domingo, 1 de dezembro de 2024

O Poder da Restrição "As Bênçãos"

O Poder da Restrição "As Bênçãos"
Zohar Toldot
O Zohar nos esclarece sobre as bênçãos de Isaak, que eram originalmente intencionadas para Esaú, mas foram sagazmente desviadas para Iaakov.
Como todas as histórias nas escrituras, esse episódio está imbuído de um significado maior. Ele se relaciona com o estabelecimento do sistema espiritual e universal que a humanidade iria utilizar em sua busca de transformação.
Os Patriarcas representam os componentes espirituais que formam esse sistema. Nesse ponto do processo, surgiu um momento crítico: a batalha pelo domínio sobre a dimensão da matéria está sendo travada. Assim, aprendemos que Iaakov “rouba” a bênção de seu irmão Esaú, e isso representa a vitória da Luz sobre as forças da escuridão.
O poder de triunfar sobre as forças da escuridão em nosso interior, e entre nós, é conferido a nós através da Luz das Bênçãos que brilha nesses versos, revelando resultados mais profundos e místicos.
140 – Naquele momento, Michael veio perante Iaakov com a Shechiná. Isaak soube disso e compreendeu que o Jardim do Éden estava com Iaakov, e por isso o abençoou. Por isso: “E Isaak tremeu muito” (Bereshit 27:33), porque havia anteriormente percebido que Esaú não pertencia a esse lado. Portanto, disse: “(E o abençoei) Apesar disso, ele foi abençoado”.
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Aprendemos também nesse porção do Zohar, que Esaú representava fisicamente a Serpente, que havia se comportado ardilosamente com Eva e Adão.
Iaakov utilizou-se na mesma medida, segundo a lei de Causa e Efeito (olho por olho), para impedir que ela usurpasse as bênçãos.
Iaakov estava destinado a não deixar que a Serpente (através de Esaú) fosse libertada de sua maldição, através da “língua falsa” novamente. Por isso “Esaú odiou Iaakov por causa da bênção” (Bereshit 27:41).
A Esaú coube a parte sobre os “bens materiais” enquanto Iaakov ganhou o direito de finalizar o sistema das Três Colunas da Sefirot, revelando nosso Presente Divino, a “imagem e semelhança”, o Livre Arbítrio que apenas o ser humano possui no Universo.
Mais tarde, na luta contra o anjo de Esaú (no episódio da luta, na próxima porção) ele conquista definitivamente esse direito, quando pediu a bênção ao seu adversário, e assumir o nome Israel, que é um acróstico para os nomes de todos os patriarcas e matriarcas (Alef para Abraão, Shin para Sara, Resh para Rebeca e Rachel, Iud para Isaak e Iaakov, Lamed para Leah), completando assim o sistema que conhecemos como Sistema da Pureza, no qual temos 3 colunas, e a coluna Central escolhe entre as outras duas, segundo nosso Livre Arbítrio.
É importante dizer que nem o Criador interfere em nosso direito de escolher em que ponto desejamos estar.
Isso aumenta a responsabilidade do “ser humano divino”, que é o único com a capacidade de “dar a partida” na Luz, através de um pequeno gesto no mundo físico, com sua intenção.
Que a Paz da Shabat nos ilumine para que, na luta entre o Bem e o Mal, possamos sempre manifestar a escolha do Bem!
Shabat Shalom a todos! 


 

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