segunda-feira, 25 de maio de 2020

44-O CEGO DE JERICÓ

44-O CEGO DE JERICÓ
“Dizendo: Que queres que te faça? E ele respondeu: — Senhor, que
eu veja.” — (LUCAS, capítulo 18, versículo 41.)
O cego de Jericó é das grandes figuras dos ensinamentos evangélicos.
Informa-nos a narrativa de Lucas que o infeliz andava pelo caminho,
mendigando... Sentindo a aproximação do Mestre, põe-se a gritar, implorando
misericórdia.
Irritam-se os populares, em face de tão insistentes rogativas. Tentam
impedi-lo, recomendando-lhe calar as solicitações. Jesus, contudo, ouve-lhe a
súplica, aproxima-se dele e interroga com amor:
— Que queres que te faça?
Á frente do magnânimo dispensador dos bens divinos, recebendo liberdade
tão ampla, o pedinte sincero responde apenas isto:
— Senhor, que eu veja!
O propósito desse cego honesto e humilde deveria ser o nosso em todas
as circunstâncias da vida.
Mergulhados na carne ou fora dela, somos, às vezes, esse mendigo de
Jericó, esmolando às margens da estrada comum. Chama-nos a vida, o tra-
balho apela para nós, abençoa-nos a luz do conhecimento, mas
permanecemos indecisos, sem coragem de marchar para a realização elevada
que nos compete atingir. E, quando surge a oportunidade de nosso encontro
espiritual com o Cristo, além de sentirmos que o mundo se volta contra nós,
induzindo-nos àindiferença, é muito raro sabermos pedir sensatamente.
Por isso mesmo, é muito valiosa a recordação do pobrezinho mencionado
no versículo de Lucas, porqüanto não é preciso compareçamos diante do
Mestre com volumosa bagagem de rogativas. Basta lhe peçamos o dom de ver,
com a exata compreensão das particularidades do caminho evolutivo. Que o
Senhor, portanto, nos faça enxergar todos os fenómenos e situações, pessoas
e coisas, com amor e justiça, e possuiremos o necessário à nossa alegria
imortal.

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