terça-feira, 31 de dezembro de 2024

Histórias da Cabalá - As Uvas e o Cacho

Histórias da Cabalá - As Uvas e o Cacho
Porção Vaigash:
Iossef disse a seus irmãos: ‘Eu sou Iossef.’”
Sempre  culpamos alguém pelo que está acontecendo a nós – até que o Criador diga: “Estou aqui”, e nos damos conta de que tudo é para nosso bem. Mas precisamos dar o primeiro passo. Temos de parar o processo da culpa e da raiva para enxergar o cenário maior, que é: “Eu sou Iossef” ou em nossas vidas: “Sou o Criador. Eu fiz tudo isso a você”. Precisamos sempre lembrar  que tudo o que está em nossas vidas veio do Criador.
Uma parábola contada pelo Rabino Joseph Chaim:
Havia um rei que possuía dois conselheiros: um era judeu; o outro era idólatra. Cada um deles tinha um filho recém nascido.
Um dia, o rei estava zangado com ambos, mas não os puniu, nem mandou matar. Ao invés disso, ele circuncidou o bebê não judeu, para que não se pudesse saber a diferença entre eles. As crianças cresceram no palácio. Eram parecidos, agiam de forma parecida e usavam as mesmas roupas. Somente o rei sabia qual era o filho do judeu e qual era o filho do idólatra.
Quando as crianças completaram 6 anos de idade, o rei os trouxe perante seus conselheiros e disse para levarem seus filhos. O justo começou a chorar, pois não sabia qual era seu filho, e queria o menino cuja alma viera da sua, não o outro. O segundo conselheiro, contudo, não se importou muito, desde que ficasse com um dos meninos.
Percebendo que o primeiro conselheiro ficara perturbado, o rei disse: “Se desejar, pode fazer um teste para determinar qual é seu filho.” O conselheiro justo pensou por um instante, e pediu dois sacos cheios de uvas. Num deles, as uvas ainda estavam ligadas ao cacho, enquanto no outro, estavam separadas.
O rei ficou intrigado, e o bom conselheiro pediu que os meninos examinassem os sacos e escolhessem o que preferiam. Quando um dos meninos apanhou o saco que continha as uvas presas ao cacho, o conselheiro soube que era seu filho. O rei, surpreso, disse que de fato ele estava certo; quis saber como o conselheiro descobrira. O homem explicou que apesar de estarem separadas pelo mundo inteiro, nossas almas sabiam que estavam sempre juntas, como as uvas ainda presas ao cacho. Os justos podem estar separados, em vários lugares diferentes do mundo, mas sempre estariam unidos como um só.
Não podemos atingir o nível de “amar ao próximo como a nós mesmos” se pensarmos “eu sou eu, e você é você”. Só através da consciência de unidade podemos amar nosso próximo como a nós mesmos. Não devemos ajudar porque somos “pessoas boas”, e sim porque sentimos a dor do outro como se fosse a nossa própria.
Iaakov e sua família chegaram ao Egito “como um só”. Cada geração tem seu Egito, e a única forma de sair dele é através da unidade. Ao compreender isso, é possível realizar nosso trabalho espiritual.
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Que a energia do Amor Incondicional traga a Paz da União a todas as crenças, culturas e raças! 


 

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