sábado, 14 de dezembro de 2024

Devocional dia e noite dia 14-/12

14 de dezembro
Manhã "Vão indo de força em força" (Sl 84:7)
Eles vão indo de força em força. Existem várias
traduções para essa passagem, mas todas elas trazem
a ideia de progresso. "Vão indo de força em força",
ou seja, crescem mais e mais fortes. Geralmente,
quando estamos caminhando, vamos de força à
fraqueza. Começamos descansados e em boas
condições para nossa jornada. No entanto, pouco a
pouco, o caminho áspero e o sol quente nos fazem
sentar à beira da estrada para, só então,
continuarmos nossa cansativa viagem. No entanto, o
peregrino cristão, recebendo refrescantes
suprimentos da graça, é tão vigoroso, mesmo após
anos de luta e penosa caminhada, como quando ao
tempo em que iniciou sua jornada. Ele pode não
estar tão exultante, ou tão fervoroso, ou tão rápido
em seu zelo como antes, porém ele é muito mais
forte em tudo aquilo que constitui o verdadeiro
poder, e viaja, ainda que mais devagar, com muito
mais segurança. Alguns veteranos já grisalhos têm
sido mais firmes em sua compreensão da verdade, e
mais zelosos em difundi-la, do que quando estavam
em seus dias mais jovens. Contudo, infelizmente, é
preciso confessar que, muitas vezes, o que acontece
é o contrário, pois o amor de muitos esfria e a
iniquidade se multiplica (Mt 24:12). Mas isso é o
pecado deles próprios, e não falha da promessa, que
se mantém perfeita; "os jovens se cansarão e se
fatigarão, e os moços certamente cairão; mas os que
esperam no Senhor renovarão as forças, subirão
com asas como águias; correrão, e não se cansarão;
caminharão, e não se fatigarão" (Is 40:30-31).
Espíritos nervosos sentam-se e se preocupam com o
futuro. "Ai de mim!", dizem eles, "nós vamos de
aflição à aflição". Muito verdadeiro, ó tu de pequena
fé, mas depois também irás de força em força.
Nunca acharás um feixe de aflição sem que haja
graça suficiente ligada no meio dele.


Noite "Já estou crucificado com Cristo" (Gl 2:20) O
Senhor Jesus Cristo agiu naquilo que fez como um
grande representante, pois Sua morte na cruz foi a
morte eficaz de todo o Seu povo. Assim, todos os
Seus santos prestaram à justiça aquilo que lhe era
devido, bem como fizeram uma expiação à justiça
divina por todos os seus pecados. O apóstolo dos
gentios encantou-se ao pensar que, como um dos
eleitos de Cristo, ele morreu na cruz em Cristo.
Contudo, Paulo fez mais do que acreditar nisso
doutrinariamente; ele aceitou com confiança,
descansando sua esperança nesse fato. Paulo creu
que, pela virtude da morte de Cristo, ele satisfez a
justiça divina e encontrou reconciliação com Deus.
Amados, que coisa mais abençoada é o crente
poder, por assim dizer, esticar-se sobre a cruz de
Cristo e sentir: "Eu estou morto. A lei me matou, e,
por isso, estou livre do seu poder. Em meu Fiador
suportei a maldição; na pessoa de meu substituto,
tudo aquilo que a lei poderia fazer, por meio da
condenação, foi executado sobre mim, pois estou
crucificado com Cristo". Mas o apóstolo queria
dizer mais do que isso. Ele não só acreditava na
morte expiatória de Cristo, e confiava nisso, mas
também sentia o poder de Jesus em si mesmo,
crucificando sua antiga natureza corrupta. Quando
viu os prazeres do pecado, ele disse: "Eu não posso
desfrutar disso; eu estou morto para eles".
Semelhante é a experiência de cada cristão
verdadeiro. Tendo recebido a Cristo, o cristão é,
para este mundo, como alguém que está
completamente morto. No entanto, embora
consciente de sua morte para o mundo, ele pode, ao
mesmo tempo, exclamar com o apóstolo: "Não
obstante eu vivo!", pois ele é plenamente vivo para
Deus. A vida cristã é um enigma incomparável!
Nenhum mundano pode compreendê-la. Nem
mesmo o crente pode compreendê-la por completo.
Morto, porém vivo! Crucificado com Cristo e, ao
mesmo tempo, ressuscitado com Cristo em novidade
de vida (Rm 6:4)! A união com o sofrimento do
Salvador, e morte para o mundo e para o pecado,
são coisas prazerosas à alma. Ó, por mais prazer
nelas!

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