15 de dezembro
Manhã "Orfa beijou a sua sogra, porém Rute se
apegou a ela" (Rt 1:14) Rute e Orfa tinham afeição
por Noemi, e, por essa razão, ambas se propuseram
a retornar com ela à terra de Judá. Mas veio a hora
da prova. Noemi, de bom coração, antecipou a cada
uma delas as provações que lhes aguardavam, e
disse que se desejassem conforto e tranquilidade,
elas deveriam retornar aos seus parentes moabitas. A
princípio, as duas declararam que o destino delas era
estar junto com o povo do Senhor. No entanto,
ainda que em muita consideração e tristeza, Orfa
respeitosamente beijou sua sogra e a deixou, e foi
para seu povo, e para o seu deus, e voltou para seus
parentes idólatras. Rute, por sua vez, com todo o
seu coração, entregou-se ao Deus de sua sogra.
Uma coisa é amar os caminhos do Senhor quando
tudo está fácil, mas outra bem diferente é unir-se a
eles em meio a muitos desânimos e dificuldades. Um
beijo é algo barato e fácil de ser realizado, porém ir
pelo caminho do Senhor, que significa a sagrada
escolha pela verdade e santidade, não é algo tão
fácil. Como estamos nós? Porventura nosso coração
está pregado em Jesus, um sacrifício atado com
cordas às pontas do altar (Sl 118:27)? Já calculamos
o preço e estamos solenemente prontos a sofrer toda
e qualquer perda mundana por amor ao Mestre? O
ganho depois será uma recompensa abundante, onde
os tesouros do Egito nem sequer podem ser
comparados à glória que será revelada (Rm 8:18).
Nunca mais se ouviu falar de Orfa. Em gloriosa
tranquilidade e prazerosa idolatria, sua vida funde-se
com a escuridão da morte, porém Rute vive na
história e no céu, pela graça que a colocou na nobre
descendência de onde surgiria o Rei dos reis.
Bendita entre as mulheres devem ser aquelas que,
por amor a Cristo, podem renunciar a tudo; porém
esquecidas, e mais do que esquecidas, devem ser
aquelas que, na hora da tentação, violam suas
consciências e voltam para o mundo. Ó, que nesta
manhã possamos não nos contentar com aquela
forma de devoção que não pode ser melhor do que
o beijo de Orfa, mas que o Espírito Santo opere em
nós um desejo ardente, em todo o nosso coração,
para o Senhor Jesus.
Noite "(…) e te fundarei sobre as safiras" (Is 54:11)
A igreja de Deus é justa e preciosa não só por aquilo
que é visível, mas também por aquilo que é invisível.
As fundações ficam fora da vista, e, embora sejam
firmes, não se espera que sejam de grande valor. No
entanto, em toda a obra do Senhor, tudo é uma
única peça, e nada é sem forma ou sem valor. As
profundas fundações da obra da graça são como
safiras que não têm preço, e nenhuma mente
humana é capaz de medir sua glória. Nós
construímos sobre a aliança da graça, que é mais
firme que o adamante e tão duradoura como pedras
preciosas, cuja épocas gastam-se em vão. Fundações
de safira são eternas, e a aliança permanece durante
todo o tempo do Todo-Poderoso. Outro fundamento
é a pessoa do Senhor Jesus, que é límpida e sem
mancha, eterno e belo como a safira, misturando o
azul do mais profundo oceano com o azul que
envolve todo o céu. Em outros tempos, nosso
Senhor pôde ser comparado ao rubi, quando esteve
coberto com Seu próprio sangue. Mas, agora,
podemos vê-Lo radiante com o suave azul do amor,
amor abundante, profundo, e eterno. Nossas eternas
esperanças são construídas sobre a justiça e a
fidelidade de Deus, que são transparentes e nítidas
como a safira. O próprio Senhor lançou as bases da
esperança de Seu povo. O assunto é de grave
investigação, ou seja, saber se nossas esperanças
estão construídas sobre essa base. Boas obras e
cerimoniais não são alicerces de safiras, mas de
madeira, feno e palha (1Co 3:12); nem são
colocados por Deus, mas por nossa própria vaidade.
Todas as fundações serão julgadas em breve. Ai
daquele cuja arrogante torre vier abaixo, pois estava
alicerçada em areia movediça. Aquele que é
construído sobre safiras pode suportar tempestade
ou fogo, pois sobreviverá ao julgamento.
domingo, 15 de dezembro de 2024
Devocional dia e noite dia 15/12
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