segunda-feira, 15 de abril de 2024

Devocional dia e noite dia 15/04

15 de Abril
Manhã "DEUS meu, Deus meu, por que me
desamparaste? (…)" (Sl 22:1) Nós aqui
contemplamos o Salvador nas profundezas de Suas
dores. Nenhum outro lugar retrata tão bem os
sofrimentos de Cristo como o Calvário, e nenhum
outro momento no Calvário é tão cheio de agonia
como aquele em que Seu grito rasga o ar, dizendo:
"Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?".
Nesse momento, a fraqueza física foi unida à aguda
tortura mental advinda da vergonha e ignomínia pela
qual Ele passou; e, para fazer Seu sofrimento
culminar com ênfase, Ele sofreu uma agonia
espiritual que ultrapassa qualquer descrição,
resultado do afastamento da presença de Seu Pai.
Essa foi a escuridão de Seu horror e, então, Ele
desceu ao abismo do sofrimento. Nenhum homem
pode adentrar ao pleno conhecimento dessas
palavras. Às vezes, alguns de nós pensam que
podem clamar: "Deus meu, Deus meu, por que me
desamparaste?". Há períodos em que o brilho do
sorriso de nosso Pai é eclipsado por nuvens e
escuridão, mas lembremo-nos que Deus nunca
realmente nos abandona. É apenas um aparente
abandono; no entanto, no caso de Cristo foi um
abandono verdadeiro. Sofremos um pouco a
recolhida do amor de nosso Pai, mas o verdadeiro
afastamento da face de Deus ao Seu Filho, quem
poderá avaliar a profundidade da agonia que isso
Lhe causou?
Em nosso caso, o clamor é muitas vezes motivado
pela incredulidade; no caso dEle foi a expressão de
um terrível fato, pois Deus havia realmente Se
afastado dEle por um período. Ó tu, pobre e
angustiada alma, que vive sob o sol do rosto de
Deus, mas que está, agora, na escuridão: lembre-se
que Ele não te abandonou verdadeiramente. Deus
entre nuvens é tanto o nosso Deus como quando Ele
brilha em todo o esplendor de Sua graça; contudo,
se tão somente o pensamento que Ele nos
abandonou nos dá agonia, o que deve ter sido a
angústia do Salvador quando exclamou: "DEUS
meu, Deus meu, por que me desamparaste?".


Noite "(…) exalta-os para sempre" (Sl 28:9)
O povo de Deus precisa ser exaltado. Eles são muito
pesados por natureza. Eles não têm asas ou, tendo-
as, são como as pombas que ficavam deitadas entre
redis, necessitando da graça divina para exaltá-los
em asas cobertas de prata, com penas de ouro
amarelo (Sl 68:13). Por natureza, faíscas voam para
cima, mas as almas pecadoras dos homens vão para
baixo. Ó Senhor, "exalta-os para sempre"! O próprio
Davi disse: "A Ti, Senhor, levanto a minha alma" (Sl
25:1), pois ele sentia a necessidade de que a alma
dos homens precisa ser exaltada, assim como a sua
própria. Quando você clamar por essa bênção para
si mesmo, não esqueça de buscá-la também para os
outros. Há três maneiras pelas quais o povo de Deus
necessita ser exaltado. Eles precisam ser exaltados
em caráter. Exalta-os, ó Senhor; não permita que o
Teu povo seja como as pessoas do mundo! O
mundo jaz no maligno (1Jo 5:19); exalta-os de lá!
As pessoas do mundo estão atrás da prata e do ouro,
buscando seus próprios prazeres e a satisfação de
seus desejos; porém, Senhor, exalta o Teu povo
acima de tudo isso; não permita que sejam
"cavadores de imundícies", tal como John Bunyan
chama o homem que estava sempre correndo atrás
do ouro! Coloca o coração deles sob o Senhor
ressuscitado e na herança celestial! Além disso, os
crentes precisam ser exaltados no conflito. Na
batalha, se parece que irão perecer, ó Senhor, digna-
Te em dar-lhes a vitória. Se o pé do inimigo está
sobre o pescoço deles, ajuda-os a segurar a espada
do Espírito (Ef 6:17) e, finalmente, vencer a batalha.
Senhor, exalta o espírito de Teus filhos no dia do
conflito; não os deixe sentar no pó, de luto, para
sempre. Não permita que o adversário fortemente os
atormente e que fiquem afligidos, mas, ao serem
perseguidos, tal como Ana (1Sm 2:1), cantem a
misericórdia de um Deus de livramento. Podemos
pedir também ao Senhor que os exalte ao final!
Exalte-os, levando-os para casa; exalte seus corpos
do sepulcro e eleve suas almas para o Teu eterno
reino na glória.
"Cavadores de imundícies" é um personagem do
livro "O Peregrino", escrito pelo pregador John
Bunyan (1628 - 1688), publicado na Inglaterra, em
1678. (N.T.)

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