Manhã "(…) meu refúgio és tu no dia do mal" (Jr
17:17)
O caminho do cristão não está sempre brilhando
com a luz do sol; ele tem seus momentos de trevas e
tempestade. De fato, está escrito na Palavra de
Deus: "Os seus caminhos são caminhos de delícias,
e todas as suas veredas de paz" (Pv 3:17); é uma
grande verdade que a religião é pensada para dar ao
homem felicidade aqui abaixo, bem como felicidade
acima; contudo, a experiência nos diz que, se o
caminho do justo "é como a luz da aurora, que vai
brilhando mais e mais até ser dia perfeito" (Pv 4:18),
por vezes, essa luz é eclipsada. Em certos
momentos, as nuvens cobrem o sol do crente, e ele
caminha em trevas e não vê luz. Há muitas pessoas
que se alegram na presença de Deus por um
momento, pois se aqueceram com a luz do sol nos
estágios iniciais de sua carreira cristã; andaram ao
longo de "verdes pastos" (Sl 23:2), ao lado das
"águas tranquilas"; porém, de repente, elas
percebem que o céu glorioso está nublado; em vez
da terra de Goshen (Gn 45:10), elas têm de
percorrer o deserto arenoso; no lugar de águas
doces, encontram fluxos de aborrecimento, amargo
para seus gostos, e dizem: "Com certeza, se eu fosse
um filho de Deus, isso não teria acontecido". Oh!
não digas isso, tu que estás a caminhar na escuridão.
Os melhores dos santos de Deus tiveram de beber
do absinto; os Seus filhos mais queridos tiveram de
carregar uma cruz. Nenhum cristão desfruta de
prosperidade perpétua; nenhum crente pode sempre
pendurar sua harpa sobre os salgueiros (Sl 137:2).
Talvez o Senhor tenha lhe designado, no início, um
suave e límpido caminho, pois você era fraco e
tímido. Ele temperou o vento para a ovelha
tosquiada, porém agora que você está mais forte na
vida espiritual, você deve passar por experiências
mais ásperas e maduras, tal como os filhos adultos
de Deus. Precisamos de ventos e tempestades para
exercitar nossa fé, para arrancar o galho podre da
auto-confiança, e para nos enraizar mais firmemente
em Cristo. O dia mal nos revela o valor da nossa
gloriosa esperança.



Noite "Porque o Senhor se agrada do seu povo
(…)" (Sl 149:4) Quão abrangente é o amor de
Jesus! Não há nada do interesse de Seu povo que
Ele não considere, bem como nada que diga respeito
ao bem-estar deles que não Lhe seja importante. Ele
não apenas pensa a respeito de você, crente, como
um ser imortal, mas também como um ser mortal.
Não rejeite ou duvide disto: "Os cabelos da vossa
cabeça estão todos contados" (Mt 10:30). "Os
passos de um homem bom são confirmados pelo
Senhor, e deleita-se no seu caminho" (Sl 37:23).
Seria uma coisa triste se esse manto de amor não
cobrisse todas as nossas preocupações, pois que
males não nos poderiam ser forjados naquela parte
de nossas vidas que não estivesse debaixo da
inspeção de nosso gracioso Senhor! Crente,
descanse seguro que o coração de Jesus está
preocupado com os seus interesses mais humildes. A
amplitude de Seu tenro amor é tal que você pode
recorrer a Ele em todos os assuntos, pois em todas
as suas aflições Ele está aflito, e, como um pai que
se compadece de seus filhos, assim Ele Se
compadece de você. Os interesses mais
insignificantes de todos os Seus santos são todos
suportados sobre o amplo seio do Filho de Deus.
Oh, que coração é o dEle, que não apenas
compreende as individualidades de Seu povo, mas
também compreende as diversas e inúmeras
preocupações de todos eles! Imaginas, ó cristão, que
podes medir o amor de Cristo? Pense naquilo que o
Seu amor lhe trouxe: justificação, adoção,
santificação e vida eterna! As riquezas da Sua
bondade são insondáveis; nunca serás capaz de
contá-las ou mesmo compreendê-las. Oh, a
amplitude do amor de Cristo! Será que um amor
como esse terá apenas metade de nossos corações?
Receberá Ele um amor frio em troca? Será que a
maravilhosa benignidade de Jesus e o Seu tenro
cuidado receberão apenas uma indolente resposta e
um tardio reconhecimento? Ó minha alma, afine tua
harpa para um alegre louvor em ação de graças! Vá
para teu descanso jubilando, pois não és um
andarilho desolado, mas um filho amado, vigiado,
cuidado, suprido e defendido por teu Senhor.

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