segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

Devocional dia e noite dia 29-01

29 de janeiro
Manhã
"(…) nas que se não vêem (…)" (2Co 4:18)
A nossa peregrinação cristã é, em sua maior parte,
estar olhando para frente. Adiante está a coroa, e
para frente é o objetivo. Quer seja pela esperança,
pela alegria, pelo consolo, ou pela inspiração do
nosso amor, o futuro deve ser, afinal, o grande
objetivo dos olhos da fé. Olhando para o futuro
vemos o pecado ser removido, o corpo do pecado e
da morte ser destruído, a alma aperfeiçoada e apta a
ser participante da herança dos santos na luz (Cl
1:12). Olhando ainda para o futuro, os olhos
esclarecidos do crente podem ver transposto o rio da
morte, o sombrio fluxo ultrapassado, e as colinas de
luz alcançadas, onde se levanta a cidade celestial; ele
vê a si mesmo entrando pelos portões de pérolas,
sendo saudado como mais que vencedor, coroado
pela mão de Cristo, abraçado nos braços de Jesus,
glorificado com Ele e sentado com Ele em Seu
trono, tal como Ele venceu e está assentado com o
Pai em Seu trono. O pensamento desse futuro pode
muito bem aliviar a escuridão do passado e as trevas
do presente. As alegrias do céu certamente
compensarão as tristezas da Terra. Silêncio, silêncio,
minhas dúvidas! A morte é apenas um córrego
estreito, e tu, em breve, o terás cruzado. Tempo,
quão curto; eternidade, quão longa! Morte, quão
breve; imortalidade, quão infinita! Parece-me que,
mesmo agora, eu me alimento dos cachos do Escol
(Nm 13:23), e saboreio do poço que está junto à
porta (2Sm 23:15). A estrada é tão, tão curta! Em
breve eu estarei lá.
"Quando o mundo o meu coração estiver rasgando,
Com sua mais pesada tempestade de inquietação,
Meus pensamentos alegres para o céu ascendem,
E encontram um refúgio do desespero.
A visão resplandecente da fé me sustenta,
Até a vida de peregrinação ser passado;
Medos podem maltratar, e problemas machucar,
Chegarei em minha casa, enfim".


Noite
"E a pomba voltou a ele à tarde (…)" (Gn 8:11)
Bendito seja o Senhor por mais um dia de
misericórdia, embora eu esteja, agora, cansado das
labutas. Ao Preservador dos homens levantarei meu
louvor de gratidão. A pomba não achou descanso
fora da arca e, por isso, retornou a ela; minha alma
aprendeu, mais do que nunca no dia de hoje, que
não há satisfação a ser encontrada em coisas
terrenas; apenas Deus pode dar descanso ao meu
espírito. Quanto aos meus negócios, meus bens,
minha família, minhas realizações, estão todos muito
bem em seus caminhos, porém eles não podem
satisfazer os desejos de minha natureza imortal.
"Volta, minha alma, para o teu repouso, pois o
Senhor te fez bem" (Sl 116:7). Foi na hora
tranquila, quando os portões do dia foram
encerrados que, com as asas cansadas, a pomba
voltou para o mestre; ó Senhor, permita-me, esta
noite, voltar assim para Jesus. Ela não poderia
aguentar mais uma noite pairando sobre os agitados
resíduos, assim como eu também não posso suportar
estar mais uma hora distante de Jesus, o descanso do
meu coração, a morada do meu espírito. Ela não
apenas desceu sobre o telhado da arca, mas "voltou
a ele"; assim, também, meu espírito deseja olhar
para o segredo do Senhor (Sl 25:14), rompendo
para o interior da verdade, entrando para o que está
na parte interna do véu, e chegando ao meu Amado.
A Jesus devo eu voltar; aquém da mais próxima e
querida comunhão com Ele meu espírito ofegante
não pode permanecer. Bendito Senhor Jesus, esteja
comigo, revela-Te e fica comigo a noite toda, de
modo que, quando eu acordar, eu esteja ainda
contigo.
Percebo que a pomba trouxe em seu bico um ramo
verde de oliveira, o memorial do dia passado e uma
profecia do futuro. Tenho eu algum agradável
registro a trazer para casa? Porventura nenhum
penhor e garantia da misericórdia está por vir? Sim,
meu Senhor, eu apresento a Ti meu reconhecimento
de gratidão por tenras misericórdias que têm sido
renovadas a cada manhã e refrescantes a cada noite;
agora, peço a Ti para colocar a Tua mão e trazer
Tua pomba ao Teu regaço.

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